O NOVO HOMEM FIM
Mas abro a porta, é o Gaspar, (como é que descobriu onde eu morava?) completamente bêbado e a gritar achas que és boa demais para mim, bruxa???
Não o deixo entrar em casa, ele pontapeia a porta, atraí a atenção do vizinho do lado, que aparece no patamar.
Precisa de ajuda, Dra? pergunta, o Gaspar também lhe grita, mete-te na tua vida, cota, este assunto é entre mim e a Dra.
Nesse momento, o elevador abre as portas e a Cláudia e o Bruno saem.
O que é que estás aqui a fazer, pá? e o Bruno aperta-lhe o braço, vamos embora, eu chamo-te um táxi.
O Gaspar recua, tenta afastar-se, mas o Bruno não o larga e acompanha-o até ao átrio.
A Cláudia está muito corada, não sabe o que dizer, peço imensa desculpa, Filipa, murmura, mas eu acalmo-a, ela agiu na melhor das intenções.
Mas não voltes a fazer isto, concluo, se tiver que acontecer, acontece.
Não gosto de te ver sozinha, protesta a Cláudia, mas eu não estou sozinha, tenho os meus filhos, a minha família, interrompo, deixa que voe!
Vejo que não fica muito convencida, o Bruno regressa, conseguiu metê-lo num táxi, amanhã, vai ficar envergonhado, talvez te peça desculpa, observa, ou não, acrescenta, que o nosso amigo Gaspar acha que é mais importante que os outros!
O jantar é um sucesso, ficamos a conversar até às duas da manhã, tenho que descer com eles para destravar a porta do prédio.
Volto a subir, ainda não tenho sono, leio um bocado, penso no que disse à Cláudia.
Basta ter os meus filhos, a minha família, o meu trabalho para ser feliz?
Para já...depois vê-se com diria a minha irmã Inês.
FIM
Comentários
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Cumprimentos cordiais
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Enfim há homens assim.
Abraço e saúde
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Sou a música que a noite cala
Beijos. Boa noite