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A mostrar mensagens de 2016

CARTA - O SORRISO

" Meus caros amigos, Será esta a última carta que vos escrevo em 2016? Não sei... Na verdade, neste momento não quero decidir nada. Poderá não ser boa prática adiar o inevitável e sei que tenho que o fazer. Até já o posso ter decidido, mas hoje, neste momento em que respiro ao Sol, não quero falar nisso. Esta poderá não ser a última carta de 2016 e prometo escrever várias em 2017... Para que não se esqueça a arte de a escrever. O papel personalizado ou a folha A4 que se arranca do caderno. A caneta de tinta permanente ou a esferográfica BIC. Se vou rir, chorar ou apenas desabafar, será apenas o retrato da Vida. A que ninguém poderá viver por mim, é certo, mas podem ouvir-me... Como sempre...  Com um sorriso... Um abraço... Uma palavra... Uma mão estendida... Até já. Deixo....                                                  Um sorriso "

CARTA - II

" Caro Pai Natal, Eu sei ... Se i muito bem. .. O que prometi no Natal passado... Talvez não devesse ter feito a promessa... Mas não posso resistir à leveza do tecido, às cores quentes do estampado e à forma como esculpe o corpo... E a maquilhagem e o cabelo têm que estar perfeitos...  Eu sei... Sei que prometi ser mais discreta, mas para quê negar? Adoro ser o centro das atenções... Por isso, Pai Natal, perdoe-me se não fizer qualquer promessa este ano... Apenas posso ser eu e pensando bem, Pai Natal? Eu sei que gosta que eu seja assim... Vaidosa, feliz... Boas Festas para todos

A CARTA

" Caro Pai Natal, O que quero para o Natal ? Gostava que a janela do meu quarto abrisse realmente para o mar.   Que ele entrasse no meu quarto e me confessasse as suas paixões.   Que me levasse na crista das ondas nos dias do Sol.   Que me explicasse o porquê da fúria nos dias de Tempestade. Que não fosse apenas a pintura que faço nas paredes para esconder as manchas de humidade. A história que escrevo ao desenhar cuidadosamente a prancha de surf e as nuvens. O sorriso que só eu vejo quando paro de pintar e contemplo a minha obra. Porque, apesar da janela que não fecha bem, das manchas de humidade, o meu quarto, Pai Natal, é lindo. Fi-lo bonito, tornei-o meu. Podia pedir-te muita coisa.  Uma casa nova, bonita, maior... Mas não...  Só queria que a janela abrisse para o mar e ele embalasse o meu sono. Feliz Natal

O VIAJANTE

Mateus adora mapas. Faz girar o globo terrestre, fecha os olhos e com o indicador, segue o movimento. Onde está o dedo quando o globo para é o destino da viagem de Mateus. Procura mapas das estradas, guias das cidades e entretém-se a planear o trajecto desde casa, ali na Rua do Almada até uma cidade interessante como Milão. Tão convincente é ao descrever essas viagens que toda a gente pensa que ele é um felizardo, por viajar tanto e conhecer locais tão exóticos. Mal eles sabem que a única viagem grande que Mateus fez até hoje foi a Lagos.... Um dia, o Pai vai buscá-lo ao Karaté e enquanto espera que ele se vista, resolve falar com o professor. " Ora viva, como está? Deve estar ainda cansado da viagem..."  pergunta o professor sorridente. " Viagem? Que viagem? " repete o Pai de Mateus, confuso. " Sim, a viagem que fez até Milão. Foram de carro, não foram? O Mateus descreveu-me tudo..." explica o professor, surpreendido com a reacção "

SIMÃO, O IRMÃO PERFEITO

Olá, lembram-se de mim? O Simão, o traquina, o terrorista do bairro?  Claro que sim; o bairro não sobrevive sem o meu “savoir-faire”… Mas hoje…  Hoje, tenho que ser “responsável”, pois a Mãe confiou-me a guarda do meu irmão mais novo e não posso falhar. Por isso, nada de trepar às árvores, saltos acrobáticos ou corridas de obstáculos. A solução? Cowboys e Indíos e o Gonçalo bate palmas, contente. Tudo corre bem até que o Mateus, armado em parvo e convencido de que me vai derrotar nas próximas eleições para líder carismático do bairro, captura o Gonçalo. O Gonçalo assusta-se, tropeça e caí. Segue-se um berreiro assustador e eu não hesito um segundo. Atiro um murro ao Mateus que o derruba. Refaz-se depressa e dá-me outro em cheio no nariz. O sangue não me impede de lhe bater novamente e se o Jacinto Jardineiro não chegasse naquele momento, não sei o que aconteceria. Quando chego a casa, com a camisa rasgada,

AS REGRAS

Era uma vez... Um menino que não gostava de regras. Não entendia porque é que tinha que lavar as mãos antes de comer ou vir para casa quando começava a chover. Ou porque é que tinha que interromper o jogo, o jogo que estava a ganhar, porque eram horas de ir para a cama. Porquê? Era a sua pergunta favorita e muitas vezes, não obtinha qualquer resposta. " São regras!" explicava o irmão que obedecia a todas, sem as questionar. Mas, um dia, tudo mudou.  As pessoas apareceram vestidas de preto, falavam baixo e o avô, muito sério, disse-lhes para se portarem bem. Intrigados, os dois irmãos sentaram-se na varanda. À espera de uma explicação que lhes foi dada por uma mãe chorosa e que repetia no fim de cada frase que "tinham que ser fortes". O menino ia perguntar: "Porquê?" mas compreendeu, naquele momento, que não o devia fazer. Não se tratava de uma regra; era algo mais forte que exigia toda a sua atenção e compromisso - a dor. Silencioso,

O CHAPÉU DE PAPEL

Esta é a história de um chapéu de papel amarelo Com uns corações pintados na dobra. O chapéu sentiu-se importante e pensou: " Ah, gostam de mim! Ninguém me vai esquecer!" Que ilusão! Um dia, esqueceram-se dele na mesa do jardim e veio o Vento que o atirou para longe. O chapéu ainda gritou por socorro, mas ninguém o ouviu; ninguém lhe acudiu. O Vento levou-o até a uma praia deserta e deixou-o cair na areia molhada. Amarrotado, meio rasgado, o pobre chapéu assustou-se com a imensidão do Mar. " Ele é sempre assim?" perguntou, hesitante à areia. A areia riu-se e respondeu: " Hoje está calmo! Mas nunca se sabe o que vai acontecer. Pode transformar-se num gigante em segundos." " Mas porquê?" quis saber o chapéu, mas a areia apenas sorriu. Minutos depois, tal como a areia tinha explicado, o Mar enfureceu-se. Tornou-se cinzento, agressivo e reclamou a posse da praia. A areia desapareceu e o pobre do chapéu ficou submerso.  Não sob

ZÉLIA - FIM

" Sabes onde está a teu irmão?" insiste a Mãe antes de eu pedir explicações ao Pai. " Não, disse que tinha que "desaparecer" por uns dias; deixou-me um nº de telemóvel..." confesso " mas já tentei ligar e dá sinal de impedido."  Os meus Pais não dizem nada por uns minutos e eu começo a sentir-me desconfortável. " Mas o que se passa? Porque é que me chamaram?" questiono. " Veio cá um individuo muito educado, verdade seja dita, e perguntou-nos pelo teu irmão." conta o meu Pai, acendendo um charuto. O cheiro incomoda-me, mas não digo nada. " Não o conheço; deve ser de algum grupo novo e da pesada!" confidencia " Respondemos que não sabíamos, que não o víamos há uns dias e ele apenas sorriu." " Depois, polidamente pediu-nos para comunicarmos ao Bruno Machado que aguarda uma resposta até ao fim do mês!" concluí a Mãe " Sabes o que ele anda a fazer, Maria Teresa? Quem é que ele irrit

ZÉLIA - PARTE V

A Mãe fica calada por uns minutos e sugere: " É melhor vires até cá. Não devemos falar nisto ao telefone!" e desliga sem esperar pela minha resposta. Não posso ir sem terminar a reunião e é com alívio que vejo que a outra equipa recusa o nosso convite para almoço. A minha assistente arruma os dossiers e pergunta: " Vamos almoçar?" " Não, obrigada. Tenho que sair; surgiu um problema familiar. Espero estar de volta a meio da tarde. Discutimos então os pormenores." e, pegando na carteira, desço até à garagem. A Andreia deve ter ficado admirada com a minha saída abrupta . Geralmente, após reuniões importantes como esta, gosto de rever de imediato todos os detalhes e enviar a proposta final antes do final do expe diente. Mas não hoje! Hoje fui " convocada" à casa dos meus Pais e "proibida" de desobedecer. Os meus Pais moram numa vivenda num bairro sossegad o . O portão está aberto e eu entro sem problemas. Fico ali parada

ZÉLIA - PARTE IV

Foi para evitar este tipo de preocupações que mudei legalmente de nome e tentei construir uma carreira à margem das ilegalidades. Tento concentrar-me no projecto que tenho que entregar até ao fim da semana. Não é fácil, mas a complexidade do trabalho exige toda a minha atenção e em breve esqueço a visita do meu irmão. Pago a multa, prometo solenemente não lhe emprestar o carro novamente e sigo com a minha vida. Estou no meio de uma reunião importante quando o telemóvel toca. Não atendo, mas a pessoa insiste e o ambiente fica desconfortável. " Talvez se possa fazer uma pausa para um café?  10 minutos?" sugere a minha assistente e levanta-se. Os outros imitam-na e fico sozinha na sala. O telemóvel toca mais uma vez e pergunto irritada: " O que se passa?" e sou imediatamente repreendida pela minha Mãe. " Não estás a falar com um dos teus empregados, Maria Teresa!" recusa-se a chamar-me Zélia.  " O teu nome é Maria Teresa; fui eu quem o e

ZÉLIA - PARTE III

" Tens que pagar a multa, não é? " diz, hesitante, o Machado " Eu tenho que " desaparecer" por uns dias..." " Desaparecer??? Porquê?" pergunto, mas é realmente melhor não saber os pormenores. Por isso, não insisto. O meu irmão levanta-se e recomenda: " Disse à Mãe que ia para o estrangeiro e que não tinha data para voltar. Está aqui o número onde me podes contactar, mas não lho dês!" Olho-o fixamente, penso em fazer mais perguntas, mas parece que o Machado me lê o pensamento, pois abana a cabeça e saí. O telefone toca, mas eu não atendo. Agora, estou preocupada. O que terá feito para ter que "desaparecer" por uns dias? E não dar o número à Mãe? Decerto é suspeito numa investigação qualquer e não quer que interroguem a Mãe. " Bolas! Porque é que não fazes nada direito, pá?" grito para o ar. ( CONTINUA)

ZÉLIA - PARTE II

" OH, T...." diz alto " Cala-te, imbecil e fecha a porta!" ordeno e quando ele se senta na poltrona em frente da secretária, sussurro, irritada:" Não sabes que aqui o meu nome é Zélia e ninguém sabe que és meu irmão?" O Machado acena afirmativamente e mais calma, pergunto: " O que se passa? Diz lá..." e o meu irmão tira um papel do bolso que me entrega solenemente. " O que é isto? Uma multa e com o meu carro???" e como o Machado não responde, peço uma explicação detalhada. O meu irmão acende um cigarro, sem pedir licença e demora uns minutos a explicar-se. " Pois, levei a Mãe ao médico e como estava demorado, fui levantar um "pacote"..." " Imbecil!" repito " Foste com o meu carro tratar dos teus negócios "escuros"? Sabes quanto tempo levei até chegar aqui?" mas o Machado apenas sorri. Tenho vontade de o esbofetear... Não o entendo; já desisti de o entender e não sei quan

ZÉLIA

Porquê Zélia e não o meu nome de baptismo? Zélia é mais exótico, mais enigmático... Perfeito para o negócio... Sei muito bem que, nas minhas costas, chamam-me " A Maldita", porque sou inflexível, exigente.   Mas cumpro sempre os prazos, os termos discutidos e tenho o respeito de todos. Se tenho um lado negro... não falo muito nisso... Desde que não interfira na vida profissional... não há razões para o expor... Até àquele dia em que o Machado entra, armado em dandy, no meu gabinete. ( CONTINUA)

A PAIXÃO DE LEANDRO - FIM

" Tem a certeza que a matrícula é esta, chefe?" questiona o Bernardes. " Absoluta! Porquê? O que se passa?" pergunta o inspector. " Não me é estranha. Onde é que vi isso?" comenta o sargento " Ah, bem sabia que a tinha visto! Segundo o relatório do Torcato, o carro com essa matrícula pertence ao consórcio que estamos a investigar. É utilizado pelos ditos membros da Administração. Isto é interessante...." e Leandro ouve papéis a serem mexidos e alguma coisa a cair ao chão. " Então?" diz o inspector, impaciente. " A presidente do tal consórcio é uma mulher. Chama-se Zélia, Zélia Soutelo, mais conhecida pela " Maldita"." informa o Bernardes " Está-me a ouvir, chefe?" insiste quando o Leandro não responde. Mas Leandro não pode responder. Na porta da sala, completamente vestida e com uma arma na mão, aparece a mulher que lhe enche os sonhos. " É melhor desligar, Inspector." pede com um sor

A PAIXÃO DE LEANDRO - PARTE V

Quando volta para o apartamento, tenta ligar para o Bernardes. Mas dá sinal de interrompido e Leandro considera telefonar para o Torcato. " Não, é melhor que seja o Bernardes. Melhor não alarmar a equipa para já!" diz em voz alto. Tocam à porta e o inspector abr e.   É a Zélia . Está deslumbrante com o cabelo preto apanhado e um vestido branco solto que escorrega rapidamente pelo corpo no calor do bei jo que trocam . Zélia fecha os olhos , deliciada e Leandro beija-a novamente. Pega-lhe na mão para a levar para o quarto, mas o telemóvel toca nesse momento. O inspe ctor suspira e desculpa-se : " Tenho que atender; pode ser o Bernardes!" " Não tem importância! Desde que não te peçam para ires...." e, apanhando o v estido do chão , des a parece no corredor. Leandro espera uns segundo e quando atende, é ríspido .   " Bem sei que lhe pedi para me ligar, Bernardes, mas podia ter demorado mais um bocado." " Oh, che fe

A PAIXÃO DE LEANDRO - PARTE IV

Mas, volvidos dois meses, Leandro já tinha encontrado o equilíbrio entre a vida profissional e amorosa, Está feliz, mais relaxado e não é de admirar o sorriso radiante quando atende o telefonema da Zélia naquele domingo. " O que faço? Estou um mandrião; ainda nem tomei banho!" confessa " Encontramo-nos para almoçar?... Cá em casa? Mas não tenho nada...." protesta. Zélia ri-se e propõe: " Vamos fazer um almoço tipo piquenique.... Há uma loja gourmet aqui perto; não te preocupes.  Eu levo, mas tu tratas do vinho. E tem que ser bom!" remata. Leandro ri-se e desligam poucos minutos depois. O inspector dá um jeito à sala, limpa a cozinha e depois de um chuveiro, apressa-se a sair. Parado à porta do prédio, está um carro preto.  Leandro acha estranho, pois a rua está deserta, tanto de pessoas como de carros, mas expulsa o assunto da mente. Mas alguém põe o motor a funcionar e uns segundos mais tarde, Leandro ouve o carro a deslizar. Continua a a

A PAIXÃO DE LEANDRO - PARTE III

O jantar tinha sido um sucesso. Ela escolheu um restaurante discreto e demonstrou ser uma mulher afável,inteligente, culta, qualidades que o Leandro muito apreciava. No sábado seguinte, foram passar o dia fora e no domingo, ao cinema. Jantar uma ou duas vezes por semana tornou-se um hábito e quando ela sugeriu passarem um fim de semana num Hotel, Leandro anuiu. Mostrou-se um pouco nervoso e confessou-lhe que há muito tempo que não estava com uma mulher. Ela riu-se e perguntou, brincalhona: " Refere-se a sexo?".   Leandro riu-se também e correspondeu ao beijo que ela lhe exigiu. Naquela segunda feira, Leandro estava nas nuvens e entrou tão sorridente no gabinete que o Bernardes não se conteve e comentou: " O Chefe teve companhia este fim de semana. E ela deve ser...." " Não interessa se tive ou não companhia, Bernardes!" interrompeu o inspector " O relatório que lhe pedi? Já devia estar na minha mesa..." Com um " Desculpe

A PAIXÃO DE LEANDRO - PARTE II

Tinham-se conhecido no hall do Tribunal. Ela parecia perdida, indefesa e quando lhe perguntou onde era a Secção VI numa voz baixa e doce, Leandro não se limitou a apontar o caminho; acompanhou-a até lá. Ela agradeceu-lhe com um sorriso aberto e um olhar tão sexy que Leandro ficou sem respirar uns segundos. Não pensou mais no assunto até receber uma planta e um cartão que dizia simplesmente: " Obrigada pela ajuda.Telefone-me.  91xxxxxxx Zélia " O Bernardes e o Torcato gozaram quando o viram com a planta, mas Leandro ignorou-os, pois não se lembrava de ter dado um cartão de visitas a uma mulher com aquele nome.  Mas ficou curioso e para grande desilusão do Bernardes e do Torcato, fechou a porta do gabinete e marcou o número. Quando ela respondeu, o inspector reconheceu aquela voz baixa e doce e sem saber bem como, convidou-a para jantar  naquela noite. Quando desligou, Leandro, divorciado e sem uma amiga especial há tanto tempo, deu por si a assobiar baixinho

A PAIXÃO DO INSPECTOR

Alguém descuida-se e a porta do prédio bate com força.   Leandro acorda sobressaltado e olha para o relógio. " Bolas! São 08 horas e é domingo!" resmunga, mas está Sol e as pessoas querem aproveitar o dia na praia. Resignado, levanta-se e decide tomar o pequeno almoço na varanda.  Hoje, não quer ler o jornal; está deprimido demais.  A investigação está num impasse; há novas pistas, mas Leandro acha que o resultado vai ser o mesmo. Zero! Suspira, contrariado e está quase a telefonar ao Sargento Bernardes para lhe pedir que confirme uns dados quando o telemóvel toca. " Estou?" e ao reconhecer a voz, sorri como um adolescente. ( CONTINUA)

ANTÓNIO SEDUZIDO - O FIM

E, no poema que escreva, fala sobre as palavras.... As palavras que o seduziram... A voz que começa a escutar... Mesmo quando resolve uma equação... Ou explica um gráfico... Talvez agora não tenha tão certeza do que o Mundo lhe quer revelar, diz... Confessa-se admirado por ter dúvidas... Põe a alma a nu... Quando se senta, um pouco envergonhado, nada o prepara para a salva de palmas que enche a sala. O Afonso grita: " Eh, pá! Quem diria que escreverias um poema tão forte?" Mas António só olha para a professora e esta sorri... Como se nunca tivesse duvidado de que e le conseguiria escrever um poema... António ainda pensa e m dizer uma piada...   M as agora que as palavras são tão preciosas... s eria perdê-las novamente....   FIM   P.S .: Aceito sugestões para o próximo conto... A frase poderá ser a habitual: " Era uma vez...."

ANTÓNIO SEDUZIDO - PARTE IV

Surpreende a senhora da biblioteca ao pedir livros de poesia. " Não estarás enganado, António? Tu, a leres poesia? " pergunta, brincalhona. António não responde e lê.  Lentamente, encontra respostas para o que sente ao ler um poema. Emociona-se e descobre cor na vida. Paixão no Vento... Amor na Lua... Desejo no Sol... Sussurros na pele... A vida não é apenas uma estatística; há pessoas, emoções, sentimentos... António abre o coração a tudo isso e beija a namorada com uma tal paixão que esta pensa que está a sonhar. António está seduzido e aprende a seduzir... O matemático torna-se um poeta.... CONTINUA