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A mostrar mensagens de maio, 2005

DAS 3

Das 3, a mana Cristina é a mais divertida! Tudo é pretexto para uma brincadeira e demoramos sempre um minuto ou dois a perceber que estamos a ser gozadas, dado o ar de seriedade com que ela profere as suas “sentenças”. Explode facilmente, mas passados 5 minutos, está tudo esquecido. Não é, por isso, difícil de compreender que tenha sido a primeira pessoa que procurei quando naufraguei neste lago tumultuoso que é a “desilusão amorosa”. Habituada às “sombras”, recebi em cheio na cara os holofotes e fiquei exposta, nua, sem defesas. A Cristina também teve a sua dose de desilusões amorosas, compreendeu a situação e foi capaz de aconselhar e apaziguar a alma doente da irmã mais nova. Não me culpou nem o defendeu! Apenas me disse que qualquer relação deve assentar em bases mais sólidas que a paixão. Porque a paixão desaparece! E tinha razão! Porque se hoje eu e ele não conseguimos ser amigos, qualquer outro tipo de relação não podia resultar!

QUE MAL HÁ NISSO????

O que dizer? Apenas obrigada: À Aluena e à Dora – pelos cartões. Adoro cartões, escrevi mesmo um post sobre isso e um ano enviei a todos os meus amigos e conhecidos um cartão. Uns mais sérios que outros, dependendo do grau de intimidade e as reacções foram bastante interessantes. Desde gargalhadas divertidas até ao desprezo completo! Ao Joaquim pelo e-mail – simples, mas muito reconfortante! À Inês pelo seu telefonema – não se esqueceu de mim, apesar de já não morar no Porto. A todos que visitaram nesse dia o meu blog pela primeira vez e me deixaram uma mensagem, maravilhosa, cheia de carinho. À Carmen – pelo presente que me deixou no blog dela! Eu não mereço tanto, Carmen! Quanto aos que manifestaram a sua presença pelo silêncio, vão continuar ausentes da minha vida. Talvez a culpa tenha sido minha, mas se me afastei, foi porque nada havia em comum! A solidariedade e a amizade não se manifestam só ao pé de uma cama de hospital ou num velório! São essenciais na vida diária! Continu

DISPOSIÇÃO

Creio que foi a Lady Macbeth que disse “ Por muito que lave as mãos, elas estão sempre sujas de sangue”. Acho que Lady Macbeth se referia a uma “consciência culpada” e eu não me sinto culpada de nada. Apenas lamento não poder fazer nada, a não ser ouvir os desabafos, as queixas da minha irmã! Revolta-me pensar que temos a solução ideal, tão perto das nossas mãos, mesmo que signifique termos que fazer um outro tipo de sacrifícios e ela se recuse a considerá-la! Porquê??? “A nossa Mãe não pode ser contrariada” e por isso, concentramo-nos a poupar a nossa Mãe e cansamos os nossos corpos, a nossa alma e a nossa vida! Mesmo hoje, o dia em que assinalo o meu 44º ano de vida! Em que devia estar lá fora, a gozar o sol! A rir!!! E estou a escrever este texto, tão amargurado ! Não vou pedir desculpas; apenas vou dizer que vou dar uma volta por aí, tomar café, ver montras, apanhar o autocarro e ir até à Foz…. Melhorar a disposição, sentir-me bonita! Isso…só eu o posso fazer!!!

CANTAR VITÓRIA

Por muito que queira, não consigo deixar de pensar nessas pessoas que passam a vida a "dar bocas"! E se continuo a falar é porque não percebi se é por pura maldade ou por falta de objectivos na vida! Enfim, diz o ditado popular " Quem semeia ventos, colhe tempestades " e espero sinceramente que pensem no que querem realmente das suas próprias vidas, porque eu vou encolher os ombros e andar para frente. Como ontem que vi aquele Adónis que me deixou de boca aberta, com cara de parva no meio da rua! Elegante, charmoso, com o fato feito à medida, o cabelo bem cortado e um sorriso aberto! Pena não lhe ter visto os olhos, mas gostei muito dos óculos de sol. Fez-me sentir mal vestida com os meus jeans e creio bem que murmurei "É sempre assim! Porque é que não trouxe o meu fato preto?". Quero lá saber se alguém escutou e achou que eu estava a ficar maluca! Como diria a minha Madrinha, "lavei as vistas " e sei muito bem que não se deve olhar só para o as

CONFISSÕES

Ok, confesso!! Na 5ª feira, fico um ano mais velha – como não sou a única, ninguém se vai ficar a rir e nem sequer vou pensar em coisas como rugas, manchas na pele, etc. A idade está na cabeça – é o que todos dizem e se antes me preocupava com isso, hoje vejo as coisas de uma outra perspectiva. Infelizmente, conheço casos de pessoas que entram numa depressão profunda ou começam a fazer operações em cima de operações que podem adiar o envelhecimento, mas destroem a saúde! O relógio continua a dar horas e só estamos a enganar o que não se pode enganar! O segredo para mim está em ter uma vida preenchida e preenchida com aquilo que se gosta de fazer! Eu tenho a vida preenchida, se bem que passe muito do meu tempo só! Mas mesmo essa solidão é diferente, porque foi uma opção e dantes não era! Sei que muita gente não compreende, sei que me criticam, mas é a pura verdade, por muito insignificante que isto possa parecer e apesar da minha vida estar neste momento complicada por causa dos meus p

AMIGOS SECRETOS

Hoje é sábado; felizmente, porque estou positivamente, como se diz na gíria popular, “ a rebentar pelas costuras ”. Mas o porquê dessa razão fica para outro post, porque encontrei o livro do “ Gato Fedorento”, que li por alto, porque começou exactamente como um blog (que, creio, ainda existe) como este. O texto de abertura é muito simples, muito subtil na forma como dá conselhos para se escrever um texto humorístico, que eu nunca conseguirei, porque na opinião de certas pessoas, eu “não tenho sentido de humor. Fico azeda!”. Depende tudo da forma como se entende o que é o humor: aliás já falei sobre isso num post (A Caixa) e o do “ Gato Fedorento ” é intrigante, é elegante, sem chocar as pessoas. Gostei principalmente do post, em que ele fala da desordem que encontrou no escritório, provocada, não por assaltantes, mas pela própria filha. Brincadeiras próprias de crianças e não sei bem porquê, fiquei a pensar em certas mulheres que querem ter um filho e não conseguem, mesmo com ajuda mé

EXPLICAÇÕES

Desta vez, resolvi observar atentamente os azulejos da Capela das Almas , ali na esquina de Santa Catarina com Fernandes Tomás. Estão de cara lavada; sofreram obras de remodelação e S Francisco de Assis e Sta Catarina agradecem. Quantas vezes ali passei, sem um segundo olhar à esta Capela, tão tranquila, no meio da rua mais movimentada da cidade. Estava fechada e por isso, não entrei. Confesso que já não me lembro muito bem como é o interior. Mas pouco importa; é apenas um pormenor que depressa será resolvido! Não é para ouvir missa; é apenas para comungar com a Paz que está entranhada em qualquer Igreja. Porque, a sensação que tenho, a leitura que muitas vezes faço das situações diárias é que parece estar tudo pintado de fresco por fora, mas por dentro, as paredes estão manchadas de humidade, há um cheiro a sujidade, a podre que invade a garganta e entope as narinas. Mesmo em ruínas ou maltratada pelo tempo, na Casa de Deus há sempre Paz! Mesmo para mim, que não sou muito religiosa! M

PEDRAS PRECIOSAS

Ao ler o novo post da Dora sobre a “espera”, lembrei-me que, com esta mania das pessoas nos rotularem, muitas vezes esquecemo-nos de que temos um nome. Um nome que tem uma razão para existir! Aliás, tem várias razões para existir e eu posso enumerar algumas, mas a mais óbvia, é sem dúvida, porque os nossos pais gostaram! Um nome define-nos, marca uma diferença que temos que desenvolver e propõe-nos uma assinatura! Não a que oficializa um documento, mas um toque pessoal, que nos faz ficar na mente das pessoas . A minha assinatura, o meu toque pessoal é o livro que anda sempre comigo. Como leio na língua original, arranco muitos ohs e ahs das pessoas. O que leio neste momento é em Francês – chama-se “Le boiteux de Varsovie” , são 4 volumes e sigo apaixonadamente Aldo Morosini na busca de pedras preciosas, com uma longa história, de amores e assassinatos, pelos canais de Veneza, as ruas tipo labirinto de Varsóvia e o esplendor de Paris. Já estive em Veneza, debaixo duma chuva torrencial q

FACAS

Longe vai o tempo em que não me falares ou olhares para a minha cara me “matava”. Confundia isso com amor e há um poema de Manuel Alegre que fala disso: “ Quatro facas amor com que me matas sem que eu mate esta sede e esta fome. “ Mas, mesmo no amor tem que haver respeito e tenho constatado diariamente que há pessoas que não sabem o que isso é. Pelo menos, desconhecem os moldes em que mo ensinaram e às vezes, eu própria o confundo, porque engloba vários sentimentos. Não é só o respeito pelos mais velhos de que falo; falo do respeito diário pelas pessoas que conhecemos de vista e a quem fica bem dizer um “bom dia”. Ou ouvir uma pessoa até ao fim e então expor à nossa posição. Ou se tivermos que a interromper, dizer “ Com licença. Posso? Não se importa ?” As pessoas confundem isso com servilismo e por isso, acham estas frases uma autêntica mariquice. “Porque isso já não se usa!” Entram a “matar”, porque o que interessa é salvaguardar, resolver os seus próprios assuntos da forma mais ráp

O SOL

Faça sol ou chuva, aos domingos de manhã saio para beber um pingo. Nem que seja só atravessar a rua e tomá-lo na confeitaria que há na esquina! Um hábito que não tinha e que tive que criar, como parte do meu projecto para a tal "libertação" de que já falei. Sinto-me muito mais relaxada e organizo depois o meu dia com muito mais vontade! Escrevo, faço os meus trabalhos de casa de francês, arrumo o que tenho que arrumar e à tarde, volto a sair. Às vezes, fico na FNAC ou vou ao cinema ou volto para casa para dormir uma sesta. Este domingo, meti-me no Metro e fui até ao Estádio do Dragão , porque abriu um novo Centro Comercial ali perto. Nunca tinha visto o Dragão (falha imperdoável), que parece um chapéu de senhora, elegante e discreto. Como é branco, apenas com as letras em azul, dá uma ideia de poder, de luminosidade tal como o Centro, com uma das fachadas toda envidraçada, mas com cores diferentes – rosa, verde e amarelo. Lá dentro, o branco do chão conjuga-se com essas cor

ASTROS II

Os astros enganaram-se, pois não foi uma semana brilhante. Pelo contrário, foi bem penosa e ainda não recuperei do esforço que fiz para manter uma aparência calma. A piada de “ viva no mundo dos outros ” só tem realmente uma resposta: “ Não andei nessa escola ” e por isso, vamos esquecer e voltar à nossa atenção para um prato interessante: “PUDIM DE QUEIJO COM MOLHO DE CEREJAS” Já disse que não sou gourmet, nem boa cozinheira, mas posso dar largas à minha imaginação e conceber um prato digno dos Deuses do Olimpo, mesmo que, ao provar seja uma perfeita desilusão. Se for doce, enquadra-se no mês – Maio é o mês da cereja e dá um toque exótico aquele molho vermelho a escorrer pelo pudim e formar pequenos lagos no prato. Se for salgado, a mistura do doce vai acentuar o sabor dos ingredientes. O acompanhamento, a decoração fica por vossa conta – isto é apenas um agradecimento que deixo, a quem por aqui passou e me deixou uma mensagem de esperança e de carinho. Este nosso “mundo” é realmente

DETESTÁVEL

Que amuado que está o menino mau! Se te comparasse com um animal selvagem, não sei qual escolheria, pois isto não é uma simples luta territorial. O nome no reino dos humanos é machismo – o filho homem, a quem todos veneram e se apressam a fazer todas as vontades. E eu fui na onda e mimei-te quando não o devia ter feito! Mas lá está – só cometendo erros é que se aprende e sempre pensei que dando carinho, o receberia em troca. Lá em casa, não nos manifestamos nem falamos nisso – até se pode dizer que há uma certa hostilidade no ar, que me retrai porque sou muito sensível! Não estou a falar contra a minha mãe; mas a relação mãe/filha que devia ter com ela tenho-a com a minha Madrinha. É a primeira pessoa a quem conto os meus problemas, mas engana-se quem pensa que ela não me critica! Fá-lo, mas fá-lo com carinho e apontando as razões, que, por vezes, por termos a cabeça quente, não nos apercebemos! Cada dia que passa, descubro um novo defeito em ti e até me assusto com a intensidade da r

BRILHANTE

Os factos são os seguintes: Não sou brilhante! Se correspondi às minhas próprias expectativas? Sim, mil vezes sim; e não há mais explicações a dar! Se correspondi às expectativas de outras pessoas? Talvez não; mas o que é que eu faço quando as outras pessoas soltam as tais “bocas” a que me refiro nalguns dos meus posts e me acusam depois de “ser uma criança” por querer esclarecer o assunto ? Se há um problema, o que temos a fazer é falar abertamente e encontrar uma plataforma, uma rampa que permita a compreensão, a colaboração entre todos. NUNCA vou entender isso – a recusa em falar comigo sobre coisas que me dizem respei to ! Por isso, não vejo qualquer possibilidade de resolver as coisas e tenho que admitir que estou cansada! Já não sei o que pensar – estou, como diz o ditado “como o tolo no meio da ponte”. Uma das alternativas será sentar-me e esperar que o meu coração se pronuncie, como aconselha a Susanna Tamaro. A outra, e já está decidido, é não atender as chamadas que certas pe

MAL EM QUÊ?

Realmente o vírus da sedução espalha-se a toda a velocidade e eu própria não resisti. Surpreendi-me a mim própria e creio que a pessoa em questão também. "A Marta, tão certinha, a comportar-se como as outras?" Pois é, a Marta, a “certinha”, a “coitadinha”, a que não tem “garra”, decidiu “deitar” as convenções para o lixo e convidou alguém para jantar fora. Apenas um jantar de amigos – para conversar, para conhecer um desses restaurantes que abriram recentemente e oferecem uma nova forma de admirar a noite . Sem compromissos, porque o jantar só representará alguma coisa mais se nós quisermos, apesar do que essas bocas maldosas possam dizer. Nunca vou entender porque é que as pessoas vêem mal em tudo e porque é que têm que se intrometer em assuntos que não lhe dizem respeito ! Somos os dois livres, não temos qualquer compromisso e o que acontecer entre nós ... é connosco! Connosco e com mais ninguém! Como tu frisaste tantas vezes!

GUERREAR

Ao ler o post da Dora sobre a “ espera ”, lembrei-me também que isso está associado a “ libertação” . E falo em libertação, porque muitas vezes, esperamos que alguma coisa ou alguém nos liberte. Só que ninguém nos pode libertar – somos nós que temos que o fazer. Como o fiz? Lentamente, sem me magoar e sem magoar os meus “carcereiros”, parti à conquista de um planeta com o qual me identificasse. Qual o planeta? O das línguas – apenas por prazer e que resultou, que está a resultar ! Não foi preciso tomar medidas drásticas, como bater com a porta e nunca mais aparecer! É preciso também compreender que as circunstâncias – educação, valores que nos são transmitidos, as exigências que nos são feitas – ditam a nossa forma de agir e reagir perante a vida. O que nos leva a outro portal – o do respeito! Mas isso ficará para um outro post!

DIZEM OS ASTROS

Dizem os astros que esta será a minha semana! A semana dos Gémeos – um signo, não sei porquê, a que muita gente torce o nariz! Se bem que não ligue muito à astrologia, estou curiosa em saber que surpresa a semana me trará? Um jantar à luz de velas, uma violenta declaração de amor ou simplesmente um ramo de rosas? Um fim-de-semana clandestino? Ou um telefonema de alguém, que numa voz baixa e sedutora me chame querida? Cá para nós, aqui que ninguém nos ouve, sempre é melhor chamarem-me “querida ” do que “ palito ”, “ trinca-espinhas ”, “ cruzeta ”! Enfim, nomes altamente românticos, insinuações à minha magreza excessiva! Compreendo que uma determinada pessoa gostasse de me ver com mais curvas e seja por isso que faça esse género de insinuações e a minha mãe esteja preocupada com a possibilidade de eu contrair uma doença grave e não ter como a combater. Quanto às outras pessoas, não sei se é por inveja, se é por maldade, etc, porque estou consciente, e é a lei da vida, de que não sou a

EM MAIO

Parece que Maio, além do sol e do calor, soltou, como diz a canção, não só o beijo como os piropos . Alguns tão velhos, sem qualquer graça e para os quais a única resposta é o riso bem disposto! Falta uma certa originalidade, um certo requinte, um certo “savoir-faire”, porque a sedução é um jogo que se pode tornar perigoso. Porque alguém está a sondar-me, a rondar-me, com um brilho especial no olhar, que noto ser mais maroto do que o habitual. Sugere-se um decote em “V”, a saia mais curta, umas meias mais claras, uns sapatos com o tacão mais alto. E, veladamente fala-se duma lingerie mais sexy, mais aberta ! Já entendi a mensagem, mas, se bem que esteja lisonjeada, nada vou fazer para ir ao teu encontro. Acabei magoada, desci ao Inferno e neste momento, (e porque não confessá-lo?), tenho medo de ti. Porque não confio em ti o suficiente para me entregar totalmente ao devaneio da paixão que me possas inspirar. E, depois conheci o reverso da medalha – alguém que me devolveu “intacta” ao m

SER LIVRE

Às vezes, penso que não sou tão livre como penso. Mas é só por um momento; apenas porque estou cansada e acho que não vou ter forças para reagir. Ok, às vezes fico sem saber muito bem o que fazer e ouço a voz da minha mãe ao longe:”Mas o que é que tu esperavas?” A minha resposta é um suspiro bem fundo, a expulsar o ar que está acumulado: “Já nem sei! Apenas esperava alguma coisa, que me fizesse ter esperança nas pessoas.” Ilusões e desilusões, confiança e desconfiança, com interesse e sem interesse! Todos as temos, mas eu tornei-me numa mulher que precisa de cheiros e de luz. De cor, de risos e de muitos livros! Não me vou tornar na “Senhora” (de Catherine Clément), mas segui atentamente a sua vida, compreendi as razões das suas decisões, viajei com ela por esse Mundo fora, à procura de um refúgio. Agora que chego ao fim do livro, lembro-me de Serralves; está na altura de lá ir; talvez as rosas já estejam a florir! Os cheiros vão ser diferentes dos que estão descritos no livro; mas eu

BOMBOM

Se li “Chocolate” da Joanne Harris? Oh, sim, ainda posso fechar e imaginar que estou no Café de Vianne, a provar o chocolate e ouvir aqueles segredos, aqueles risos, ao princípio receosos, mas depois mais soltos, porque Vianne soube conquistar a confiança de cada um. Sem falar muito, apenas oferecendo um bombom, adequado a cada um, obedecendo ao seu desejo mais secreto. Imagino o que ela me ofereceria! Talvez um chocolate de leite, macio, suave, a desfazer-se rapidamente na boca, mas o sabor, principalmente a sensação de calor que ainda fica, horas após o bombom ter desaparecido na corrente sanguínea. Eu gosto dessa sensação de calor, de ser acarinhada e é por isso que sinto a tua falta. Tal como Vianne – aproximaste-te, sem me pressionares, escutaste-me quando me abri e deixaste-me quando me sentiste livre! Mas mesmo ausente, tenho sempre um bombom guardado para ti!

IGNORÂNCIA

Se lerem o último post no meu blog http://www.escrevercomamor.blogspot.com , vão constatar que eu escolhi escrever novamente sobre um poema (uma parte) de Pablo Neruda. Ele fala sobre o “ dever do poeta ” e é engraçado que, por coincidência, o Rodrigo Guedes de Carvalho escreva uma crónica sobre o mesmo tema. Claro está que a crónica do Rodrigo Guedes de Carvalho está estruturada duma outra forma, especifica outro tipo de valores, mas a mensagem é clara. Porque se missão de jornalista, escritor é como Pablo Neruda diz “ dar ao homem o que é do homem: sonhos e amor, luz e noite, razão e desvario”, o que o Rodrigo Guedes de Carvalho faz, e muito bem é expressar claramente a opinião dele sobre o País e o Mundo (que é o nome da sua coluna na Revista TVMais). Com que podemos concordar ou não, mas é coerente com ele próprio e com os leitores. Não é realmente necessário “mandar recados a outras televisões ou a outros jornalistas”, como diz. Isso é mau jornalismo e estou a falar disto, porque