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A mostrar mensagens de março, 2019

ÍRIS - O FIM

A Tânia e o Daniel acham um disparate... Claro que ela não é culpada de nada... Passou-se tudo cabeça do Guilherme... Se ela nunca lhe deu esperanças... Tem que reagir e esquecer... Concentrar-se na carreira... Mas Íris está tão perturbada que se esquece das falas e portanto, as cenas têm que ser repetidas. Os colegas começam a ficar cansados, o Director chama-lhe a atenção várias vezes. Um dia, a Íris não aguenta e pede para que " matem " a personagem. O Daniel e a Tânia estão contra, até o Director conversa com ela sobre o assunto, mas Íris está irredutível. Vai para casa dos Pais uns tempos e depois recebe um convite de uma pequena companhia de Teatro. Talvez seja o que precisa... Um outro registo, outras pessoas, outro tipo de audiência. E entrega-se de corpo e alma... FIM

ÍRIS - PARTE V

Claro que a polícia quer falar com ela. Já sabem da relação complicada que ela tinha com o Guilherme. O Director falou nisso, a Tânia e o Daniel confirmaram e agora querem saber a opinião dela. Não apresentou queixa na polícia? Não, a Íris está no início da carreira, não queria entrar em conflitos. Sim, pode ter namoriscado um pouco, mas pode não ter qualquer significado e se o Guilherme leu o que não estava lá, bem, o problema é dele... A última vez que viu o Guilherme foi quando ele apareceu no set e o Director o mandou embora. Não, não sabia nada dos planos dele para o fim de semana. Sim, pode dar os nomes dos amigos. Quando saí do gabinete, Íris encosta-se à parede e respira fundo. A Tânia e o Daniel estão à espera dela, estão preocupados, mas a Íris está nervosa, quer descansar. Eles aceitam a desculpa, mas acompanham-na até ao quarto com recomendações de lhes telefonar a qualquer hora. Mas Íris quer ficar sozinha, quer processar tudo o qu

ÍRIS - PARTE IV

Sem a presença do Guilherme, as filmagens decorrem mais calmas e sem grandes problemas. O Daniel regressa e voltam a almoçar juntos.  A Tânia também almoça com eles de vez em quando e os três são já conhecidos pelos " Divertidos" no set. Um dia, o Guilherme aparece no set, mas não diz palavra.  Ri-se sempre que a personagem da Íris fala e o Director pede-lhe para sair. Como tem folga este fim de semana, a Íris resolve aceitar o convite de uns amigos. Eles tem um casa na praia, convidaram outras pessoas que a Íris também conhece e o fim de semana promete ser interessante. Quando regressa na segunda feira de manhã, encontra toda a gente reunida no átrio do Hotel. A Tânia vê-a e levanta-se imediatamente. Puxa-a pelo braço e fecham num gabinete ali perto. " O que aconteceu? Diz-me, estás a assustar-me!" pergunta a Íris. " Tens que ter muita calma. Primeiro que tudo, diz-me. Onde passaste este fim de semana? Estiveste com pe

ÍRIS - PARTE III

" Ou a do Guilherme. É promovido, começa a circular noutros locais e a Íris fica onde está." contrapõe o argumentista. Na semana seguinte, o elenco recebe as novas cenas e o Guilherme não fica satisfeito com a reviravolta da personagem. Quando discute o assunto com o Director, este diz-lhe que é melhor estar calado; afinal, a personagem está a evoluir e não era isso o que ele queria? A Íris esteve de folga e passou o fim de semana fora; por isso, só quando regressa é que sabe das alterações. O Guilherme está cá fora no jardim; se por coincidência ou à espera dela, Íris não sabe. Mas sente a mão dele a fechar-se no braço e a fúria quando lhe segreda: " Pensas que te livras de mim? Não contes com isso; vou arranjar uma maneira de te chatear e tu vais pedir que matem a tua personagem." Íris fica assustada, mas dá-lhe um safanão e entra apressadamente no estúdio. Vai de encontro à Tânia e esta percebe de imediato que se passa alguma coi

ÍRIS - PARTE II

Íris está satisfeita com as cenas que gravou.  Estava descontraída, ela representa uma personagem que vê sempre o lado positivo das coisas. Mas o Guilherme acaba de chegar e sorri-lhe. É um sorriso irónico, calculista e Íris fica um pouco apreensiva, tanto mais que tem que passar por ele. " Oh, minha Princesa, hoje não te enganaste? Pronunciaste bem as palavras, escondeste esse sotaque de ilha?" e ri-se. " Guilherme, eu já sabia, mas agora tenho a certeza absoluta de que és um grande, mas mesmo grande malcriado." diz a Tânia, uma outra actriz que está sentada ali perto " Deixa a rapariga em paz." O Guilherme abre a boca para protestar, mas a Tânia é daquelas pessoas que impõem respeito e nem mesmo ele gosta de a irritar. " Não podes deixar que ele te fale assim; tens que lhe responder à letra!" aconselha a Tânia. " Tento ignorá-lo. Acho que é o melhor a fazer." confessa a Íris. " Não sei; há homens que

ÍRIS

Íris está preocupada. Não sabe o que fazer e talvez a culpa seja dela... Bebeu um pouco demais, namoriscou demais e talvez o Guilherme tenha pensado que ela seria uma conquista fácil. Mas uma rapariga pode dizer não... está no seu direito de dizer não e não avançar mais.... O Guilherme não aceitou a recusa e agora está a fazer-lhe a vida negra. Pior, até pode estar a prejudicá-la profissionalmente Sempre que filma uma cena com ela, engana-se propositadamente e quando ela tem que responder, ele " estraga" tudo, rindo-se. O Director já lhe chamou a atenção, o resto da equipa está a ficar cansada, pois obriga-os a fazer horas extra. Na cantina, deixa-se ficar para o fim só para conversar com a menina da caixa e a Íris tem que esperar dez, quinze minutos para pagar e comer sossegada. Uma vez, o atraso foi de tal ordem que a Íris só teve tempo de engolir a sopa e guardou a salada para comer numa pausa. O Daniel deu conta que se passava alguma cois

A NOVELA - FIM

Os culpados estão sentados no sofá. Estão sujos, com fome e um pouco apreensivos. Sim, que a Mãe do Luis disse-lhes umas verdades. Onde é que estavam com a cabeça? Mentirem, faltarem às aulas e preocuparem toda a gente? A que propósito passaram a noite no Museu Municipal? O Manuel, como líder, contou a história. Queriam recriar a aventura do herói do livro; ele esconde-se num Museu e consegue impedir o roubo de uma estátua. " O que é que estava em perigo no nosso Museu?" pergunta o Pai do Francisco friamente. Nada, só queriam ver se conseguiam enganar os seguranças do Museu e passar lá a noite. Foram bem-sucedidos e estão bastante satisfeitos com o resultado, acrescenta o Luis. Mas os Pais não estão nada satisfeitos e durante dois meses, declaram, só saem de casa para ir à escola, visitas de estudo e almoçar em casa de familiares. Não há Internet, Televisão, o telemóvel só pode ser utilizado para emergências, nada de jogos de futebol no parqu

A NOVELA - PARTE V

Carolina não responde, pois batem à porta e ela precipita-se para abrir. É o Rodrigo e traz uma Margarida confusa.  Perguntou ao Rodrigo o que se passava, porque é que não podia ir até ao jardim com as amigas, mas o Rodrigo só disse que os Pais queriam conversar com ela. Em casa do Pai? E os três juntos? Margarida fica ainda mais confusa. " Margarida.." diz o Pai, ajoelhando-se e pegando-lhe nas mãos " Nós não sabemos onde está o Manuel e pensamos que talvez ele te tenha dito alguma coisa." " Vá lá, Margarida, fala." e tanto Jaime como o Rodrigo pedem calma a Carolina. " Está tudo bem!" repete o Pai carinhosamente " Não vamos castigar ninguém..." e ouve a Carolina suspender a respiração. Quase que pode adivinhar o que ela está a pensar: vai ficar fechado no quarto até ser adulto. Margarida olha o Pai muito séria e pergunta: " Ele não está no Parque?" " Que Parque? " e Margarida

A NOVELA - PARTE IV

" A culpa é tua!" lamenta a Carolina. " Minha???" repete o Jaime estupefacto e Rodrigo esboça um gesto de contrariedade. " Sim, se não vivesses tanto as aventuras do teu detective e lhe prestasses mais atenção..." e Rodrigo acha por bem interromper a mulher. " Oh, Carolina, que disparate! O Jaime é um Pai muito presente e o Manuel orgulha-se muito disso." " Eu sei, desculpa, mas estou de cabeça perdida!" diz a mulher e o Jaime liga ao filho. A chamada vai directa para a caixa de mensagens e os três ficam sem saber o que fazer. Avisar a polícia? O conselho vai ser para esperarem, para contactarem os amigos e isso já fizeram. " Não terá dito nada à Margarida?" pergunta o Jaime à Carolina. " Provavelmente, não... A Margarida é faladora..." observa a ex-mulher. " Mas defende o irmão até às últimas consequências." acrescenta Jaime. " Pois defende e até pode saber a

A NOVELA - PARTE III

Latitude não responde e prende-a novamente nos braços. Íris não lhe conta que está a ser assediada por um colega de profissão e Latitude esquece as complicações inesperadas do caso em que está a trabalhar. No dia seguinte, despedem-se à porta do hotel dela e o detective observa-a durante uns minutos. Há um rapaz parado na entrada que lhe segura o braço quando ela passa, mas Íris tira-lhe a mão e afasta-se. O rapaz fica contrariado e diz-lhe qualquer coisa, mas a amiga finge que não ouve e desaparece no átrio. " Olá, mas o que se passa aqui?" murmura o detective " O que é que não me contaste?" " JAIME" o grito é tão agudo que Jaime assusta-se e levanta-se. Quem gritou? É real ou ficção? É a realidade, é a ex-mulher que está à porta do escritório. Está nervosa e a voz soa mais aguda do que é habitual. " O que se passa? Como é que entraste?" pergunta o escritor. " Com a ajuda do porteiro, tu não atendes o

A NOVELA - PARTE II

" Então, minha querida Íris, o que te traz até cá?" e Latitude beija-lhe o ombro. " Boa companhia, bom vinho e...." e o detective concluí: " E bom sexo!". Íris ri-se, bem humorada. São amigos há algum tempo e confiam totalmente um no outro. " Só estou cá por uns dias. Uns personagens viajam e a produção escolheu esta cidade para filmar as cenas." conta a amiga. " Qual é o teu papel?" e o detective deita mais vinho nos copos. " Sou a dor de cabeça dos meus Pais... Na ficção, claro... Fugi com um homem pouco recomendável... a história habitual." concluí Íris. " E, o que dizem os teus Pais a isso? " pergunta Latitude. Mas, neste ponto crucial, o Jaime decide fazer uma pausa. Tem que dormir um pouco e depois dar uma volta. Grava, fecha o ficheiro e o computador e só volta a pensar na história umas horas depois. Quer dizer, está a pensar na história; vai ter que introduzir mais personagens, criar his

A NOVELA

" Acho que vou tentar escrever uma novela." anuncia o Jaime durante o jantar semanal com o Leonardo. O editor olha-o surpreendido e pergunta: " Vais parar com a série do Inspector Latitude? As pessoas gostam dele: é inteligente, um pouco ortodoxo na forma como investiga os casos e é um pinga-amor. " " Ainda não sei bem o que vou fazer. É só uma ideia; posso arrastar o Latitude para lá." confessa o Jaime. " Sim, o Latitude vai perder a cabeça no meio de tanta mulher bonita! " concorda o editor. " A acção pode centrar-se numa só mulher e pode ser nem muito nova nem muito velha!" diz o escritor. " Tenta e manda-me uma sinopse. Dentro de duas semanas, está bem?" pede o Leonardo. " Ufa, Leonardo, é só uma ideia. Não quer dizer que vá escrever..." protesta o Jaime, mas o editor sabe que ele já está a trabalhar na ideia. E, na verdade, Jaime tem uma ideia clara do que quer escrever e no compu

ANTÓNIO - FIM

A D.Mariana insiste, estão todos convidados para jantar. António aceita, um pouco contrariado e fica surpreendido por ver a família e vários amigos à espera dele na casa dos Pais. " Foi ideia da Andreia; eu só ofereci a casa." diz a D. Mariana e o António sorri grato à mulher. " Agora, vão ter que conversar e conversar mesmo." pensa a Mãe e a Andreia espera que consigam finalmente equilibrar as coisas. O António está tão descontraído e divertido que os Pais não o reconhecem. " Tu..." confessa o Dr Sérgio mais tarde à mulher " Eu sabia que o meu filho era assim." mas recusa-se a discutir o assunto. A festa é um sucesso.  Todos brincam com o talento criativo do António e há mesmo alguém que declama um dos poemas, o que arranca comentários divertidos da audiência. Ninguém tem pressa de se ir embora, mas o Dr Sérgio resolve isso de uma forma diplomática. " Há muito que não danço com a minha mulher." anuncia &

ANTÓNIO - PARTE V

O piquenique é divertido e os dois miúdos adormecem encostados ao sofá. O António leva o André para o quarto e a mãe faz o mesmo à Carolina. O António volta a descer e fecha-se novamente na biblioteca. Andreia suspira e vai dormir. Têm que falar, mas o António quando quer ser teimoso... O clima  entre o casal é tenso nos dias seguintes e no dia do lançamento do livro, a família mais chegada está preocupada. O António ainda não chegou e está marcado para as seis. " Espero que não se tenha esquecido." observa a D. Mariana. " Também eu, mas ele não respondeu aos SMS que lhe enviei." comenta a Andreia. O Dr Sérgio ri-se e diz: " Respondeu ao meu!" e a D. Mariana pergunta, curiosa: " O que é que lhe disseste? " " Se eu estou cá, tu também tens que estar." e o Dr Sérgio volta a rir-se. Selecciona o SMS e lê: " Pai, o livro é meu, tenho mesmo que estar!" " Vocês e as vossas piadas!" e a

ANTÓNIO - PARTE IV

A D. Mariana protesta, a noite era deles e os miúdos já estavam a dormir. Têm planos para a manhã seguinte; podem vir buscá-los depois de almoço. O filho e a nora agradecem e voltam para o carro. " Aqueles dois discutiram. Valha-me Deus, queria tanto que conversassem!" diz D.Mariana ao marido. " O teu filho é um cabeça no ar, mas o que é que se espera de um cientista?" comenta o Dr Sérgio. D.Mariana sorri e não diz mais nada. Está cansada, os miúdos têm tanta energia. Os pais não falam mais naquela noite. O António fecha-se na biblioteca e acaba por adormecer lá e a Andreia levanta-se cedo e vai até ao ginásio. Encontra lá uma colega e resolvem almoçar juntas. Depois, vai buscar os miúdos a casa da sogra. " O António não veio contigo?" pergunta a D.Mariana. " Não e não sei se está em casa." responde a nora e D.Mariana fica apreensiva. " As coisas não correram bem? " e Andreia abana a cabeça. Quando chegam a

ANTÓNIO - PARTE III

A noite é um sucesso até ao momento em que entregam no quarto o champanhe e os morangos e o António resolve falar no lançamento do livro. " Podíamos organizar uma festa pós-lançamento para a família e os amigos. A editora vai servir um Porto e uns aperitivos, mas há tanto tempo que não organizamos nada..." diz o António. " Não organizamos porque tu estás sempre ocupado. Chegas sempre atrasado aos jantares, às festas dos nossos amigos e pareces que não estás lá. E, agora queres organizar uma festa?" interrompe a Andreia, pousando a taça na mesa de cabeceira. " É uma oportunidade perfeita. Prometo solenemente estar lá!" e o António oferece-lhe um morango. " Não estou a brincar, António. Que não me fales do teu trabalho, entendo, foi o que combinamos quando casamos, mas um livro de poesia? " e Andreia levanta-se da cama. " Nunca pensei que ia conseguir. Só quando enviei para a editora e foi aceite..." explica o marido

ANTÓNIO - PARTE II

" Só lhe contaste depois de tudo organizado... E, só a deixaste ler quando te enviarem as provas." diz a Mãe durante o almoço prometido há semanas e que o António andava adiar por questões profissionais. " Eu própria fiquei aborrecida por não me teres dito antes. Mas eu sei que tu és feito no ar..." continua a senhora enquanto o António ri. " A Andreia também sabe disso." contrapõe o António. " Quando tenho um problema complicado para resolver, esqueço-me de tudo." " Mas exageras; até dos anos do teu filho, te esqueceste. A Andreia comprou a prenda em teu nome e teve que te ir buscar." censura a D. Mariana. " Pois, eu sei... O André não ficou muito satisfeito e a Carolina esteve uns dias sem me falar." diz o filho. " Há quanto tempo vocês não jantam juntos? Não fazem uma noitada? " pergunta a D. Mariana " Eu fico com os miúdos; vamos os quatro jantar àquele restaurante de hambúrguers. "

ANTÓNIO

Os "oh", os "ah" e os " estás a gozar comigo?" foram tantos que o António resolve desligar o telemóvel pessoal. Qual é o problema? Ele, António, um cientista, um matemático, escreveu um livro de poesia. Poemas sensuais, a raiar o erótico. Um marco na literatura erótica, segundo alguns críticos. António não concorda muito com a leitura feita por esses críticos, mas está satisfeito com o resultado final. O outro livro que publicou, inteiramente dedicado ao projecto matemático em que está envolvido, só tem sucesso na comunidade cientifica. Se não tivesse encontrado a Professora Dalila no jantar de antigos alunos, talvez nunca o escrevesse. Mas a Professora Dalila ainda se lembrava do poema de amor que o António tinha escrito (quase obrigado) no último ano do liceu e lançou-lhe o desafio. " Porque não tentas? " e o António sorriu.  Na biblioteca de casa, havia uma secção dedicada a livros de poesia, de ficção cientific

NOVO DESAFIO

Aqui fica um novo desafio... Como sabem, as minhas histórias têm vários personagens e o desafio é exactamente esse, Quem será o protagonista da próxima história? O Inspector Bernardes a relembrar um velho caso com o seu mentor, o Inspector Leandro? O Inspector Leitão, que está reformado e a viver naquela aldeia simpática? A Fátima que foi através de um burlão e teve que ficar no Brasil? O Sargento Lucas que está nervoso com o casamento? O António que desprezava os livros e se torna escritor? Ou o Jaime que escreve sobre o Detective Latitude e alguém espera que ele resolva um caso? Aguardo as vossas sugestões.

ROSÁRIO - FIM

No bilhete, a Amélia pede-me para não ler os cadernos e entregá-los a um jornalista se ele publicar uma crónica sobre o tema " Bairro da Leopoldina". Fico preocupada, mas qualquer coisa me impede de avisar o Telmo. Será melhor para mim não saber o que aconteceu. O Telmo envia-me um mail a pedir para destruir o disco do meu computador, configurar um outro email pessoal e para não o contactar durante uns seis meses. " O que é que fizeste?" pergunto-me, mas apresso-me a cumprir o que a Amélia me pede. Porque a dita crónica é publicada e se o Telmo tinha um plano, a Amélia também tinha tomado as suas precauções. Entrego os cadernos ao jornalista num café discreto e parto nessa mesma noite para Buenos Aires. A empresa tem lá uma sucursal e não vai parecer estranho eu trabalhar lá durante seis meses. São os meus Pais quem me dizem que a empresa de Telmo está envolvida num escândalo. Ainda não sabem a ligação entre a empresa e o Bairro da