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A mostrar mensagens de fevereiro, 2019

OS CADERNOS - PARTE IV

O Brites também encontrou a inicial " R " nos cadernos que recebeu e suspeita de imediato do Bando do Rock que opera no Bairro da Leopoldina. Sabe também que o bando está por trás de um Grupo poderoso.  Talvez tenha sido numa das empresas desse Grupo que a Amélia tenha trabalhado. Sim, porque no Bairro da Leopoldina só há armazéns vazios e clubes clandestinos. Vasques também chega à mesma conclusão.  Falou com um colega que cobre esse tipo de notícias e que lhe dá muitas informações. À luz do dia, o Bairro da Leopoldina parece ser um bairro pacato e alguém o reconhece do jornal. Convida-o para tomar um café e aproveita para discursar sobre o facto do Bairro estar um pouco esquecido. " Não se esqueça de falar nisso na sua coluna." pedem e quando Vasques pergunta sobre incidentes com a Polícia, desviam de imediato a conversa. O jornalista fica com a certeza absoluta de que o Bairro não era um local que a Amélia frequentasse, mas conta a visita na

OS CADERNOS - PARTE III

Vasques volta a ler os cadernos nessa noite, está a preparar a coluna para domingo, mas fica com a impressão de que não estão completos. Não fica muito admirado quando o detective Brites lhe liga e pede para se reunirem. Pode ver os cadernos que recebeu? pede e explica que lhe entregaram outros dois cadernos com uma nota igualmente enigmática. Vasques acede, está bastante curioso e ao ler a nota que o Brites recebeu, confessa que, ou a Amélia foi testemunha de algum acontecimento ilícito ou é alguém muito inteligente que os está a manipular. Brites concorda, mas é vago quando responde à pergunta do jornalista sobre a vida da Amélia. O jornalista não desanima, talvez alguém ligado à Amélia tenha lido a coluna e o contacte. É a irmã da Amélia que lhe telefona e pede para se encontrar com ele. " Não compreendo, porque é que lhe enviou isto?" confessa Anabela Santos. " Não sei o que responder, talvez a sua irmã pensasse que eu iria investigar o c

OS CADERNOS - PARTE II

O amigo fica curioso e avisa-o de que poderá ter algo importante para uma investigação em curso. Vasques afirma que não tem a certeza de nada; só sabe o nome do Detective Brites e quer falar com ele. O Brites fica surpreendido e desconfiado com o telefonema, mas aceita encontrar-se com o jornalista. Este tira uma fotocópia do bilhete e guarda o original juntamente com os cadernos no cofre do jornal. Brites lê atentamente e fita Vasques com um ar perplexo: " Onde obteve este bilhete? De quem é? " " Pensei que o Detective me pudesse ajudar. Recebi-o juntamente com uns cadernos tipo diário. Um diário codificado, cheio de iniciais." esclarece Vasques. " Sabe a razão de lho terem enviado?" pergunta Brites " Posso ver esses cadernos?" " Desconfia de alguém? " atalha Vasques, notando a hesitação do detective. " Talvez..." diz o detective lentamente " Mas é uma investigação em curso; não poss

OS CADERNOS

Matias Vasques espera pela reportagem que o tornará conhecido do grande público. Tem recebido boas críticas pela coluna que assina aos Domingos no suplemento e surpreendeu toda a gente com uma outra coluna, mas esta é diária e bastante mordaz. Mas não está satisfeito e fica intrigado quando lhe entregam naquela manhã uma caixa sem remetente. O nome dele está bem escrito, com " s"; há muita gente que escreve Vásquez e ficam muito admirados quando os corrige. Agradece mentalmente à pessoa que lhe envia o pacote e abre-o cuidadosamente. São dois cadernos Moleskine e na capa do primeiro está colado um envelope. Vasques descola o envelope e retira uma folha de papel A4. A mensagem é curta mas é enigmática. " Se estiver a ler esta mensagem, é porque morri e a razão está aqui. Fale com o detective Brites." Não há assinatura e Matias Vasques rele novamente o bilhete. Folheia os cadernos, mas a pessoa que os escreveu optou por inicia

O JANTAR DE BRITES - O FIM

" Como meu superior, pode e é o melhor, pois eu conhecia-a. Tive que me afastar dela por causa de um outro caso que estávamos a investigar e ela achou que lhe estava a mentir." conta o Brites e suspira. " Não vejo como... se lhe explicaste a situação!" afirma a Carla " E, mesmo agora, não tens que te sentir culpado... Fizeste o que podias; ela é que decidiu não atender as tuas chamadas." " Talvez estivesse assustada, talvez tivesse descoberto alguma coisa que não devia. Há pessoas implacáveis, Carla e não olham a meios para proteger os segredos." diz o Brites. No dia seguinte, Lucas revela-lhe que o apartamento de Amélia estava limpo. " Limpo demais, percebes? Por profissionais, compreendes?" e por isso, voltam ao principio. Interrogam vizinhos que afirmam que não a conheciam muito bem, ah, sim, era uma pessoa bem-educada, muito discreta. Não, não recebia muitas visitas e não, não havia nada de anormal. &qu

O JANTAR DE BRITES - PARTE VI

" Telefonei à Amélia várias vezes e ela rejeitou sempre a chamada. Quando me falou neste assunto, tentei saber mais pormenores, mas ela fugiu." explica o Brites " Eu sabia que ela trabalhava na Torre Vasques, foi lá que a conheci, mas disseram que já não trabalha lá há mais de dois, três meses." " Nem nós sabemos onde ela trabalhava." atalha o cunhado até aí calado " Ela só nos disse que se tinha demitido, que a tinham convidado para fazer parte de um novo projecto, ia receber um salário milionário." " Quando foi a última vez que estiveram com ela?" pergunta o Lucas. " Veio cá jantar há cerca de duas semanas. Notamos que estava muito nervosa, bebeu demais, mas não quis falar sobre o trabalho....Aliás, quando falamos no assunto, ela ficou aterrorizada." conta Amadeu Santos. " A minha irmã tornou-se numa estranha. No primeiro mês, estava eufórica, mas depois... Sinto que estava qualquer coisa mal, ela não s

O JANTAR DE BRITES - PARTE V

" Porque é que pensaram que isto era um suicídio?" murmura Lucas " Ela foi espancada...." " e torturada." acrescenta o médico legista " Terei mais pormenores quando fizer a autópsia. Mas este é um beco isolado; pode ter sido por isso que pensaram em suicídio." Brites encontra a carteira da Amélia e começa a tirar o conteúdo para fora. Encontra uma agenda e procura os dados pessoais. Lá está o contacto de emergência: Anabela Santos. " É a irmã dela? " pergunta o Lucas, mas o Brites não sabe. " Queres que eu fale?" continua o Lucas e estende a mão para a agenda. " Não, também está aqui a direcção. Vou falar com ela pessoalmente." diz o Brites. " Mas não vais sozinho. Eu vou contigo; não sei se não será melhor ficares só como observador." observa o colega. " Discutimos isso com o Chefe da Brigada; para já, vamos falar com a Anabela Santos." decide o Brites. A Ana

O JANTAR DE BRITES - PARTE IV

Brites ri-se; o Lucas tem uma certa razão e por isso, desiste da ideia. Concentra-se no caso em aberto e no final dessa semana, lá vai ele assistir à aula de yoga da Carla. Fica interessado na filosofia e brinca com o Lucas quando este diz que tem músculos a doer que não conhecia. O Lucas não fica fã e resolve continuar a praticar boxe, mas Brites acha que o yoga pode ser um complemento ao voleibol. Contudo, a Carla não o tenta convencer a continuar quando saem para jantar. A única coisa que ela lhe pede é que jantem num restaurante vegetariano e a conversa decorre fluída, interessante. Além de ser instrutora de yoga, a Carla explora uma pequena loja de produtos gourmet e o Brites promete lá ir. A noite acaba com um beijo e a promessa de um novo encontro na quarta-feira, se ele estiver livre. Mas o dia seguinte é uma confusão, pois há a denúncia de um crime e pedem a intervenção da Brigada. " Se suspeitam que é um suicídio, porque é que nos estão

O JANTAR DE BRITES - PARTE III

" Amélia, o que fazes aqui? São duas da manhã!" exclama o detective. Nota-se que a Amélia está muito nervosa e Brites fica um pouco apreensivo. " Preciso de falar contigo. Acho que estou a ser perseguida!" diz a Amélia. " Perseguida? Por quem?" Brites está a ficar cada vez mais confuso, mas a Amélia abana a cabeça e foge. Brites ainda corre atrás dela, mas já não a vê. Dorme mal e chega tarde ao jogo de voleibol organizado pelos cunhados. Depois do almoço barulhento, o Brites resolve telefonar à Amélia, mas esta não lhe atende o telemóvel. No dia seguinte, o Brites conta ao Lucas o que se passou e pergunta: " O que achas que devo fazer?" " Estás a perguntar-me como amigo ou como polícia?" questiona o colega "Como amigo, não penses mais nela, não está interessada em ti. Como polícia, acho que deves averiguar. Discretamente, claro." Por isso, Brites vai até ao local de trabalho da Amélia e pede pa

O JANTAR DE BRITES - PARTE II

A prima da Zé é uma surpresa: faladora, divertida, interessante. Até a Zé parece diferente e o Brites repreende-se a si próprio, pois não a tentou conhecer. " Ouve lá, Brites, não queres ir a uma aula de yoga? A Carla é instrutora de yoga, está sempre a desafiar-me..." diz o Lucas a meio do jantar. " Yoga? Creio que não sei muito sobre o assunto." confessa o Brites. " Ah, tenho a certeza de que vai gostar... Vocês têm uma profissão cheia de stress e a respiração ajudava-os a relaxar." explica a Carla. " Não creio que consiga relaxar quando estiver a perseguir um criminoso." observa o detective. " Também praticamos concentração e meditação." conta a Zé que, pelos vistos, é praticante. " Anda lá, Brites, diz que sim, caso contrário, estas duas não nos largam."  pede o Lucas e o colega concorda. O resto da noite é agradável e o Brites prontifica-se a levar a Carla a casa. A conversa continua

O JANTAR DE BRITES

Brites está decepcionado.   A Amélia não atende o telemóvel e quando a procurou para esclarecerem o que se tinha passado, abanou a cabeça e continuou a andar. Tratou-o como se fosse um desconhecido e um desconhecido que não vale a pena conhecer. Brites fez tudo como o manual diz; ela sabia qualquer coisa importante e ele tinha que descobrir. Foi bem claro e compreendeu que ela tivesse pedido um tempo. Agora comportar-se como se ele fosse um criminoso... Brites não aceita bem isso! " Esquece-a!" aconselha Lucas " Afinal de contas, não conviveste com ela o tempo suficiente para estares aí a lamentar-te." " Ela é inteligente, atraente, divertida." repete o Brites. " Há muitas mulheres assim por aí." diz o Lucas " Já sei: a minha mulher tem uma prima que se enquadra no que queres. Vou combinar um jantar com ela e quem sabe? pode resultar." O Brites tem a suas dúvidas.  Conhece a mulher do Lucas, uma

DESAFIO AOS COMENTADORES

Aqui fica um desafio: Para a minha próxima história, gostaria de saber se devo escrever: uma nova história sobre o Detective Brites - será que a Amélia volta para ele? o Francisco cresce e estuda para ser médico legista? o Bernardes lembra-se do mestre, o Inspector Leandro e de um caso complicado? ou a Madalena resolve participar no " My Kitchen Rules" e fica furiosa porque não tem parceiro? Já sabem as regras... deixem as sugestões nos comentários. Até já.

VIDA - FIM

" Silêncio. Estamos num local de trabalho; isto termina aqui e não volta a acontecer.... Não, não quero saber o que aconteceu." acrescenta quando a Maria o tenta interromper. " As senhoras estão dispensadas por hoje. Amanhã de manhã, às nove horas em ponto, apresentem-se aos Recursos Humanos."  " Mas eu quero..." insiste a Maria e o Director responde de imediato: " Minha senhora, eu disse que não queria saber. A senhora vai explicar a situação aos Recursos Humanos, mais nada. Quanto aos senhores... " olha para o resto das pessoas e consulta o relógio. " deviam ter começado a trabalhar há meia hora; não quero trabalho atrasado."  Saí da sala, as pessoas apressam-se a cumprir a ordem recebida. A Joana nem fala com a Madalena e com a Clara, vê-se que ficou perturbada. A Clara e a Madalena também estão preocupadas, o que é que o Director vai decidir? A Maria também obedece à ordem, não sem antes fazer uns comentár

VIDA - PARTE VII

A Madalena e a Clara ficam apreensivas quando a Joana lhes conta o plano. Mas a Joana está tão determinada em dar uma lição à Maria que as duas concordam em esmerar ainda mais a indumentária no dia seguinte. Os respectivos maridos ficam surpreendidos, pois não entendem a razão de passarem tão rápido de um "casual chic" interessante para um "chic" sofisticado ofuscante. Na empresa, recebem piropos e assobios e há alguém que lhes pergunta, bem humorado, se vai haver algum evento. A Maria fica sem palavras quando vê a Joana vestida com a blusa e a saia que comprou no dia anterior. " O quê? Anda a imitar-me?" grita. " A imitá-la? " repete a Joana, fingindo-se admirada " Ah. não diga que comprou igual!" " Ah, anda a vigiar as minhas compras, sua idiota?" a Maria eleva ainda mais o tom de voz. " Mas eu já lhe pedi para não me chamar idiota. O que é isto de estar sempre a chamar idiota às pessoa

VIDA - PARTE VI

A frase torna-se célebre, porque o Henrique descobre-as na sala ainda a rir e claro que elas acabam por lhe contar o que se passou. Ele conta o caso na secção dele, alguém fala com os técnicos da Manutenção e estes passam a palavra ao Armazém. O próprio Aguiar se ri com gosto e a Maria é alvo de ditos espirituosos. Não diz nada, mas a Joana acha que não vai demorar muito até se manifestar. " Não tenho certezas..." confessa " mas ela vai fazer alguma." " O quê? Se fizer, só prova que é malcriada. Está sempre a criticar os outros e não aceita uma brincadeira inofensiva? Sim, inofensiva, porque mesmo a brincar, a Maria consegue ser ofensiva." observa a Clara. " E eu que o diga." admite a Madalena " Não é ser só ofensiva, é também má!" " Mas temos que falar nessa senhora? Estamos na nossa hora de almoço; vamos até ao Shopping ver as montras." diz a Joana. Numa das lojas do Shopping, encontram a Maria a

VIDA - PARTE V

" Como diria a minha Mãe, não foi isso que te ensinei. Que é que ela quer? Discussões, palavrões?" pergunta a Clara. " A minha Mãe diria para falar baixo. Podemos dizer o que queremos sem elevar a voz." remata a Joana " E, tu? O que é que a tua Mãe diria?" " O mesmo que a tua! É o que tento fazer... só que há pessoas formatadas e não aceitam isso." confirma a Madalena. As outras acham piada à palavra " formatada" e quando a Clara deixa cair a chávena de café, a Joana diz: " As tuas mãos têm que ser formatadas; não é assim que se pega numa chávena." e desatam todas a rir. " Olha que três! A rirem-se como umas tolinhas! Contem, contem, pode ser que eu ache piada!" comenta a Maria que entra nesse momento. Contudo, elas não conseguem parar de rir e a Maria fica furiosa. " Estão a rir-se de mim, suas idiotas?" o que faz com que a Madalena ria ainda mais. Mas a Joana e a Clara re

VIDA - PARTE IV

As três saem da aula bem dispostas. Sabem que estão um pouco atrasadas, mas não se preocupam muito. Têm a certeza de que o Chefe não vai fazer qualquer comentário. Mas faz a Maria quando as vê entrar na sala, a rir, bem dispostas. " Entra-se às duas; já são duas e um quarto." " E, qual é o problema? Nunca chegou atrasada?" pergunta a Clara. " Não estamos a falar de mim; estamos a falar de si!" contesta a Maria. " Não diga??? Porque eu lembro-me que a Maria se atrasou e serviu-se disso para dizer que os outros são incompetentes." diz a Joana. " Quando? Quando é que foi isso? " exige saber a Maria " Deve estar confusa; eu nunca chego atrasada." Como estão a falar alto e a atrair as atenções, a Madalena sussurra: " É melhor parar; caso contrário, temos aqui outra discussão e não vale a pena." A Joana suspira e senta-se.  A Clara e a Madalena fazem o mesmo e a Maria sorri, ce

VIDA - PARTE III

As discussões tornam-se diárias e o pessoal começa a sentir-se cansado, frustrado e irritado. A Madalena queixa-se de insónias. Já a Clara diz que o médico lhe receitou comprimidos para a tensão. Além disso, o assunto " trabalho " está interdito em casa, pois diz o marido, ela tem que " desligar " e relaxar. Caso contrário, vai ficar tão doida como as pessoas com quem trabalha. " O meu marido diz que não compreende como permitem que diga o que diz e daquela forma. Na empresa dele, ela não durava nem um mês." comenta a Joana. " Também não entendo. Noutro dia, falei um pouco exaltada e chamaram-me de imediato a atenção." suspira a Madalena. " Também me aconteceu o mesmo. Até me chamaram malcriada e há quem diga palavrões e fale tão alto que toda a gente ouve... e nada!" admira-se a Clara. " Podemos falar doutra coisa? Está um dia bonito e nós aqui a falar da má sorte!" observa a Joana. " Pois..

VIDA - PARTE II

Naquela tarde, a discussão foi terrível. A colega foi arrogante, malcriada e a Madalena achou que o outro interveniente foi mais educado. Deu a sua opinião e após isso, deixou-a a falar sozinha.  Para ele, a discussão terminou ali, mas a outra colega insistiu no assunto e a Madalena ouviu-a gritar o nome dela. Felizmente, estava na sala do arquivo e quando regressa, a Maria interpela-a rudemente: " Onde é que estava? Fartei-me de chamar por si; queria que contasse ao patrão o que ouviu!" " Tive que ir ao Arquivo; queria consultar uns processos." responde a Madalena. " Então, não acha que tive razão?" questiona a colega. " Não sei o que aconteceu antes para provocar a explosão." desculpa-se a Madalena. " Não se pode contar consigo! É surda, estúpida, lenta ou quê?" e sem esperar resposta, saí da sala. " Ups! Que situação! Julguei que lhe ia bater!" desabafa a Joana. " Não foi s

VIDA

" Que temporal! " queixa-se a Madalena quando entra no office. Mas ninguém lhe responde. Estão todos entretidos a falar do que não devem, pensa Madalena. A maior parte das vezes... não sabe do que falam.  Estão mais interessados em discutir a vida alheia e para eles, a Madalena é estranha. Porque gosta de ler, cinema, visita a Museus... Percebeu isso pelos sussurros, o desvio da conversa quando entra, mas tomou a decisão de ignorar. Muitas vezes, pensa se terá sido a decisão acertada, porque se sente muito sozinha. E, neste dia de chuva, ainda vai ser pior. Parece que o mau humor, a maldade vêm à superfície nestes dias... Mas Madalena não quer pensar nisso...  É desperdiçar o tempo, é não viver...  E a vida é muito mais do que isso...