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A mostrar mensagens de maio, 2015

CEGO

O amor é cego e matou-me. Naquele ano, naquele dia, naquela hora... Quando finalmente te confrontei e percebi que nunca gostaste de mim. Fui apenas um joguete nas tuas mãos, um meio para atingir um fim e todas as palavras que me disseste eram falsas. Estou destroçada... Sinto-me humilhada... Mas é a fúria que me corrompe a alma que me assusta verdadeiramente... Porque agora eu grito... Bem alto e só pergunto: Onde errei? Ter acreditado em todas as histórias que me contaste e que agora sei que são mentiras? Ou porque ignorei a voz dos outros, afastei-os do meu caminho para me dedicar a ti? Sinto vergonha de mim... Das palavras ofensivas com que destruí as amizades de outrora... Da solidão que enche a minha vida... Por minha culpa... Porque te quis amar por completo... Porque o amor tem que ser assim... Mas nunca pensei que alguém pudesse ser tão egoísta, que só se amasse a si próprio e que maltratasse tanto os outros. Vejo as horas que perdi à tua espera,

COM PAIXÃO

Se eu pudesse... Se eu soubesse como... Escreveria o teu nome na Lua Nessa Lua Cheia, alegre e provocadora Que seduz o teu corpo Todas as noites, com paixão...

O HOJE

Hoje...  Quantas vezes escrevi “ hoje ”? E o “hoje” de hoje é diferente, porquê? Porque me lembrei da minha Mãe e a saudade...  A saudade sufocou-me... Em memória da minha Mãe 26.02.1924 - 23.05.2010

HISTÓRIAS SOBRE A NOITE

Ah, a noite... O que esconde a noite? Ela é insinuante, intensa... Sedutora, exótica... Ou simplesmente erótica? Ah, a noite... Onde me refugio... Para pensar em ti e amar-te nos gestos e nos olhares... Para os quais nunca encontrarei palavras... Porque a noite é mágica... E não há nada que explique a magia...

DISCURSOS DA CHUVA

Hoje é uma noite de chuva E não tenho um poema para escrever Pois continuo sem ter palavras, palavras brilhantes que falem do tempo, que pensem em ti... Num discurso sobre o meu desejo, a minha paixão pela vida... Mas para quê falar em memórias, em memórias gloriosas que se confundem agora com lamentos? Para quê falar em paixão, essa paixão que acorda os sentidos e os insinua em ti? Hoje é uma noite de chuva... E eu não sei o que fazer ou sentir... Estou parada na estrada da vida... Não sei o que espero... Se espero por palavras Ou simplesmente por mim... POEMA PUBLICADO NA COLECTÂNEA "POEMA-ME" APRESENTADA HOJE AO PÚBLICO EM LISBOA

DEIXAR

Esta noite.... Deixo as luzes acesas e enfrento o espelho... Não escondo nem as rugas nem as brancas... Nem o cansaço do olhar... Apenas me escondo do Mundo... Nesta noite, neste quarto... Onde deixo que me amem...

OS VAMPIROS - EXCERTO

“  Quero uma história sobre vampiros!” pede o Vasco, aos gritos A Vera empurra o irmão para o lado e diz: “ Não, avô. Não lhe dê ouvidos; ele só gosta de sangue e de facas. Eu quero uma história sobre princesas.” “ Outra vez?” protesta o Vasco “ Hoje é a minha vez de pedir uma história e eu quero uma sobre vampiros!” e o avô Manuel sorri aos dois meninos. “ E, se eu contar uma história com vampiros e com princesas? ” sugere e o Vasco fica muito satisfeito. Deita a língua de fora à irmã, como quem diz “estás a ver como vou ter os meus vampiros?” e senta-se aos pés do avô. O avô Manuel pensa um bocado antes de começar. Contar uma história sobre vampiros e princesas era a única maneira de os manter quietos; se fizesse a vontade à Vera, o Vasco ia interromper vezes sem conta a história e iam acabar todos por ficarem muito irritados. “ Esta é a história do Jaime, um jovem vampiro que vivia numa floresta muito densa, onde não entrava a luz do Sol. Porque os vampiros morrem quand

SIMPLESMENTE

Esta noite, perdoa-me... Se não respondo ao teu sorriso... Ao teu beijo... Se me refugio no silêncio e não digo nada... Não sei se sinto culpa... Se tenho pena de mim... Sei que devo enfrentar todos esses medos... mas hoje...simplesmente... não quero pensar nisso...

OBRIGADA

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Como sabem, participo na Colectânea "POEMA-ME" que será lançada em Lisboa no próximo dia 16 de Maio. Por motivos vários, não estarei presente no lançamento, mas gostaria de compartilhar com todos o prazer que é ter mais um dos meus poemas publicados. Obrigada

O SAPO CANTOR

Esta é a história de um sapo vaidoso que queria ser cantor de ópera. Apresentou-se em público certo dia e cantou tão mal que toda a gente se foi embora. Desapontado, entra num bar e eis o que acontece: " Desanimado, entrou num café e esteve quase para voltar para trás, tão alta estava a música. Mas não era só a música, pois o café estava cheio de gente bem disposta, que acompanhava o refrão da canção. O sapo vaidoso avançou por entre a multidão e viu que, ao fundo da sala, havia um palco, um microfone e uma grande tela onde apareciam palavras. “O que é isto?” perguntou o vaidoso ao sapo mais próximo. Este olhou-o como se ele fosse doutro planeta e respondeu: “É  karaokê ! Não sabes o que é  karaokê ?” e o vaidoso sorriu apenas para que o outro não percebesse que ele realmente não sabia o que era. A música acabou e houve um grande aplauso quando um sapo com um fato branco e uma cabeleireira vermelha subiu ao palco. Na tela, apareceu o nome da canção e depois, a letra. O sa