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A mostrar mensagens de agosto, 2018

CRISTINA - PARTE IV

" Sim, gananciosa e egoísta. Não, não digas nada; sabes que tenho razão. Mantiveste um casamento de fachada, negaste a realidade e a liberdade a alguém que poderia ter sido mais feliz." diz o meu filho. " Mais feliz? Ora, Guilherme, o teu pai deixou-me e foi viver com a querida Helena. Muito boa fui eu por lho permitir." comento. " Não sejas injusta. Ele estava pronto a concordar com todas as tuas condições, mas tu nem consideraste a proposta. Por isso, não fales mais do meu Pai. Vamos falar do que aconteceu agora e do que vais fazer daqui para a frente. Não queres voltar para aquela casa? " pergunta o meu filho, muito sério. " Não, quero mudar de ares, conhecer outras pessoas. Viajar... " " Como se aquelas senhoras o impedissem..." observa o Guilherme " Mas, ok, aceito. Podemos vender a casa e procurar outra noutra zona. Era muito mais simples se tivesses discutido o assunto comigo em vez de armares toda esta con

CRISTINA - PARTE III

" Como é que me descobriste? " pergunto. " Sou advogado e conheço pessoas. Depois, deixaste pistas com as transferências. O que querias fazer exactamente? " responde o meu filho. " Fazer exactamente? O que queres dizer?" " Não sejas ingênua. Conheço-te muito bem; sou teu filho. Se querias desaparecer realmente, fazias as coisas de outra maneira. Por isso, o que queres verdadeiramente? " repete. " Nada de especial. Queria sair daquele prédio, ficar longe daquelas velhas." explico. " Ter um affair com o porteiro, encenar aqueles roubos e escrever aquele bilhete maldoso foi a atitude correcta? " observa o Guilherme e dispara " Elas sabem alguma coisa sobre o caso do Pai com a Helena ou sobre os teus? " " Os meus quê? " e desvio os olhos. O meu coração está acelerado e a mente só grita: " Ele sabe." " Oh, Mãe, tiveste um caso com o motorista da empresa, com o contabilista. D

CRISTINA - PARTE II

Talvez isto resultasse, se eu não tivesse feito as transferências e o meu filho não fosse tão desconfiado. Aquele rapaz sempre leu demais... disse-lhe que gozasse mais a vida, mas ele tinha um plano e segue-o. Deve ter achado estranho o meu " desaparecimento ", deve ter ido até a minha casa e verificado tudo. Pode ter encontrado os cartões do outro banco, os extratos e feito as contas. Ele conhece-me, sabe que gosto de um certo conforto. Foi essa a razão porque fingi que não vi o longo affair que o Pai teve com a secretária e não assinei o divórcio. Após o funeral, insinuei que talvez fosse melhor afastá-la e não sei se foi por isso que o meu filho lhe fez uma proposta que ela aceitou. Livrei-me de uma situação desagradável... A outra foi mais complicada e demorou mais. Não quero pensar nas viúvas patéticas... Vou ver um apartamento hoje numa zona mais sossegada e chique. Abro a porta e deparo-me com o meu filho. Sorri, mas vejo friez

CRISTINA

Claro que a relação com o Zé Manel não ia durar. Estava ciente disso... mas isto foi um jogo que me fez sentir viva... Portanto, não fiquei surpreendida quando cheguei a casa e não o encontrei.  E os 10.000 EUR que tinha guardado numa gaveta. Abri uma garrafa de vinho e ri-me.  Se pensa que me deixou na penúria e estou agora desesperada, engana-se. Pensei no assunto e tomei todas as precauções.  Ao abandonar o prédio das viúvas, abandonei toda uma outra vida - filhos e netos que já devem saber o que aconteceu. Tenho a certeza absoluta de que eles vão "congelar" as contas; por isso, abri uma outra conta num outro banco e todos os meses, transferi algum dinheiro. Por isso, instalar-me numa outra cidade foi fácil. Encontrar uma outra vida é o próximo passo.  Mas o que quero é que seja diferente da vida que tinha naquela prédio. Regras para tudo: como arrumar a casa, como vestir, como receber... ufa, quero gozar a vida enquanto posso e

AS VIÚVAS - O FIM

A D.Maria Rosa abre com cuidado. Lá dentro, estão os objectos que " desapareceram" e as senhoras ficam estupefactas. " O que significa isto? " diz D.Maria Luisa, dando voz ao que as outras pensam. " Há aqui uma carta!" exclama o Pedro e entrega-a à avó. D.Liliana procura os óculos, não os encontra e com um gesto irritado, dá-a à D.Madalena. Esta abre o envelope, lê as primeiras linhas e dá um pequeno grito.  " O que foi?" pergunta a D.Maria Rosa, preocupada. " Ouçam o que aquela bandida diz." e começa a ler. " Suas velhas patetas Foi tão fácil, tão fácil enganar-vos. A todas com as suas regras de conduta e moralidade... Tão cheias de certezas, tão prontas a criticar.  Estava farta de vos ouvir e foi uma benção termos contratado o Zé Manel.  Ele entende-me e quando a Madalena o repreendeu por ter deixado subir o técnico da TV, achei que vos devia castigar. Por isso, concebi todo este esque

AS VIÚVAS - PARTE VII

" O que queres dizer?" insiste a D.Madalena. " É uma ideia louca, mas não será a Cristina a cúmplice do Zé Manel?" sugere a D.Maria Luisa. " A Cristina tem acesso às nossas casas; entra e saí quando lhe apetece." concorda a D.Liliana. " Sim, noutro dia esteve lá em casa a ajudar-me com uma nova receita." diz a D.Maria Rosa. " Se assim for, ela ficou a saber dos nossos planos e avisou o Zé Manel. Que falsa!" conclui a D.Madalena. " É fácil! Como tem livre acesso às nossas casas, pode ter assinalado o que era valioso e dito ao Zé Manel. Quando nos entrega o correio ou outra coisa, este aproveita o estarmos ao telefone ou a cortar vegetais ou preparar carne para levar os objectos." remata a D.Liliana. Nesse momento, tocam à campainha e todos se sobressaltam. O Gonçalo apressa a abrir a porta e após uma breve troca de palavras, aparece na sala com a D.Alice, a senhora que limpa o prédio. Esta traz

AS VIÚVAS - PARTE VI

Em casa da D.Maria Rosa, as senhoras mostram o video à D.Liliana. Esta também não sabe o que dizer e concorda com a vizinha. Pode ter sido outra pessoa, mas, como a D.Madalena sugere, não terá o Zé Manel um cúmplice? Um cúmplice? repete a D.Maria Luisa, nada convencida e acha que estão todas a exagerar. Se calhar, arrumou as taças noutro sítio, o dinheiro ficou esquecido numa carteira e a nota de 5 Eur " voou"  quando se abriu a porta. " Não, temos que descobrir o que se passa." diz a D.Maria Rosa " Por falar nisso, onde está a Cristina? Ela também devia estar aqui." " Aos beijos com o Zé Manuel!" responde maliciosamente o Gonçalo e o Pedro confirma com um aceno. " Oh, rapaz, que estás tu a dizer?" pergunta a D.Liliana. O Gonçalo procura o video e estende-lhe o telemóvel. A senhora dá um grito e as outras aproximam-se para ver também. " Quando foi isto, Gonçalo? Onde? " e os dois rapa

AS VIÚVAS - PARTE V

As senhoras ficam confusas quando vêem os videos. O Zé Manel não tocou em nada.  E o dinheiro estava bem visível.. " Mas onde está a nota de 5 Eur? " questiona a D.Madalena " Não estou maluca; ainda sei o que faço." " Eu deixei a carteira no balcão aberta e fiz questão de acompanhar o rapaz que me entregou as compras à porta. O Zé Manel ficou atrás de mim, teria tempo para tirar uns trocos e não fez nada!" comentou a Maria Luisa. " Se calhar, é outra pessoa!" diz a Maria Rosa. Entretanto, o Gonçalo e o Pedro resolvem ir ver como a operação está a decorrer. Param quando vêem a D.Cristina e o Zé Manel num café modesto numa rua lateral. O Gonçalo interroga o Pedro com o olhar e, sem dizerem uma palavra, atravessam para o outro lado para que não os vejam. O Gonçalo começa a filmar. Não sabe porquê, mas isto é importante. Abrem a boca de espanto quando o Zé Manel se inclina e beija a D.Cristina nos lábios. &qu

AS VIÚVAS - PARTE IV

Para grande desespero dos gémeos, só a D.Cristina é que tem dificuldades em perceber o funcionamento do telemóvel. As outras senhoras acham divertido e no domingo à noite, a D.Madalena já domina a técnica. Por isso, quando o Zé Manel lhe diz pelo intercomunicador que tem correio, ela monta a " armadilha". Como os netos a aconselharem, esconde o telemóvel num sítio estratégico, coloca uma nota de 5 Eur e algumas moedas de 1 Eur na "tacinha dos trocos" como o Pedro diz e finge estar ocupada na despensa. " Olá, bom dia. Pode entrar, Sr Zé Manel! A porta está aberta." convida e sente o porteiro entrar. " Bom dia, D.Madalena. Trouxe-lhe o correio. Vou deixar em cima da bancada, ok? " responde o porteiro. " Precisa de mais alguma coisa? " pergunta e D.Madalena acha que deve voltar para a cozinha. O Zé Manel está encostado à bancada, o correio organizado pelo tamanho dos envelopes e a " tacinha dos trocos" n

AS VIÚVAS - PARTE III

" Olá, Gonçalo, entra, entra. Estás enorme, rapaz." cumprimenta a D.Liliana " Levo-te já um copo de leite. Serve-te do que quiseres. Tens bolo de chocolate, arrufadas, pão." E o Gonçalo, depois de cumprimentar as senhoras, aceita uma grande fatia de bolo. As senhoras continuam a discutir o assunto. O Gonçalo estará mais interessado em saborear uma segunda fatia de bolo do que no possível envolvimento do porteiro nos roubos. Mas o Gonçalo está a prestar atenção e surpreende-as quando sugere: " E se instalassem uma webcam? " " Não sei o que isso é." confessa a D.Cristina. A D.Madalena fica interessada, mas a D.Maria Luisa está céptica. " Oh, Gonçalo, não sabemos muito bem como isso funciona." diz. " É fácil..." explica o rapaz " Tem que estar ligada a um computador, mas eu posso deixar cá o meu antigo. Ou então... " faz uma pequena pausa, pega no telemóvel e mostra às senhoras a câmara

AS VIÚVAS - PARTE II

As senhoras reúnem-se para o chá em casa da Liliana. Estão espantadas pelos acontecimentos e passam em revista todas as pessoas que entram no prédio. As senhoras que fazem a limpeza?  " Que horror! A minha está comigo há mais de 10 anos... Tenho plena confiança nela!" diz a D. Madalena do 4º Andar. A senhora que faz a limpeza do prédio? " Nunca entra nas casas. Tem tudo o que precisa na cave e se precisar de água, há uma torneira em cada patamar." explica a D.Cristina do 5º. Os que entregam as compras? Os da electricidade? Da água? A Maria Rosa tosse discretamente e todas olham para ela. " Só se for o Zé Manel..." " O Zé Manel, porteiro? " exclama a D. Liliana. " Sim, é o único que tem livre acesso às casas. Entrega-nos o correio, acompanha os senhores da água e da luz e os das compras. Às vezes, leva-nos o lixo." explica a Maria Rosa. " Pois... Ele entra livremente nas nossas casas. Ai

AS VIÚVAS

O silêncio era absoluto. Tanto que, se não fosse a entrada limpa duas vezes por semana e o porteiro aparecer para receber o correio, pensar-se-ia que ninguém morava lá. " Diz o Zé Manel... " confidencia o porteiro do prédio ao lado à senhora do quiosque " que são todas viúvas. Não há lá homens!" " Coitadas! " lamenta a D. Beatriz " Deve ser uma vida bem solitária." " O Zé Manel diz que os filhos e os netos aparecem por lá e elas estão sempre em casa umas das outras a tomar chá." declara o Sr Esteves. " Ainda bem que fazem alguma coisa!" concluí a D. Beatriz. Nesse momento, a D. Maria Luisa do 1º Andar bate à porta da D.Maria Rosa no 2º. " Oh, Maria Rosa, tu vais desculpar-me, mas já me devolveste as taças de aperitivos de prata que te emprestei noutro dia?" " Sim, sim, Maria Luisa. Até fiquei para tomar chá contigo; deixei-as em cima da bancada da cozinha." confirma a Maria

MATEUS - O FINAL

A o despedir-se, Laura entrega-lhe um papel com um número de telefone. " Eles ajudam-te." e vai-se embora. Mateus olha para o número e sente uma vontade louca de beber. Até deita o gin no copo, mas as palavras da irmã não lhe saem da cabeça. Liga, a voz do outro lado é paciente, ouve-o e no dia seguinte, Mateus vai até à reunião. Tem um longo trabalho à frente, mas Laura está lá para o ajudar e o Carlos e a Raquel convidam-no a passar o fim de semana com eles na casa da praia. Mateus leva os filhos com o consentimento da Margarida.  Ela continua a dizer que não está preparada para falar com ele. Apesar dos progressos...  Carlos dá-lhe o nome de uma empresa que poderá estar interessada nos serviços dele como director de marketing. A empresa quer mudar de imagem, de estratégia comercial e é uma boa oportunidade do Mateus ingressar novamente no mercado de trabalho. Mesmo assim, a Margarida continua sem falar com ele. E, um dia re

MATEUS - PARTE IV

E o emprego? O que aconteceu ao emprego? lembra-se de repente. O Carlos trabalhava com ele, não trabalhava?  Volta a ligar-lhe e o amigo explica-lhe que foi " convidado " a sair.  Ofereceram-lhe uma generosa indemnização e não se falou mais dele. " Mas o que é que eu fiz? " diz Mateus desesperado, mas Carlos não quer discutir mais o assunto e desliga. Oh, meu Deus, magoei assim tantas pessoas? Não foi só a Margarida, os meus amigos também. Resolve dar um passeio...  Precisa de organizar as ideias, se é que se lembra de como isso se faz. Senta-se num banco de jardim... Fecha os olhos por uns momentos, a mente num turbilhão. Sente uma mão no ombro, abre os olhos. É a irmã que lhe sorri. " Magoei-te? " é a primeira coisa que lhe pergunta. " Não estavas em ti." responde Laura calmamente e pega-lhe na mão. E ficam os dois em silêncio... como se fosse a coisa mais natural do Mundo... Os dois ali n

MATEUS - PARTE III

A Laura faz-lhe um breve resumo do que se tem passado e Mateus não quer acreditar. Carlos mostra-se relutante, mas acaba por confirmar que sim, que ele bebe e muito e pode ser muito desagradável. Por isso, Mateus não fica surpreendido quando o sogro lhe diz secamente que não é boa altura para falar com a Margarida. Ah, sim, têm que falar, mas não hoje. Está demasiado magoada para discutir o assunto. Tem que esperar que ela esteja pronta para isso... Talvez ele, Mateus, deva pensar no que quer fazer. Porque a Margarida quer encontrar uma solução... ele deve-lhe isso... E aos miúdos também. " Posso vê-los? " pergunta Mateus, a medo. " Se estiveres sóbrio... podes ficar aqui no jardim com eles." decide o sogro e desliga. E, agora, Mateus? O que queres fazer? Não é a Laura ou o Carlos quem perguntam. É ele, Mateus quem o faz.   Quem tem que reflectir na vida, saber o que quer fazer. Mas, na verdade, o Mateus não sabe. Es

MATEUS - PARTE II

Em casa, a Margarida está desesperada e desabafa com o Carlos. Este sente-se pouco à vontade, não sabe o que há-de dizer e toma nota mentalmente de pedir à Raquel para telefonar à Margarida. A Raquel assim faz, mas o telemóvel da amiga está desligado. Também Mateus, quando acorda com os olhos pesados e a boca pastosa, não a encontra. Terá saído com os miúdos?   Talvez tenha deixado um bilhete, pensa, mas sente-se tão tonto que volta a cair na cama e adormece novamente. Quando acorda, já está a escurecer. Estranha não ouvir qualquer ruído e tenta ligar para o telemóvel da Margarida, mas tal como aconteceu com a Raquel, dá sinal de que está desligado. Mateus telefona então para a Raquel, mas esta apenas confirma o que ele já sabe. O telemóvel está ligado. O Carlos pergunta-lhe: " Como te sentes? " e Mateus fica surpreendido. " Porquê? O que aconteceu? " e Carlos conta-lhe tudo o que se passou na noite anterior. Mateus fica

MATEUS

" Eu gostava..." começa a dizer o Mateus, mas depois interrompe-se e fica parado no espaço e no tempo. O médico olha-o e insiste: " Gostava de..??? O que é que gostava de ser, Mateus?" Mas Mateus ri-se e diz, irónico: " Acha mesmo que lhe vou dizer? " pega no casaco e saí. O médico suspira, fecha a agenda, convencido de que o Mateus é um caso perdido. Tentou explicar isso à mulher dele, mas ela não quis saber. O Mateus está doente e tem que ser tratado. À força, se for preciso. Mateus entra no primeiro bar e pede um gin tónico. " Não sei porque concordei com isto!" pensa.  E pede um novo gin tónico. Dali a uma hora, está tão alegre que o barman tira-lhe as chaves e o telemóvel. Carrega nos contactos e no primeiro número que lhe aparece. É o do Carlos que fica verdadeiramente surpreendido com a chamada de alguém que se identifica como " Peres do Bar Monção, na Rua da Nação". Em resposta à

JANTAR E REVOLUÇÃO

Quatro jovens, dois pares, uma ideia estavam reunidos os condimentos para um jantar na garagem da casa dos pais do Mateus para comemorar o que não era preciso comemorar era apenas para estar juntos e ouvir os Abba.  Era Agosto de 1974 e o grupo sueco estava na berra depois de ter ganho o Festival da Eurovisão com a  "Waterloo".  A Carolina e a Raquel – de minissaias – tinham trazido uns pacotes de batatas fritas Pala-Pala e umas cervejas Super Bock e a mãe do Mateus fizera bifanas e um arroz de ervilhas, enquanto o Ivo viera com dois frangos de churrasco e o piri-piri chegara da cozinha da vivenda. Claro que os rapazes usavam calças à boca-de-sino Foi uma noite bem passada em que o motivo principal era a liberdade que o 25 de Abril trouxera para Portugal.  Recordava-se que Portugal fora representado no Festival pelo Paulo de Carvalho com a canção "E depois do adeus" que tinha servido para anunciar o movimento e como tinha sido comemorado o prim

JANTARES E AFINS - O FIM

A comida chega e sobra (ai, pensa o Carlos, vou comer restos na próxima semana). O ambiente é descontraído e por sugestão da Carolina, as senhoras votam na T-Shirt mais atrevida dos senhores. Em contrapartida, o Luís diz que os homens têm direito a escolher qual a saia mais original. Todos sabem que ele escolheria a mulher, mas ele pretende ser imparcial e depois de longa deliberação, aplaudem a Margarida, a mulher do Mateus, como vencedora. O Mateus, já muito bebido, atreve-se a dizer: " E o prémio ??? Quero saber qual é o prémio?" Como ninguém lhe responde, começa um discurso sobre revolução e capitalismo que só termina quando o Carlos, após um aviso discreto da Margarida, o atira para a piscina " acidentalmente". Os outros imitam-nos e em breve, começam a dispersar. O Luís e a Carolina são os últimos, com aquele a segredar-lhe " hoje, o nosso quarto vai ser o restaurante Lingerie.", o que provoca à mulher uma grande garga