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A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

MACIO

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Acordo com os teus beijos macios. A tua mão a afastar-me o cabelo da testa. Olho-te sem te ver. Estou ainda ensonada, lenta a reagir. Mas o corpo sabe, já se molda, procura, persegue o teu. Para sentir, como a minha língua, esses teus beijos macios e doces. Não sei se quero acordar, inspirar, soltar o ar, olhar-te. Ou continuar a sentir, em todo o meu corpo, a maciez da tua boca. Foto de Pascal Renoux Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais ou parciais, proibidas

DESABA

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Dizem que vai chover. "E chuva grossa e violenta", avisam. Olho lá para fora e parece estar tudo calmo. Mentem? Não sei; sinto-me inquieta, com vontade que algo aconteça, que desassossegue a lentidão das horas. Vejo-te, meio adormecido, com as mãos entrelaçadas no peito. Como se a noite já tivesse terminado e o silêncio fosse, de facto, bem-vindo. Mas eu continuo acordada. Atenta aos ruídos e quando a chuva, grossa, violenta, como diziam, desaba, desaba também sobre mim. E, má, acordo-te... Foto de Pascal Renoux "Hands" Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais ou parciais, proibidas

TODAS

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Volto a falar de regras, em quebrar regras, todas as vezes que deixo cair o lençol e me vês nua. Todas as vezes que te aprisiono entre as minhas pernas, te envolvo na minha pele. Em que as minhas mãos te arranham suavemente e sinto a tua boca húmida a apertar-me docemente o mamilo. Afasto-me, não o corpo, apenas a cabeça para ter a certeza de que tenho toda a tua atenção. Depois, volto a aprisionar-te em mim. Foto de Pascal Renoux Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais ou parciais, proibidas

VEM NUM GRITO

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VEM, grito Não sei se é sonho Ou se estou mesmo a gritar... Sinto a tuas mãos em todos os recantos do meu corpo Descem, sobem, frenéticas, provocadoras, sedutoras. Cedo, dispo-me. Fico nua e o teu olhar encanta-me. Não me tocas e endoideço. Quero-te. VEM Mas não sei se me escutas. Continuas a olhar-me. Incapaz de te ler, de saber o que queres, tapo-me. Fico envergonhada. Baixo a cabeça e sinto a tua boca na minha nuca. Acordei com o desejo que não soube ler no teu olhar Foto de Marina Segura "Eyes" Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, totais ou parciais, proibidas Texto colocado no WAF e no FACEBOOK e enviado para o desafio do blog "Porosidade Etérea"

CARÍCIA

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Falemos hoje de exageros e de versos incorrectos. Poderá haver exageros, atitudes incorrectas, mas versos? Só se for porque quebram as regras? Mas, amor, o que são regras? Principalmente quando se fala em amar e nos sentimos como adolescentes, com beijos sempre pendentes, e fantasias inconfessáveis. Sem nos esquecermos da ternura do: "Acaricia-me" "Onde" e do meu suspiro, porque a tua voz, junto ao meu ouvido, é já uma carícia Foto de Hugo Macedo "Cold and Windy" (Olhares) Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, parciais ou totais, proibidas

NATURALMENTE

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Acaricias-me a coxa. Beijas-me o umbigo. O teu cabelo roça-me o queixo onde a minha mão se refugia. Estamos apenas abraçados. Nem conversamos. Não precisamos. O que sabemos um sobre o outro o que queremos, o que desejamos, um do outro, flui naturalmente. Foto: by Marina Segura Textos protegidos pelo IGAC - Cópias, parciais ou totais, proibidas

DE IMEDIATO

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Enrosco-me nos lençois. Enrosco-me em ti. Sinto-me tentada, ao vestir-me no teu calor, a perturbar-te o sono, a amar-te naquele instante. Encosto-me, no entanto, no peito de Morfeu. E confundo-me com os sonhos, que a memória traz de volta. Já não sei quem desejei ser na adolescência. Ou quem encontrar, porque ao encontrar-te, amei-te de imediato.. Foto de Sandra Marques "A intensidade do corpo num olhar" (1000 Imagens) Textos protegidos pelo IGAC ´ Cópias, totais ou parciais, proibidas