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A mostrar mensagens de agosto, 2019

A CONFISSÃO - PARTE V

O Henriques conseguiu contactar o outro barman e o porteiro do Clube que, descobriu, tem cadastro. " Agressão, posse de arma não registrada..." diz o Henriques " Falei com a Brigada Anti-Fraude e eles dizem que tinham recebido umas dicas sobre o Clube da Paixão. Jogo ilegal." acrescenta. " A Zita disse à irmã que o ambiente estava pesado, que havia ali um esquema que não percebia..." repete o Bernardes. " Também pode ter dito à Vera, alguém as viu e comunicou o facto..." interrompe o Brites " Acharam melhor matá-las...." " É uma hipótese, mas porquê o Prates? " pergunta o Bernardes. " E, se o Prates for o cabecilha? " sugere o Henriques e os outros ficam surpreendidos. " Pode ser..." admite o Inspector " Mas a questão continua a ser: porquê? E, porquê a Vera?"  " Pode haver alguém acima dele que achou que o Prates colocou a operação em perigo." observa o Bri

A CONFISSÃO - PARTE IV

Mostram-lhe uma foto da Vera, mas o gerente não a reconhece. Contudo, o Brites fica com a impressão de que sabe mais do que diz, mas para já, vai pedir a Henriques para confirmar a informação.  " Talvez seja melhor segui-lo!" acrescenta e Henriques apressa-se a cumprir a ordem. Entretanto, a irmã da dançarina mostra-se faladora e dá-lhes informações valiosas. Sim, sabe muito bem quem é a Vera, frequentaram a mesma escola.  Depois, a vida acontece, casa-se, muda-se para outra zona e com o trabalho e as obrigações familiares, deixa de a ver. " Mas sei que a Zita a encontrou uns meses antes de morrer!" explica " Acho que foi lá perto do Clube... O que é que tem isto a ver com a morte da minha irmã? " " A Vera foi encontrada morta na mesma viela e estamos a tentar perceber se os dois casos estão relacionados." responde o Inspector Bernardes. " Acham que foi a mesma pessoa? Nas últimas semanas, a Zita queixava-s

A CONFISSÃO - PARTE III

O Chefe escuta-os atentamente, faz algumas perguntas e depois diz: " Concordo com o Bernardes. Não acho que esteja relacionado com o tráfico de droga, talvez seja alguma coisa que a Vera viu ou pensaram que ela viu." " Exactamente! Pode estar relacionado com a morte das duas dançarinas do tal Clube da Paixão." concorda o Bernardes. " E o Prates? " interrompe o Leitão, aborrecido com o rumo da conversa. " Viram-no a conversar com a Vera... Ela conversava com ele..." atalha o outro Inspector " Vamos interrogar novamente os funcionários do Clube da Paixão." " Certo, mantenham-me ao corrente. E, Leitão..." observa o Chefe " Atenção à forma como interroga as pessoas. Recebi uma queixa de um tal Pedro Mesquita, barman no Clube da Saudade." O Leitão fica calado, tinha consciência de que tinha sido um pouco agressivo e tudo o que o barman tinha dito era válido. Por isso, murmura uma desculpa e s

A CONFISSÃO - PARTE II

Bernardes suspira, sabe muito bem que o Brites ouviu a discussão e partilha da sua opinião, mas opta por não falar do assunto. " Já conseguimos identificar aqueles dois números que aparecem na conta de telemóvel da Vera?" pergunta. " Um está desligado... " diz o Brites " O outro... não entendo muito bem porque é que ligaram, e tantas vezes, do outro clube." " Que outro clube? " Bernardes está surpreendido " A Vera trabalhava noutro clube? Segundo o relatório, ela trabalhava na empresa de serviços e aos fins de semana no tal Clube frequentado pelo nosso amigo Prates." " Não temos conhecimento disso, mas confirmamos que o numero está associado ao Clube da Paixão. Vai para o voicemail, o Clube está fechado porque as duas dançarinas que apareceram mortas no mesmo local que a Vera trabalham lá." explica o Henriques. " Já contactamos a Brigada que está a investigar o caso e pedimos que nos dessem o nome d

A CONFISSÃO

A Teresa está furiosa... Adiar as férias? Mas que história é essa? refila quando o Brites lhe diz que não pode ir por causa do caso. Está tudo marcado, avião, hotel, ela a pensar que o ia ter só para ela durante uns dias. Leva a tua irmã, divirtam-se as duas, aconselha o Brites e saí antes que a Teresa responda. " Oh, pá, porque é que fizeste isso?" pergunta o Henriques. " Quero ter a certeza de que aquele idiota do Leitão não destrói o caso.... Aquele tipo é impossível... Viste como interrogou o barman? " explica o Brites. " Mas o Inspector Bernardes já está ao serviço..." diz o Henriques, mas nesse momento, ouvem gritos vindos do gabinete do Inspector. " Ninguém está a dizer que o caso não é seu!" explica o Bernardes pacientemente " Só peço que entenda que o caso da Vera é nosso e deixe que seja a minha Brigada a explorar a ligação a esse tal Prates." " Mas a Vera deve ser cúmplice do Prates...&

DESAFIO AOS COMENTADORES

Aqui fica um novo desafio: A Vera fala sobre quem a estava a controlar? O Bernardes regressa e fica aborrecido porque o Inspector Leitão acha que a equipa deve continuar a trabalhar com ele? É a vez do Brites ir de férias, mas acha que não o deve fazer enquanto não resolverem o caso? O Henriques pede transferência para outra Brigada? Aguardo os vossos comentários para escrever uma nova história.

AGOSTO - FIM

O Brites decide visitar o Maurício Prates e fazer-lhe algumas perguntas. A Márcia acha que, no fundo ele é inofensivo, mas o barman e o porteiro descrevem-no como obsessivo. Quem terá razão? Será que a Vera lhe contou alguma coisa? desabafa com o Henriques e o detective concorda que talvez o consultor tenha algumas respostas para o caso. O Maurício não está, diz a recepcionista da agência e não, não sabe se está fora em visitas com clientes. Tem horário livre, ele organiza a sua própria agenda, talvez esteja em casa, quem sabe? e encolhe os ombros, aborrecida. Brites depreende que não morre de amores pelo consultor e não insiste. " Vamos até casa dele!" exclama o Sargento quando voltam para o carro " Alguém nos há-de dizer alguma coisa." Contudo, ficam surpreendidos quando vêem carros da policia em frente do prédio onde o consultor mora. " O que se passa? " pergunta o Henriques, mas o Brites já saiu do carro e mostra o dis

AGOSTO - PARTE V

Alguém bate no vidro do carro e os dois sobressaltam-se. É uma mulher jovem, ruiva, sardenta e com um corpo escultural, pensa o Henriques. Deve ser uma das dançarinas, considera o Brites por sua vez. Apresenta-se, chama-se Márcia, serve às mesas e sabe bem quem é o Maurício. Ouviu parte da conversa, ia a entrar, mas não quis falar em frente do barman e do porteiro. Brites fica com a impressão de que não gosta deles e pergunta: " O que me pode dizer sobre esse tal Maurício...? " Prates, consultor imobiliário. " completa a Márcia " Não é que seja má pessoa, mas acha-se o melhor do mundo, exige a perfeição, mas ultimamente, parece que as coisas não estão a correr bem." " Sabe o nome da imobiliária onde trabalha? " interrompe o Henriques. " É aquela famosa, a que se vê nos anúncios. Tenho aqui um cartão dele; estava sempre com eles na mão." responde a rapariga e o Brites acena que sabe qual é. " Acha o Sr Prates ca

AGOSTO - PARTE IV

" Aos fins de semana, como empregada de bar. Ajudava também nas limpezas..." explica o barman " Gostava dela, era simpática, bem educada.." " Como se dava com os clientes? " pergunta o Henriques. " Mantinha uma certa distância... Mas encantou-se com o Maurício." responde o porteiro e o barman concorda. " Quem é esse Maurício? " insiste o Brites. " Um cliente habitual, um pouco obsessivo... Já tive que lhe chamar a atenção, pois as dançarinas queixaram-se." confessa o porteiro " Nada de violência, mas críticas duras à performance ou aos trajes." " Sabem o apelido dele? Contacto, etc? " questiona o Henriques e o barman abana a cabeça. " Talvez o gerente saiba ou alguma das dançarinas tenha ficado com o cartão dele, mas só devem chegar daqui a uma hora, hora e meia." acrescenta. Brites entrega-lhe o cartão dele, aguarda o contacto do gerente, mas antes de se ir embora, ainda pergu

AGOSTO - PARTE III

" Vamos ver se a Vera apresentou alguma queixa..." diz o Brites quando saem da empresa. " Não vamos falar com esse namorado? " questiona o Henriques. " O Freitas fala nesse namorado nas notas?" pergunta o Brites, mas o Henriques não tem a certeza. Também não encontra qualquer queixa de violência doméstica e os dois acham a história muito estranha. " Não me pareceu que a senhora estivesse a mentir.... Mas porque será que o Freitas não a interrogou?" comenta o Brites. " Interrogamos novamente a família? " sugere o Henriques " Estão aqui os nomes da Mãe e de uma das irmãs." Brites abre novamente o ficheiro e qualquer coisa no relatório da autopsia chama-lhe a atenção. " A Vera foi espancada e encontrada na Viela do Carmo, por trás do Clube Vira-Latas... Isto diz-me qualquer coisa...." e levanta-se para pesquisar. O Henriques, curioso segue-o e Brites solta um grito de satisfação. " Duas dan

AGOSTO - PARTE II

A D. Maria de Lurdes não tem mais do que cinquenta anos e é chefe de equipa numa empresa de serviços. Está a chegar de um trabalho quando o Brites e o Henriques se apresentam. Com o acordo do Chefe de Serviço, sentam-se na sala de espera. " D.Maria de Lurdes, temos algumas perguntas a fazer a propósito da Vera Antunes." diz o Bernardes. " Sabe o que lhe aconteceu, não sabe?" questiona o Henriques por sua vez. " Sim, foi morta, assassinada!" responde a senhora " Pensei que já tivessem apanhado o responsável..." " Não, o caso está ainda a ser investigado. A senhora aparece como testemunha, mas não encontramos as suas declarações." explica o Sargento. " Ninguém falou comigo; quero dizer, estiveram cá na empresa a fazer perguntas, mas foi só para saberem se tínhamos visto a Vera naquele dia." confessa a D. Maria de Lurdes. " E, viram? " interrompe o Henriques e a senhora acena que sim.

AGOSTO

" Detesto o mês de Agosto!" desabafa o Sargento Brites. O Inspector Bernardes está doente, não sabem quando volta e por enquanto, o Sargento Brites está a trabalhar como Inspector interino. " Está calado; ainda nos calha um caso bicudo e o Chefe resolve ajudar-nos." aconselha o Henriques, o novo detective na Brigada. " Mas é o que vai acontecer... Enquanto o Bernardes não regressar, oficialmente sou eu o encarregado, mas o Chefe supervisiona." explica o Brites. " Pois!" diz o Henriques, não muito convencido. Estão os dois sozinhos no departamento, pois o detective Freitas está de férias e o Amadeu está " emprestado" à Brigada de Fraudes. Estão a concluir os relatórios dos últimos casos.  Um deles ainda está em aberto, mas a informação que o Freitas deixou não é muito clara e não sabem bem o que fazer. " Oh, Brites, sabes porque é que o Freitas não interrogou esta testemunha?" pergunta o Henri

O NOME - FIM

Pintar o quarto no sábado com os " rapazes" torna-se uma grande brincadeira e o Francisco prova ser muito competente a colocar o papel de parede. Enquanto isso, as senhoras resolvem fazer um chá para o bebé e a Carla recebe tantos presentes que fica preocupada.... Onde é que os vai guardar? mas, quando fala com a Mãe, esta sugere que faça uma " triagem" e o resto pode ficar na garagem. O Ricardo está feliz, o quarto ficou muito bonito e na próxima semana, devem entregar os móveis. A Carla sente-se cansada, inchada e decide antecipar a vinda para casa. Os móveis são entregues, o Ricardo monta-os e as duas avós preparam tudo para a chegada da Margarida. Tentam animar a Carla, vá lá, ainda não viste como o quarto ficou bonito. A Carla lá se levanta e a meio do caminho, dá um grito. " O que foi?" gritam os três. " Acho que a Margarida quer nascer!" responde a Carla numa voz sufocada. Os três ficam a olhar para ela, tipo

O NOME - PARTE IV

" Temos que fazer alguma coisa..." diz a D. Adélia " Que tal rosa claro? " " Não, não..." protesta novamente a Carla " Não gosto!" " Mas, afinal do que é que tu gostas?" pergunta a Mãe e o Ricardo suspira. " Que tal cinza claro? Os móveis brancos, os cortinados brancos com uma risca cinza? " sugere a sogra. " E os brinquedos e a roupa com cor... Agrada-me!" exclama o Ricardo " Vou já comprar a tinta e tenho a certeza de que os rapazes não se importam de me ajudar." Carla tenta dizer alguma coisa, mas o Ricardo já saiu e a Mãe resolve ir com ele. " Agora, nós." repete a D. Clotilde " O que se passa contigo? " " Não sei, acho que este bebé veio na altura errada. Já não me vão considerar para a promoção." revela a Carla. " Pensa na próxima! Organiza-te, se o souberes fazer, podes ter uma vida profissional e uma familiar. Basta saber como equi

O NOME - PARTE III

" Ok, não dizes nada; fica Margarida." decide o Ricardo. " Oh, não, prefiro Mafalda!" protesta a Carla, amuada. " Dei-te todas as hipóteses; tiveste tempo suficiente para decidir." e as duas avós aprovam. " Agora, já posso bordar isso nas babetes." comenta a sogra. " Mas isso não é muito antiquado???" pergunta a Carla. " Que ideia! Não sei qual a ideia de vestir logo ganga ou afins... " diz a Mãe. " Sim, os bebés ficam tão mimosos com camisinhas bordadas..." replica a sogra. Carla acha tudo um disparate, a maior parte das coisas bordadas e com lacinhos que lhe deram está bem guardada num armário. Espera é que não se lembrem de procurar.... Infelizmente, é exactamente isso que as avós decidem fazer...  Dar uma vista pelo enxoval, " há coisas que nunca são demais..." acrescentam. Antes que a Carla as possa impedir, já estão no quarto do bebé. " O quê? Também não esco

O NOME - PARTE II

Além dos nomes já discutidos e recusados, a lista da Carla não é má de toda, reflecte o Ricardo. " Flávia, ok, Elvira e Alexandra nem pensar..." pensa " Teresa e Matilde, posso aceitar..." A Carla já leu a lista dele e declarou prontamente que " filha dela não se vai chamar Helena ou Alice". Continuam num impasse e o Ricardo tem vontade de impor um nome, mas não quer ser desagradável. As duas avós chegam naquele momento e surpresa, trazem também listas de nomes. " Vamos estudar isto com atenção..." diz a Mãe do Ricardo. " Sim, que a menina não vai ficar sem nome, só porque vocês são teimosos!" acrescenta a sogra. " Cláudia... gosto..." responde o Ricardo. " Detesto!" contesta a Carla " Detesto nomes que começam por C..." " Nomes com C... não podem ser considerados." acede o marido e as duas avós suspiram. " Ah, engraçado, tanto a minha Mãe como a tua gostam de Margarid

O NOME

" A minha mulher não está bem!" anuncia o Ricardo quando o jantar, só de homens, terminou e estão a beber licores. " Está grávida, está cansada! O que esperavas?" atalha o Francisco. " Não é isso!" contrapõe o Ricardo " Quer dar à rapariga um nome diferente! Nada de Leonor, Catarina ou Sofia!" " Então? " pergunta o Bernardo, pai recentemente " A Luísa queria que a nossa se chamasse Ana Frederica, mas eu tive que me impor. Ana, tudo bem, mas escolhe outro, Sofia, Margarida... e acabou por ficar Ana Luísa." " Pois, não me importava nada com isso, mas a Carla não quer ouvir falar desses nomes tradicionais." explica o Ricardo " Maria Miguel, Maria da Paixão..." Os outros começam a rir-se. " Oh, pá, a rapariga vai amaldiçoar-te a vida inteira com um nome desses...." comentam. " O pior de todos é o Maria da Paz..." suspira o Ricardo. " Por amor de Deus!

CALAR - FIM

Mas antes que a Vera diga alguma coisa, alguém entra apressado na sala e pergunta: " Onde está o Chefe? O Carlos e o Américo estão a ter uma grande discussão no parque das descargas e ainda se matam." Num instante, a sala esvazia-se e todos descem até ao parque das descargas, onde o Miguel tenta conter o Américo que só grita: " O que é que andas a dizer sobre a minha mulher, meu paspalhão??? " " Vamos a ter calma!" aconselha o Miguel enquanto o Carlos sorri provocador. " Mas o que se passa?" é a pergunta que todos fazem. " Não me digas que o Carlos anda com a mulher do Américo!" opina um. " Não me admira nada! Ela é uma gaja bem jeitosa!" diz outro e a Márcia dá-lhe uma cotovelada valente. " E, se fosse a tua mulher? Gostavas que falassem dela assim? " e o colega nem se atreve a replicar. O Américo parece mais calmo, mas o Miguel não o larga. " Oh, Vitor!" pede " É melhor

CALAR - PARTE III

" A Vera está a perceber mal as coisas!" disfarça o Carlos " Não se preocupe; deve ter sido um mal entendido!" e saí. " Mal entendido, uma ova!" comenta a Márcia " O que vais fazer? " " Esperar que o cliente me contacte e esclareço então as coisas..." responde a outra. Coincidência ou não, o cliente telefona nessa tarde e pede para falar com a Vera. Tem umas dúvidas relativamente ao orçamento enviado e quer também fazer umas alterações, se possível. A Vera presta-lhe todos os esclarecimentos, discutem as alterações e no final, o cliente diz: " Oh, D. Vera, talvez seja melhor enviar-me dois orçamentos, porque o 1º Item tenho mesmo que o receber antes do dia dois. " " No dia 2? Mas o meu colega diz que houve aqui um lapso e que não é necessário." explica a Vera. " Não, não. O que eu disse ao seu colega foi que não tenho tanta urgência nos outros items e que os posso receber depois do dia