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O DIABINHO - PARTE II

Enquanto Luisa está na casa de banho, D.Clotilde abre as janelas, faz a cama e limpa o pó. Está a ligar o aspirador quando Luisa abre a porta e a senhora ajuda-a. Mas Luisa não se quer deitar, prefere ficar no cadeirão e diz que vai trabalhar um bocadinho. D.Clotilde não discute, continua a trabalhar e assegurando-se que a senhora não precisa de nada, vai tratar do quarto da Joaninha e da sala comum. Os brinquedos estão espalhados pelo quarto e D.Clotilde acha que está na altura da Joaninha aprender a arrumar. Fazer da arrumação dos brinquedos um jogo, embora compreenda que, por causa da situação complicada que estão a viver, não tenham pensado nisso. " Vou tentar hoje!" decide e animada com a ideia, serve o almoço a Luisa que pede depois que a ajude a deitar-se. A mãe de Luisa aparece e D.Clotilde aproveita para ir buscar a Joaninha à creche. A menina resolve brincar às escondidas com D.Clotilde e a senhora entra no jogo, " ralhando&quo

O DIABINHO

Às vezes, a Joaninha é um pequeno diabinho. Hoje, não quer calçar as botas, o Pai já está a ficar desesperado, mas a D.Clotilde não se incomoda com o choro. Calça-lhe as botas, veste-lhe o kispo, pede-lhe para dizer adeus ao Papá e sai com ela ao colo. A Joaninha continua a chorar, mas a D.Clotilde não liga, conta-lhe historinhas e a menina acaba por se calar. Quando a entrega à educadora, a Joaninha já se esqueceu de que não "gota" das botas e só falo no gato da história. Antes de voltar a casa, a D.Clotilde compra alguns legumes para a sopa da família e cruza-se com o Pai da Joaninha no átrio. O Dr Lemos está cansado, diz que a mulher não tinha posição, só conseguiu adormecer de madrugada. " Ainda estava a dormir; a senhora vá ver como ela está daqui a um quarto de hora. Se precisar de alguma coisa, ligue-me para o telemóvel." recomenda. " Não se preocupe; eu trato de tudo. Vá trabalhar descansado." e o senhor aperta-lhe

A VIAGEM DE AUTOCARRO - FIM

O mês passa e as senhoras deixam de ver a D.Matilde.  Um dia, a D.Guida encontra-a numa confeitaria conhecida, a D.Matilde não podia estar mais satisfeita e está ansiosa que o bebé nasça. " Parece que está mais nova, mais alegre." conta a D.Guida. " Um trabalho fixo não é tão stressante." opina a D.Clotilde que tem uma grande surpresa em meados do mês. O casal aceita uma nova proposta de trabalho e vai viver para o Dubai. A D.Clotilde compreende, arriscar é agora, vão ganhar o triplo e quem sabe? quando regressarem, podem abrir a própria empresa. Claro que a D.Clotilde compreende, fica muito sensibilizada com o bônus generoso que recebe, mas e agora? A D.Luz e a D.Guida tentam animá-la, mas a D.Clotilde acha que vai ser difícil encontrar um emprego tão bom. Um dia recebe um telefonema de uns amigos do casal.  Eles tanto elogiaram o trabalho da D.Clotilde que gostariam de a conhecer e falar um bocadinho com ela. É que a senho

A VIAGEM DE AUTOCARRO - PARTE V

" O palerma esqueceu-se do telemóvel e das chaves de casa." conta a D.Clotilde no dia seguinte " Anda sempre atrasado, já lhe chamamos a atenção, mas ele não tem emenda. O irmão foi fazer uma visita de estudo, o Pai foi para a Amarante, por isso, foi ter comigo." " Não ficou na rua a fazer disparates!" comenta a D.Luz e a D.Guida acrescenta " Dê graças a Deus por isso." " Até foi bom ter companhia no regresso." confessa a D.Clotilde " Mas trabalhou: varreu o pátio, regou as plantas e até mudou umas lâmpadas que estavam fundidas." " Ainda bem que tudo se resolveu! Mas acredito que tenha ficado assustada." concorda a D.Matilde " Esta semana, já vamos mudar. Já entregaram os móveis; agora é só dar o toque pessoal." " Ah, sim? Já viu a casa, a cozinha?" pergunta a D.Guida. " Tem uma sala enorme, envernizaram o soalho, não quiseram alcatifa." conta a D.Matilde. "

A VIAGEM DE AUTOCARRO - PARTE IV

No dia seguinte, quando chegam à paragem, a D.Luz já lá está e está toda contente. A D.Maria Augusta gostou dela e contratou-a. Começa no próximo mês e para a D.Luz, é um alívio, tanto mais que que o marido tem um trabalho em vista. " Vai correr tudo bem; a senhora merece." diz a D.Clotilde " E, a senhora D.Matilde? Já acertou tudo? " " Sim, sim. Também começo no próximo mês; as obras na casa nova já terminaram e eles contrataram uma dessas empresas de limpeza, mas eu tenciono dar uma volta, limpar à minha maneira. " conta a D.Matilde " O senhor doutor é muito engraçado; noutro dia, disse-me " Oh, D.Matilde, nós os dois vamos fazer o trabalho mais duro; ela só vai arrumar as almofadas." e todas as senhoras se riram. " De quantos meses está? " pergunta a D.Guida. " Acho que de cinco; já se nota a barriga. Estão os dois muito felizes; e eu também. Já tenho saudades de um bebé." acrescenta a D.Matilde.

A VIAGEM DE AUTOCARRO - PARTE III

Nessa noite, a D.Matilde telefona à D.Luz.  A D.Maria Augusta quer falar com ela, a D.Luz pode lá estar por volta das duas e meia? Claro que sim, diz de imediato a D.Luz e combinam os detalhes. No dia seguinte, a D.Matilde conta o que se passa às outras duas senhoras. " Para a D.Luz vai ser muito bom. Com o marido desempregado e os filhos ainda a estudarem..." suspira a D.Guida. " Ainda continua desempregado?" admira-se a D.Clotilde " Ela falou nisso na altura, mas nunca mais comentou e pensei que ele tinha encontrado qualquer coisa." " Só trabalhos temporários." conta a D.Matilde " Como ela diz, entra algum dinheiro, mas não é suficiente. Os filhos têm aqueles trabalhinhos em part-time, mas ela prefere que eles se dediquem aos estudos." " Concordo com ela . Eu deixo os meus filhos trabalharem nas férias, mas não durante o ano lectivo." observa a D.Clotilde. " Já não tenho que me preocupa

A VIAGEM DE AUTOCARRO - PARTE II

Na paragem seguinte, o autocarro esvazia e as senhoras tem finalmente lugar. Sentam-se e é então que a D. Matilde conta a grande novidade. " Falei-vos daquele casal para quem trabalho há cerca de dois anos? Gosto muito deles, são simpáticos e bem educados. Pois bem, vão ter um bebé e sabem o que me propuseram? " " O quê? " perguntam as outras senhoras curiosas. " Trabalhar para eles a tempo inteiro. Vão precisar de ajuda com o bebé, ela diz que não o quer enviar para o creche, pelo menos no primeiro ano." diz a D.Matilde. " E a senhora já trabalhou com crianças e gosta." acrescenta a D.Guida " Se as condições forem boas, acho que deve aceitar." " Também acho." concorda a D.Luz e a D.Clotilde acena com a cabeça. " É o que diz o meu marido. Vou ganhar mais, fazem-me os descontos para a Caixa, vou ter seguro. O que quero mais? " comenta a D.Matilde " Vai ser tão bom tratar de um bebé."

A VIAGEM DE AUTOCARRO

" Que chatice! Já vou perder o das 07h23!" lamenta-se a D.Matilde no abrigo do paragem do 305. Este devia ter chegado às 06h56, mas o relógio da D.Matilde marca 07h01. " Pois! É por causa destes atrasos que venho mais cedo! O meu homem está sempre a dizer-me " Só entras às 08h30; se saísses às 07h45, chegavas muito a tempo."  diz a D.Clotilde " Mas eu prefiro esperar no café ao pé do trabalho do que entrar esbaforida." " Ouvi dizer que vão fazer greve novamente. Não sei se a 2 ou a 4!" a D.Guida mete igualmente a colherada na conversa " Já avisei o meu patrão de que não vou a pé!" " Ainda não há certezas!" diz a D.Matilde " Mas eu já combinei com os meus vizinhos do lado: eles dão-me boleia até à estação e só tenho que subir a rua a pé." " Sorte a sua!" comenta a D.Guida " Os meus resolveram mudar para uma casa toda moderna, XPTO, mas fica um pouco longe da paragem mais próx

MENSAGEM DE NATAL

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Pediram-me para escrever um texto sobre o Natal… Mas o que sei eu sobre o Natal, se tudo o que tenho são memórias vazias? Vazias, sobretudo de calor humano, mas cheias de... uma solidão atroz Que nada nem ninguém consegue preencher… Apenas o Fantasma do frio… Um frio intenso… cortante que ninguém sente… ninguém entende.... Mas que existe, pois eu sinto-o… A vida não é perfeita nem é romântica… Tem apenas momentos… Uns melhores, outros nem tanto Obrigada pela vossa companhia, pelos momentos em que me fizeram sentir VIVA… Um feliz Natal para todos... As histórias do Minha Página continuam durante as Festas. Por isso, apareçam... Podem sugerir nomes de personagens, tema (história policial, viagem de autocarro, de metro, uma visita a um Museu)....

ELVIRA - O FIM

Matos empurrou-me com tanta força que, se não me segurasse ao corrimão caía. " Isso pergunto-te eu!" observei " O que andas a fazer? Negócios ilícitos e tudo para ganhar mais uns euros? Olha se o Chefe te apanha!" "  Não apanha nada! Tenho tudo organizado!" respondeu o Matos " E aquele gajo é um banana! Só saberá se tu disseres e tu não vais abrir o bico, senão..." " Senão o quê? Bates-me? Matas-me? " gozei " Deixa-te de histórias! Conta-me o esquema!" " Não tenho nada a dizer! Vai-te embora; esquece o que viste ou..." ameaçou o meu companheiro. " Não vou nada! Se queres o meu silêncio, divides a tua parte do lucro!" exigi. " Está calada, Elvira, não sabes do que falas!" ripostou o Matos, a olhar para o relógio " Estou atrasado por tua culpa." " E eu ralada que estejas atrasado!" disse, convencida de que estava a ganhar a partida " Ou digo ao

ELVIRA - PARTE IV

Devia ter havido uma entrega na noite anterior, pois a sala tinha novamente uns dez cartões encostados à parede mais distante da porta. Fechei a porta, acendi a luz e comecei a abrir o cartão mais próximo. A primeira camada era papel, mas afastando-o cuidadosamente para não rasgar, vi pequenos sacos transparentes cheios de pedras coloridas. O que é isto? Não eram diamantes, de certeza absoluta, mas eram pedras preciosas. Alisei novamente o papel, fechei as abas e coloquei novamente fita. Então, estás metido no contrabando de pedras preciosas? Com quem? E quanto recebes por fazeres isto? Estas perguntas ocupavam-me a mente, mas sabia que não o podia interrogar abertamente. O que também me espantava era o facto do Chefe não achar nada estranho no Matos aceder tão prontamente em fazer tantos turnos nocturnos e haver tantos incidentes em salas que estavam vazias. Calculei que a recolha das caixas fosse na sexta-feira e esqueci-me deliberadamente de entrega

ELVIRA - PARTE III

Aproveitei uma ida ao nono andar para entregar uns documentos para subir a escada e ver o que estava nas salas fechadas para " manutenção". Ali estavam cerca de dez, doze caixas encostadas a uma das paredes.  Estavam completamente seladas e se abrisse uma, o Matos daria conta. Mas lá em baixo no Departamento havia fita igual e se tivesse cuidado e não rasgasse o cartão, podia ver o conteúdo. Voltei para a sala, aproveitei a hora de almoço para esconder na secretária o que precisava e esperei. Contudo, o Chefe não me deu qualquer hipótese de me escapulir, pois precisava que eu revisse uns dados e isso levou-me a tarde inteira. Ainda me cruzei com o Matos à saída, falamos um bocadinho, mas estava tão cansada que só queria ir para casa. No dia seguinte, aproveitei a ausência do Chefe e voltei ao décimo andar. Para meu espanto, as salas estavam vazias. O que aconteceu aqui? Quem as veio buscar e como? Intrigada, voltei para a sala e verif

ELVIRA - PARTE II

Isso foi a primeira coisa que me chamou a atenção. Depois, sempre que o Matos ficava no turno da noite, o Cordeiro estava igualmente escalonado. Quando falei nisso, o Chefe apenas comentou que o Cordeiro queria aprender e o Matos era a pessoa indicada para o fazer. Quanto ao Matos, foi um " Cala-te. Mete-te na tua vida:" o que originou uma grande discussão, com os vizinhos a baterem à porta furiosos e eu a chamar um táxi para ir para casa da minha Mãe. A minha Mãe suspirou e só disse: " Outra vez? Não sei realmente o que vês naquele homem!" e eu fiquei a pensar no que o Matos representava para mim. Não era um homem bonito; era jeitoso, com uns olhos verdes e um ar de rufia que me agradava imenso. Talvez porque eu própria era uma rufia...  No dia seguinte, o Matos pediu desculpa e eu voltei para casa. Nessa semana, o Matos esteve de serviço todas as noites e, como era eu quem escrevia os relatórios, achei estranho haver sempre pr

ELVIRA

" Elvira, a parvalhona", " Elvira, a arrogante".... Parem... Chega.... Sei muito bem o que me chamavam... Não vale a pena repetirem... Se eu fui arrogante, então vocês?  Com os vossos grupos, as vossas regras...  Eu chamava-vos os " Pseudo-Imortais"; afinal, não sabem que também vão morrer como eu? Mas adiante... não quero falar do que se passou...  Estou mais interessada no que se passa agora e eu agora estou morta... Culpa minha ou do Matos, sempre à querer ganhar mais dinheiro, da maneira mais fácil. Será que ninguém lhe disse que há cursos de formação, de desenvolvimento pessoal?  Que há pessoas com cursos básicos que estudam à noite e se tornam advogados, engenheiros? Mas o Matos não quer passar por essas etapas; tem que estar no topo de imediato. Discutimos muito, ele simplesmente não entendia e por isso, numa das noites em que fui dormir a casa da minha Mãe, conheceu o Bernardino da Silva. A proposta des

BRITES - O FIM

" As salas estão limpas. A equipa forense não encontrou nada; por isso, só temos a palavra deste maluco de que serviam de armazém." comenta o Gonçalves. " O apartamento só confirma que o Matos e a Elvira viviam juntos. Há várias queixas dos vizinhos: as discussões eram frequentes e muito intensas, mas também dizem que, às vezes ela ficava em casa da Mãe." conta o Brites.  " Por isso, quem matou a Elvira? " pergunta o Loureiro. " Segundo sabemos, a Elvira era muito controladora, certo? Apercebeu-se do esquema do Matos, confronta-o e no calor da discussão, ele bate-lhe e ela desequilibra-se e pumba." especula o Sargento Lucas. " É uma hipótese plausível, é certo, mas gostava de ter mais provas." diz o Bernardes " Creio que só o Matos poderá responder a todas as questões." O Matos é interceptado na fronteira e recambiado para a cidade. Bernardes e Lucas interrogam-nos e ele confirma que sim, matou a Elvira, el

BRITES - PARTE VI

Elvira Fernandes, funcionária no Departamento de Manutenção e companheira do Técnico Matos. A equipa deduz rapidamente que ou é crime passional ou está relacionado com o que se passa com as salas do décimo andar que a equipa forense está a analisar. Nem Bernandes nem Lucas esperam grande coisa; devem ter limpo muito bem, mas pode ter escapado qualquer coisa que lhe pode ser útil. Gonçalves e Loureiro procuram o Técnico Matos, não só por causa da companheira mas também para esclarecer a manutenção das salas. O porteiro do prédio diz que já não o vê há mais de dois dias, talvez tenha ido visitar a Mãe, pois levou um saco e uma grande mala. Loureiro pede de imediato uma equipa forense para analisar o apartamento e avisa o Brites que o Cordeiro pode estar igualmente em fuga. Mas o Cordeiro está em casa, a gozar a folga e fica muito admirado quando Brites lhe explica a razão da visita. Na esquadra, começa por negar tudo, mas quando lhe mostram as escalas e dizem qu

BRITES - PARTE V

" Não, não tenho a certeza de nada; posso cometer um erro e acusar alguém inocente!" exclama Amélia. " Ok, compreendo, mas dá só uma dica." explica o detective Brites " Exploramos o assunto e ninguém fica a saber que disseste alguma coisa, mas é bom que o digas." Amélia olha-o atentamente; está completamente desorientada, não sabe verdadeiramente o que fazer. " Se te disser para verificares as escalas, é suficiente?" pergunta e Brites acena que sim. A rapariga levanta-se, um pouco mais aliviada e sorri-lhe.  Brites percebe que será complicado ganhar-lhe novamente a confiança, mas quando tudo acabar, talvez tente novamente a sorte. A Amélia é uma mulher interessante e Brites quer conhece-la melhor. Suspira quando conta as suspeitas da Amélia ao Inspector que requisita de imediato as escalas de trabalho do Departamento de Manutenção. Depressa verificam que sempre que os Técnicos Matos e Cordeiro estão de serviço à

BRITES - PARTE IV

Brites decide falar sobre as suas suspeitas ao Inspector Bernardes. Se não o fizer, poderá comprometer a investigação e há muito que Brites aprendeu a separar o pessoal do profissional. O Inspector escuta-o atentamente e quando o detective termina, diz: " Compreendo as suas dúvidas. Primeiro temos que saber se essa Amélia Rodrigues é efectivamente a Amélia que conhece. Se isso se confirmar, o Brites terá que conversar com ela discretamente para descobrir a razão dela ficar tão agitada quando soube que trabalha na Polícia Judiciária." " São coincidências a mais."  confessa Brites. " Pois são. O Gonçalves que trate disso, o Brites só fala com ela quando se confirmar tudo!" instruí o Bernardes. Duas horas depois, Brites está sentada num café sossegado, discreto, onde é bem conhecido. Pede e autorizam de imediato que utilize a sala que está reservada para almoços para conversar à vontade. Amélia está mais calma, mas Brites sente

BRITES - PARTE III

Brites sorri e diz: " Estou aqui em serviço." e Amélia repete " Em serviço? Serviço de quê?" " Eu disse-te que trabalhava na Polícia Judiciária." explica o detective e nota que Amélia fica muito agitada, como se tivesse alguma coisa a esconder. " Pensei que estavas a brincar. Pensei que estavas a brincar!" e quando as portas do elevador abrem, saí apressada. Brites fica confuso, mas na sua mente já está a levantar uma questão que faz todo o sentido. Estará Amélia implicada com o caso?  Mas Loureiro interrompe-o, dizendo que há duas chaves - uma guardada na sala de segurança e que está agora na posse deles e outra no Departamento de Manutenção. Ambas as salas estão protegidas por um código de acesso, o que significa que.... " Pode ter sido um serviço interno!" completa o Brites. " Falei com o Chefe do Departamento e ele mostrou-me onde guarda a chave. Está muito admirado, pois só ele tem acesso ao local