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A mostrar mensagens de julho, 2019

CALAR - PARTE II

Não devia ter deixado que a situação evoluísse...  Não era a primeira vez que o Carlos a maltratava, mas Vera sempre achou que a melhor política era ignorar os comentários. Talvez fosse realmente um sinal de fraqueza como as outras pessoas sussurravam... Sim, toda a gente comentava a situação, embora não o fizesse abertamente. Nem ia passar a vida a tentar adivinhar o que o Carlos iria dizer; não faria mais nada na vida. Contudo, é apanhada desprevenida naquele dia em que o Carlos irrompe pela sala e acusa-a de ter dado informações erradas. " Informações erradas? Mas estás a falar do quê?" pergunta a Vera, sem perceber nada e já a rever mentalmente os acontecimentos do dia anterior. " O cliente diz que nunca lhe disse que precisava da peça até ao dia dois e que tem provas!" repete o Carlos. " Que cliente? Que peça?" volta a questionar a Vera. " Sabes muito bem de que cliente estou a falar...." diz o Carlos. A Márcia acon

CALAR

Vera não quer acreditar no que acaba de ouvir. " Se não te calares, lixo-te!" ...  Lixa-me, porque discordei da solução que defendeu e apresentei outra que o chefe validou? Este tipo não funciona bem, pensa e pergunta " onde está o espírito de equipa?". Há algum problema comigo, não sei trabalhar com esta gente, o objectivo de se trabalhar em equipa não é trocar ideias? Ainda bem que ele não me está a ouvir, dizia já que me estou a armar em vítima! " Olá, o que se passa? Estás outra vez com aquele ar de comprometida; foi o Carlos que te aborreceu?" pergunta a Márcia. " Ficou aborrecido porque o Chefe concordou com a minha solução para o projecto." confessa a Vera. " Mas era mais simples, mais eficiente! O que é que ele quer?" diz a Márcia " Tens que lhe fazer frente; caso contrário, ele continua a maltratar-te." " Se lhe respondo à letra, diz que estou a ser malcriada e que não merece

SEM GRAÇA - FIM

A relação entre as quatro mulheres modifica-se e é já a Guilhermina quem lhes conta semanas mais tarde de que o advogado conseguiu impedir a venda. Agora é o Tribunal quem analisa as propostas e as discute com os respectivos advogados. As outras sentem que a Guilhermina está mais aliviada, embora a Maria João tenha sérias dúvidas de que o assunto esteja encerrado. Antes das férias, sabem que receberam uma proposta que corresponde ao que pretendem e os advogados acham que devem aceitar. Adivinha-se férias complicadas para a Guilhermina, talvez lhe telefone, pensa a Clara, mas é absorvida pelo programa organizado pela família para se divertirem. É só quando regressam à empresa que sabem pela Cristina que a casa foi vendida pelo valor pretendido e o dinheiro dividido. O problema foi a partilha do recheio; combinaram uma data para se encontrarem lá e escolherem os objectos que seriam vendidos e os que iriam para as respectivas casas. " O idiota foi lá na

SEM GRAÇA - PARTE V

A Guilhermina não fala sobre o que se está a passar, mas todas concordam que está mais simpática. " Talvez tenha percebido que não adianta nada descarregar nos outros!" opina a Maria João. " Ou que há uma diferença entre uma crítica construtiva e uma humilhação!" diz a Clara. " Ou quer simplesmente falar!" responde a Paula " Não necessariamente sobre o que se está a passar, mas sobre qualquer coisa que a distraia." As outras ponderam no assunto e resolvem convidar a Guilhermina para almoçar num restaurante ali perto. A Guilhermina fica surpreendida com o convite, mas aceita. Pedem uma mesa recuada, escolhem o prato do dia e a Paula inicia a conversa: " Como está? A Guilhermina tem estado um pouco aborrecida, podemos ajudar nalguma coisa?" " Realmente, não tenho estado bem e peço desculpa se fui inconveniente..." desculpa-se a Guilhermina. " Não há problema! Todos temos problemas, uns

SEM GRAÇA - PARTE IV

A Guilhermina desaparece por uns dias e há muitos rumores, alguns bastante absurdos. A Maria João tem que ir aos Recursos Humanos e enquanto espera pelo dossier, pergunta baixinho à Cristina: " Sabes alguma coisa sobre a Guilhermina? Já não aparece há uns dias; presumo que tenha falado com o chefe, mas como vives perto..." " Ah, não tenho a certeza, mas falam de que o marido vendeu a casa à rebeldia..." a Cristina suspira e continua " claro que a Guilhermina soube e está a discutir o assunto com um advogado." " Mas ele pode fazer uma coisa dessas? Se a casa está em nome dos clientes...." comenta a Maria João, mas a Cristina encolhe os ombros e confessa que não sabe mais nada. As outras ficam espantadas com as notícias. " Estou mesmo com muito pena dela!" repete a Clara " Como? Como é que ele fez?" " Só se falsificou a assinatura dela!" avança a Paula. " Se o fez, é fraude!"

SEM GRAÇA - PARTE III

Mas a Guilhermina abana a cabeça e afasta-se. Conta a Paula mais tarde que a encontrou no corredor, a falar ao telemóvel e com cara de preocupada. " O que se passará com ela? " comenta a Clara. " Diz a Cristina dos Recursos Humanos que não estão a chegar a acordo relativamente à casa." confidencia a Maria João. " E como é que essa sabe?" exclama a Paula, mas todas sabem que a Cristina é a " bisbilhoteira oficial" da empresa. Mas a verdade é que a Cristina vive na mesma zona residencial da Guilhermina e as novidades sabem-se depressa. Não é de admirar que saiba que a Guilhermina se recusou a sair da casa, que exigiu que ela fosse vendida, uma vez que contribuiu também para o pagamento do empréstimo.  Ou que não chegam a acordo quanto ao montante a pedir, isto porque há um vizinho interessado em adquirir a casa, mas acha o preço muito elevado. O ex-marido até aceitava a verba proposta, mas a Guilhermina não acha que

SEM GRAÇA - PARTE II

Contudo, o dia é tão intenso que não tem tempo para fazerem considerações sobre o assunto. Naquele dia, a Maria João está mal disposta. Teve um discussão com o marido por causa da matrícula do filho na nova escola. " Não tínhamos decidido que ele iria para a Escola da Torre??" pergunta. " Mas os amigos dele vão para esta e são miúdos que ele conhece desde o pré-escolar!" argumenta o marido. " E, quem o vai buscar? Tens horário livre, mas eu não!" diz a Maria João e como parece que o marido tem tudo planeado, bate com a porta e saí. Não aceita muito bem as críticas da Guilhermina e é muito pouco diplomática na resposta. " A Maria João está a ser arrogante e eu não mereço que me fale assim!" comenta a Guilhermina. " Desculpe, estou a ter um mau dia. Não entendo porque é que o cliente falou consigo e não comigo!" explica a Maria João. " Ah, detesto que as pessoas me peçam desculpa! É um sinal de fraqu

SEM GRAÇA

" Ainda falta muito para as férias?" pergunta a Clara. " Mais ou menos três semanas!" responde a Maria João " O que foi? O que aconteceu?" " Sabes que o palerma do Gonçalo pôs o telemóvel em alta voz para que o Brites ouvisse a conversa? " desabafa a Clara " E o Brites telefona-me e pergunta-me se já tenho notícias??? " " Mas não sabes que o Gonçalo é um parvalhão e gosta de fazer este tipo de cenas? " comenta a Paula " Fez-me isso noutro dia; mas eu tinha tudo escrito e ele calou-se. Tens que começar a fazer isso...." " Pois... " concede a Clara " Por falar em parvoíces, sabem o que se passa com a Guilhermina? Sempre que falo com ela, responde com duas pedras na mão! " " Realmente, a Guilhermina mudou muito. Terá sido por causa do divórcio?" questiona a Paula. " Não deve ter sido nada fácil descobrir que ele tinha uma outra pessoa... e da forma como tudo s

A VIAGEM INESPERADA - O FIM

Dadas as circunstâncias, o Chefe aconselha o Joaquim a regressar e o Daniel é destacado como elemento de ligação entre as duas polícias. O Daniel agradece a oportunidade, poderá ser mesmo promovido. O Joaquim não está muito satisfeito, pois, além de estar fora do caso, o Chefe decide que é melhor ir para os Açores. " Para os Açores? Mas o que é que eu vou fazer nos Açores? Não há nada lá!" protesta o Joaquim. " Vai trabalhar com a Brigada de Homicídios. Mantém o seu posto, todos os direitos como se estivesse aqui." diz o Chefe " Mas é perigoso estar aqui sem termos deslindado o caso que envolve as polícias de dois Países." O Joaquim lá prepara as malas, passa um fim-de-semana com a Mãe que, confessa, não entender nada do que se passa. O detective explica vagamente o porquê sem entrar em muitos detalhes. Melhor que não saiba tudo... talvez fique mais protegida. O Chefe assegura-lhe que estará atento ao bem estar dela e o Jo

A VIAGEM INESPERADA - PARTE V

" Vem da garagem!" murmura o Mendes e o Daniel concorda. O Joaquim apaga as luzes e faz sinal ao Daniel para se afastar da porta. Alguém abre a porta da cozinha e entra. Mais uns metros e está na sala. Avança lentamente e o Daniel empurra-o com tanta força que caem os dois no chão. O Joaquim acende as luzes e afasta o Daniel que tinha desarmado o homem. " Uma faca!" diz o Daniel " Uma arma silenciosa!" Mas o Joaquim não lhe presta atenção, está a olhar atentamente para o homem. Já o viu algures, tem a certeza disso.   Faz-se luz no espírito, estava a almoçar na mesma esplanada onde ele e o Daniel se encontraram. " Ele estava na esplanada! Para quem trabalhas? " mas o homem encolhe os ombros. " Calma! " aconselha o Daniel " Vamos telefonar ao Comandante e pedir-lhe para vir até cá.... Quanto a ti...." comenta " vais ficar aqui sentado e não te atreves a mexer." Prende-lhe as mãos com um cor

A VIAGEM INESPERADA - PARTE IV

" OH, MENDES!" grita o Chefe quando lhe conta o que se passou " Já não basta o caos que deixou ficar por cá e está agora envolvido num crime?" " Escolhi aquela enseada por estar quase sempre deserta e ninguém me incomodar..." justifica o Joaquim. " Será que alguém do Gangue descobriu que está aí e quer apanhá-lo desprevenido? " sugere o Chefe. " Já pensei nisso, mas não deve ser o Gangue do Meio. Segundo o que o Daniel me contou, o Gangue está um pouco confuso por não me encontrar...." responde o detective. " Podem ter discutido o assunto com outros Gangues e o Mendes aborreceu muita gente!" avisa o Chefe " Vou falar com o Comandante de Lanzorote e com os Chefes aqui sobre isto. Depois contacto-o." e desliga. O Daniel chega esbaforido e curioso em saber o que se passa. Quando o Joaquim resume a situação, o Daniel concorda com o Chefe. " O Gangue do Meio tem contactos com outros Gang

A VIAGEM INESPERADA - PARTE III

Os olhos estão abertos, os lábios azuis... Asfixia? pensa o Joaquim e vai buscar o telemóvel. Onde é que eu estava com a cabeça? Pensar que estaria longe de tudo e deparo-me com um cadáver....  O Comandante promete estar lá dentro de quinze minutos e o Joaquim tenta preservar a cena. Acha melhor telefonar ao Chefe e comunicar-lhe a situação.  Será que o Gangue do Meio já descobriu onde ele está e isto é um aviso? Matarem alguém para o incriminarem?  Não, o Gangue do Meio não tem meios para tal. Talvez seja melhor telefonar ao Daniel.... mas este não atende. O Comandante chega acompanhado por dois detectives e o médico legista que corrobora a análise do Joaquim. Só poderá confirmar depois da autópsia, mas deve estar morto há mais de quatro, cinco horas. Claro que a primeira pergunta que o Comandante faz é se não o conhece e o Joaquim abana a cabeça. Tem a certeza absoluta e não, não lhe parece que esteja relacionado com a situação que o trou

A VIAGEM INESPERADA - PARTE II

A primeira visita é o Daniel, entrou há poucos meses para a Brigada e está aqui para praticar desportos radicais. Durante um almoço regado com cerveja gelada, o Daniel conta-lhe que o Gangue do Meio está perplexo, pois não conseguem saber onde ele está. " Por isso, a tua ideia está a resultar. O Chefe nem quer acreditar!" concluí o Daniel. " Ninguém espera que um detective se esconda aqui!" ironiza o Joaquim. Daniel ri-se, admira a coragem do colega e levanta-se. Vai ter com uns amigos, desculpa-se e o Joaquim fica ainda sentado na esplanada. Talvez vá nadar mais tarde e aceite o convite do Comandante da Guardía Civil para jantar. Ou talvez não...  Há muitos turistas, alguém o pode reconhecer e especular a razão porque está a jantar com um membro da Polícia Espanhola. Joaquim suspira e resolve dar uma caminhada. Está um dia quente, talvez não o deva fazer, mas não quer ficar em casa. Noutro dia, encontrou uma pequena ens

A VIAGEM INESPERADA

Joaquim Mendes é um alvo a abater pelo Gangue do Meio (o Joaquim ainda tem que descobrir o porquê do nome) e tem que ficar escondido até o caso ser deslindado pela Brigada. " Durante quanto tempo? " questiona o Joaquim, mas o Chefe abana a cabeça e diz: " O tempo que for preciso! Tem calma, não fiques na cidade, vai visitar a tua Mãe e fica lá umas semanas." " Não seria bom para nenhum dos dois." responde o Joaquim e lembra-se de repente de que tinha planos para visitar Lanzarote. " E se eu for para Lanzarote?" pergunta e o Chefe fica admirado. " Para Lanzarote? Não sei se é boa ideia... não te podemos proteger!" repete. " Pelo contrário, é o local ideal. Avisa a polícia de lá para eles estarem ao corrente da situação e de vez em quando, manda alguém visitar-me. Ninguém vai desconfiar de mais um turista e o que há-de mal beber uma cerveja com um amigo? " explica o Joaquim. O Chefe continua a acha

A NOVA HISTÓRIA - O FIM

Porque é que não acreditas em mim, Leonardo? As críticas têm sido óptimas e esta edição já esgotou? Estão a preparar uma nova? Ah, Leonardo, as pessoas estão a adorar o facto da capa ser o desenho do Bernardo. A tua assistente reencaminhou-me os emails que receberam...  E, tu estavas hesitante! Até já me perguntaram se vai haver um segundo volume... Não, ainda não resolvi nada... Quero descansar um pouco...  O Luís está cansado, quer viajar um pouco e por isso, vamos deixar o Bernardo com os avós e vamos até Lanzarote. Mas tu não paras????  Vou fazer concorrência ao Saramago??? Ok, eu penso no assunto... mas NÃO vou escrever um diário de viagens.... Eventualmente, será uma nova história para crianças... Ou, quem sabe?... o meu detective está lá a passar férias e encontra um cadáver? FIM ============= Pergunta aos comentadores: Qual é a história que se segue?

A NOVA HISTÓRIA - PARTE IV

Tens que concordar, Leonardo, que é uma boa ideia. Aproveitamos o desenho do Bernardo... sim, para a capa, porque não? e pedimos ajuda a outros ilustradores. Sim, eu sei que será a primeira vez que escrevo uma história infantil, mas tenho o público perfeito. O Bernardo gosta muito das histórias que lhe conto, participa... Estou um pouco cansada do meu detective e das suas histórias amorosas... Se perguntarem... foi fazer um cruzeiro... talvez regresse ou não... Deixa que escreva esta história e prometo pensar numa nova colecção de thrillers. Não, já tenho um esboço, mas ainda é cedo para conversar com um ilustrador. Ai, as horas! Já estou atrasada, o Bernardo tem que ir para a aula de natação. Não me faças rir.... A aula não é no jardim mágico... Pois é, Bernardo, a Mãe tem uma surpresa para ti. Sabes porque é que só os meninos vêem o jardim?  Porque os meninos também são mágicos e inventam um novo Mundo... E passeiam no arco-íris? B

A NOVA HISTÓRIA - PARTE III

O Bernardo estava muito sério quando me disse que ia pensar no assunto. Deve ter sido tu quem lhe ensinou isso.... É geralmente assim que terminas uma conversa.... " Tenho que estudar o assunto, pensar no assunto..."  Oh, o Bernardo sabe lá se estás a falar com um cliente... ouviu a frase e agora repetiu-a. Por acaso, até gostava de escrever a história dele....  Não sei porquê, acho que não vai resultar... sim, a história sobre a stripper e o crime no clube. Quero explorar outras vias, outras situações, sem crimes violentos... enfim, que a morte acontece porque tem que acontecer. Não foi provocada, percebes?  A conversa com o Bernardo abriu-me o caminho a novas ideias... Então, Bernardo, não estás a dormir porquê? Queres um copo de água? Não? Queres que eu veja o teu desenho? A esta hora, não podia esperar por amanhã? Penso melhor à noite? Quem te disse isso? A Teresa? Ok, diz lá o que queres que eu faça com o desenho? Isto é uma floresta

A NOVA HISTÓRIA - PARTE II

" Então, Bernardo, que história é essa que contaste hoje na escola?... Ah, é segredo?  Só para os teus colegas e as educadoras? Eu não posso saber? Escrevo as minhas, não preciso das tuas?  Ok, mas os escritores também conversam e discutem ideias entre si. Não queres fazer isso comigo? Posso ajudar-te a tornar a história mais viva... O Sapo é mandrião? Mas porquê? Tens que explicar porquê... Dorme muito como eu? Achas que eu sou preguiçosa, é? Às vezes, a Mãe trabalha até muito tarde e por isso, ainda está a dormir quando tu vais para a escola, mas estou aqui agora...  Não é bom? Queres ir lanchar na Confeitaria do Sr José? Olá, olá, o Bernardo e eu estamos a ter um encontro de escritores, por isso, queremos uma mesa sossegada. Ah, sim? Ainda bem que gostou! Claro que assino... Se vai ter continuação? Talvez... Ainda não decidi... Aviso, sim e terei todo o gosto que vá ao lançamento. O que é um lançamento? É quando apresentas o liv

A NOVA HISTÓRIA

Thriller Erótico? Mas onde é que eu estava com a cabeça para concordar novamente com isso? Não faço a mínima ideia de como estruturar a história… Claro que sei que tem que haver um crime, mas como encaixar o erotismo? Uma dançarina exótica? Dança de varão? E um detective corrupto? Não é muito “dèjá vu”? Pois, posso desenvolver a história como entender… Digo sempre que não consigo? Mas que história é essa? Se não tens nada de útil para acrescentar, desaparece… Quero ver se começo a alinhavar a história…. “ Chamo-me Naughty (é um nome adequado para uma trabalhadora da noite?) Sou a grande atracção do Clube de Strip nas noites de sábado… Talvez porque as minhas danças são sempre originais, criativas e….” BOLAS! O que é agora? O quê? Já são quatro horas? O Bernardo, nossa! Deve ter pensado que me esqueci dele! Outra vez! Não, é melhor que seja eu, não quero que ele pense que sou uma Mãe inútil! Desastrada, feita no ar, mas uma