DESABA

Dizem que vai chover.
"E chuva grossa e violenta",
avisam.
Olho lá para fora
e parece estar tudo calmo.
Mentem?
Não sei; sinto-me inquieta,
com vontade
que algo aconteça,
que desassossegue
a lentidão das horas.
Vejo-te, meio adormecido,
com as mãos entrelaçadas
no peito.
Como se a noite
já tivesse terminado
e o silêncio fosse,
de facto,
bem-vindo.
Mas eu continuo acordada.
Atenta aos ruídos
e quando a chuva,
grossa,
violenta,
como diziam,
desaba,
desaba também
sobre mim.
E, má,
acordo-te...
Foto de Pascal Renoux "Hands"
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Comentários
gostei do poema, querida amiga. Muito bom.
Boa semana, um beijo.
Beijito.
um beijo
BEIJOS DE AMIZADE,
SUSY
"chove" a sensualidade e belza de sempre______________a tua poesia
que
tanto.tanto_________nos.fala.diz...
________///
beijO_______ternO
Adorei a foto acompanhada por tão belas palavras.