O CHAPÉU DE PAPEL
Esta é a história de um chapéu de papel amarelo
Com uns corações pintados na dobra.
O chapéu sentiu-se importante e pensou: " Ah, gostam de mim! Ninguém me vai esquecer!"
Que ilusão! Um dia, esqueceram-se dele na mesa do jardim e veio o Vento que o atirou para longe.
O chapéu ainda gritou por socorro, mas ninguém o ouviu; ninguém lhe acudiu.
O Vento levou-o até a uma praia deserta e deixou-o cair na areia molhada.
Amarrotado, meio rasgado, o pobre chapéu assustou-se com a imensidão do Mar.
" Ele é sempre assim?" perguntou, hesitante à areia.
A areia riu-se e respondeu:
" Hoje está calmo! Mas nunca se sabe o que vai acontecer. Pode transformar-se num gigante em segundos."
" Mas porquê?" quis saber o chapéu, mas a areia apenas sorriu.
Minutos depois, tal como a areia tinha explicado, o Mar enfureceu-se. Tornou-se cinzento, agressivo e reclamou a posse da praia.
A areia desapareceu e o pobre do chapéu ficou submerso. Não sobreviveu à violência.
Ficou feito em pedaços, enterrado na areia que sorriu ao Sol.
O Mar acalmou-se. O Vento partiu para o outro lado do Mundo.
E, alguém fez um outro chapéu de papel.
Escolheu uma outra cor e um outro menino pediu para desenharem tartarugas e macacos na dobra.
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A minha história de Natal....
Para as Catarinas, as Marianas, as Matildes e as Margaridas.
Para os Pedros, os Guilhermes, os Simãos e os Davids.
Para os meninos e meninas que conheço e para os que não conheço.
Que sejam Felizes... Que saibam que há dias em que perdemos, mas que há alternativas.
Exigem esforço e tempo, mas a Vida é isso mesmo....
Comentários
Assim o sonho se faz livre na cabeça de quem acredita!
Beijo
O meu é redondo, de feltro castanho e veio do Porto nas asas duma gaivota, ou assim. Que tem asas tem é o chapéu também, tanto assim que algumas vezes me voou. Quando ponho a mão na cabeça e não o encontro vou, vou logo buscá-lo onde ficou.
Bjinho, Marta. É de conta-la aos meninos, pois...