ANTÓNIO SEDUZIDO - O FIM
E, no poema que escreva, fala sobre as palavras.... As palavras que o seduziram...
A voz que começa a escutar... Mesmo quando resolve uma equação...
Ou explica um gráfico...
Talvez agora não tenha tão certeza do que o Mundo lhe quer revelar, diz...
Confessa-se admirado por ter dúvidas... Põe a alma a nu...
Quando se senta, um pouco envergonhado, nada o prepara para a salva de palmas que enche a sala.
O Afonso grita: " Eh, pá! Quem diria que escreverias um poema tão forte?"
Mas António só olha para a professora e esta sorri...
Como se nunca tivesse duvidado de que ele conseguiria escrever um poema...
António ainda pensa em dizer uma piada...
Mas agora que as palavras são tão preciosas... seria perdê-las novamente....
FIM
P.S.: Aceito sugestões para o próximo conto...
A frase poderá ser a habitual: " Era uma vez...."
Comentários
Acredito, minha amiga, que mesmo aquele que não consegue colocar em palavras as sensações de beleza que lhe chegam à alma, mesmo assim estão a 'viver' a poesia quando sentem o coração enternecido na contemplação de uma paisagem, na visão de uma criança a brincar, num pôr do sol, num raiar do dia... Enfim, a poesia existe em todo tempo, em todo lugar... Basta deixar a alma mergulhar nos sentimentos e nas emoções.
Adorei o teu conto, e são tantas as sugestões que poderiam ser feitas... No entanto, meu anjo, prefiro ter a surpresa de chegar aqui e ver uma nova história sendo narrada sem que soubesse antes o enredo.
Que as tuas horas sejam preenchidas com alegria e paz.
Fica um carinhoso beijo do meu para o teu coração, com meu carinho,
Leninha