A CASA DE FÉRIAS PARTE III

 

Então, é uma boa ideia, continua, eu renovo aquele anexo, faço um apartamento interessante para mim e para a Francisca e tu e a Teresa ficam com a casa principal. Mas primeiro que tudo, vamos ver se temos que pedir empréstimo ou nada, ver quem nos apresenta o projecto mais interessante.

Não me atrevo a dizer mais nada, estou aliviado, comovido, não sei bem definir o que sinto.

A Teresa nem quer acreditar, fica em choque, mas ouve atentamente os planos do Gonçalo.

Com o Gonçalo a entrar, concluímos que, pelo menos, nesta fase do projecto, não temos que pedir empréstimo.

Ainda ficamos com algum que podemos usar na renovação, diz a Teresa, mas não concordo, para já, vamos deixar esse dinheiro quieto, utilizamos só para uma emergência, sugiro, depois vemos.

Sabias que o Gonçalo tinha assim tanto dinheiro disponível? pergunta a minha mulher, não, mas também não me surpreende, ganha-se bastante em publicidade e o Gonçalo trabalha com boas marcas.

Apenas o nosso filho Gonçalo fica entusiasmado com a casa na vila ou não fosse adepto de desportos radicais.

Quem sabe se no futuro não posso abrir ali a minha escola de desporto? É o sítio ideal, comenta e a Sofia encolhe os ombros, és completamente maluco! Não sei se vou gostar!

Ainda não foste lá, não sabes nada sobre o local, protesta a Teresa e combinamos ir lá todos no fim de semana seguinte.

O Gonçalo vai também, leva um arquitecto amigo para ver a propriedade, estamos muito chiques, observa a minha sobrinha Francisca, temos uma propriedade!

Então, o teu Pai falou-te do projecto? a Teresa quer saber e a Francisca sorri, o Pai não consegue esconder nada, confessa, está muito entusiasmado e eu estou muito curiosa!

Achas que vai ser um bom sítio para passar as férias? insiste a Tia e a minha sobrinha volta a sorrir, às vezes, Tia Teresa, é bom estarmos sós com a natureza, a usufruir o que ela nos dá, explica.

A nossa sobrinha tem um lado ecológico, a Teresa está admirada e eu rio, o Gonçalo também está virado para a natureza, mas doutra forma! exclamo, e quem sabe? A Sofia pode mudar e escrever sobre as vantagens de viver com e na natureza!

A Teresa ri-se, belisca-me o braço, resolvemos fazer uma pequena caminhada pela vila, acabamos por tomar chá naquele loja perto do parque.

O Gonçalo filho encontra-se connosco lá e está encantado com o que descobriu.

CONTINUA


Comentários

Elvira Carvalho disse…
Ora bem está tudo muito contente mas e a Francisca? Não é perdida nem achada ? Ainda não ouvi a opinião dela.
Abraço, saúde e bom fim de semana
Mais um belo capítulo que muito gostei de ler
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Cumprimentos poéticos..
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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É preciso que todos estejam de acordo principalmente os compradores :))
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Sonhos vagos mergulhados na ilusão
Beijos e um excelente fim de semana.
Edite Lima disse…
Olá ! E a história continua .Gosto de acompanhá-la .Abraços .

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