A PROPÓSITO DE

A propósito de uma das crónicas da Revista "Pública", o texto de "Perdidos no Correio" é uma pequena maravilha.
Estou a escrever sobre esse texto, porque me identifiquei com a situação;

uma situação vista pelo lado masculino,
mas com a mesma angústia e dor que eu conheci.
A dor no masculino que existe e de que nunca nos lembramos!

O título é "Escrevo-te para devolver o que não deste"

e fala de promessas que não foram cumpridas,
de uma esperança que morreu aos poucos,
a desilusão, a resignação, a espera por um telefonema que nunca veio.
Passei por uma situação semelhante

tardes inteiras à espera de um telefonema
ou respostas
a SMS ou mensagens esquecidas no Voice Mail.
Às vezes, havia resposta – uma corrente de palavras duras, ofensivas, insultuosas que me faziam chorar e perguntar "Porquê?".
Tal como o autor deste texto, "fartei-me" e mudei de atitude.
A partir daquele momento, seria ele, se quisesse estar comigo, que viria ao meu encontro. E nunca o fez!
No fim, o autor escreve "Escrevo-te para devolver o Outono", querendo, talvez dizer que perdeu parte da vida dele à espera de alguém que mentiu.
Eu nada escreveria, porque, como procuro o lado positivo das situações,

foi ele que me devolveu qualquer coisa:
O meu nome e a minha libertação!
Podem perguntar "Mas, não sabias isso???"
e eu direi
"Não, não sabia, porque sempre tive medo de descer até ao fundo do poço."

E não quero voltar a descer!

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