UMA CARTA


Hoje, apetece-me escrever uma carta!
Uma carta só pelo prazer de a escrever, pois não a vou enviar a ninguém!
Uma carta dirigida a todos e a ninguém em especial!
Só tentar recuperar uma forma de escrita,
esquecida, desprezada,
perdida numa tecnologia
que está a conquistar este mundo e promete conquistar o próximo.
Não sei onde estarei nessa altura;
talvez já tenha emigrado para Marte
ou seja já possível descer no Sol.
Por isso, esta carta pode ser para a mana Cristina,
a contar idiotices
que o nunca são,
porque como há intimidade e amizade total,
ela saberá ler nas entrelinhas e tentará descobrir se há algum problema camuflado naquele rol de anedotas.
Ou então ao meu amigo "perfeito",
para brincar mesmo com ele e desafiá-lo para um programa especial.
Ou até mesmo a ti,
que manterás o silêncio,
me tratarás como uma desconhecida
e eu consolar-me-ei a procurar novas formas de preencher a minha vida.

Como Marisa Monte diz no refrão de "O Bonde do Dom":
"juntando rimas
como um pobre popular
estou bem na vida
com você no altar"

e é isso que eu tento fazer
– estar bem na vida,
com a vida e
com todos aqueles que são meus amigos!

Comentários

Amita disse…
Olá Marta. Entrei para te desejar um bom dia e deixar-te uma flor.
Entrei de fugida (o trabalho me espera), mas antes de sair felicito-te pelos bons artigos que escreves. Um bjo.

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