HOJE

Hoje o texto que tenho que traduzir para Francês faz a seguinte pergunta:

“Há ou não há uma escrita feminina?”

A verdade é que nunca pensei nisso – mas considerando todos os aspectos da questão, talvez possa dizer que sim, que os meus textos são femininos, respiram quando eu respiro, choram quando eu choro e riem quando eu rio.

E, agora mais do nunca, pois estou a ceder aos sussurros do meu coração e a apaixonar-me.

Não a pensar que me estou a apaixonar; a apaixonar-me mesmo, a deixar que os meus sentidos se misturem, que o coração fale mais alto e não me deixe recuar.

Perante alguém que me está a conquistar, cada dia um pouco mais e eu fico apreensiva se o telefone não toca àquela hora e não o ouço dizer-me “Hello?”

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