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  Contudo, a proposta é para trabalhar como organizadora das missões, ser o elo de ligação entre os voluntários e a casa mãe. Gerir os donativos, estabelecer contactos com o público, o que é que acha? a Clarinha diz que sim, está interessada, os detalhes serão discutidos mais tarde. Ao sair, resolve dar uma volta, passa mesmo rente ao colégio do filho, reconhece a sogra e por isso, atravessa a rua, entra numa confeitaria. Procura uma mesa, fica mesmo em frente do portão de entrada do colégio, vê os miúdos a saírem. Qual deles é o Luís? Não vê desde os seis meses, calcula que seja aquele menino de cabelo escuro e calções azuis, a sogra dá-lhe um grande abraço. A Clarinha bebe um gole do café, deve ou não ir ter com eles? não, terei que falar primeiro com o Mateus, estabelecer um plano, pensa, talvez seja melhor falar com o advogado. Tão embrenhada está nestes pensamentos que não dá conta que a sogra entra na confeitaria e senta-se numa mesa próxima à dela. A sogra fica surpreendida,...

  Mas, antes que a Clarinha decida alguma coisa, o ex-marido aparece uma noite em casa do sogro. Como soube do regresso da ex-mulher, não explica, pede imensa desculpa por aparecer assim, sem avisar, tinha que falar contigo, saber o que pretendes fazer, explica, o nosso filho tem a vida organizada, não quero perturbações. Não tenciono fazer nada disso, assegura a Clarinha, ainda nem sequer decidi se o vou ver ou não! O Mateus respira fundo, vejo que não mudaste, diz, continuas a ser irreverente e a ex-mulher sorri, e tu o mesmo moralista! Ok, quando tomares uma decisão, se é que vais tomar uma, acrescenta, fala com o meu advogado. Depois, veremos! Despede-se do Inspector e saí para a noite, está atrasado para o turno. O Inspector olha severamente para a filha, o que é que tu queres fazer, Clarinha? pergunta e a filha encolhe os ombros. Sinceramente, não sei, repete, tenho que pensar bem se quero continuar ao serviço da organização! O Inspector Bernardes fica surpreendido, sempre di...

  A Matilde diz tudo o que lhe vai alma, algumas coisas bem injustas, mas a Clarinha não a interrompe. Sente que a irmã precisa de desabafar, em certos pontos até tem razão, a palavra certa é abandono, ela abandonou tudo por amor a uma causa. A Matilde para de falar, tem que respirar, sente-se tonta e a Clarinha rebate calmamente o discurso. Cala-se finalmente, a Matilde não diz mais nada e é o Gustavo que desanuvia o ambiente pesado que reina na cozinha. O Gustavo também a repreende, mas as palavras são gentis, há uma ligeira troça, espero que fiques algum tempo, remata, o Pai precisa de ajuda! Estou perfeitamente bem, contrapõe o Pai, vamos jantar a qualquer lado? Ou encomendamos por telefone e comemos aqui? Talvez seja melhor encomendar, responde a filha mais velha, estamos muito emotivos! Sim, concorda o Pai, não vamos fazer cenas no restaurante! Aliás, hoje não se fala mais no assunto, vamos apenas gozar a vinda da Clarinha, e sorri. O Gustavo encomenda pizzas, a Matilde põe a...

  É o próprio director da missão quem lhe entrega a carta do Pai marcada " URGENTE". A Clarinha fica perplexa, sabe que está em falta com a família, já lhes devia ter escrito, enviado um email, um SMS a dizer que está tudo bem, mas o trabalho é tão exigente que tudo o quer é tomar um banho e dormir. Lamento, murmura o director e a Clarinha fica assustada, alguém morreu? Mas quem? O Gustavo, a Matilde, um sobrinho? O filho? Não pode ser o Pai se é ele quem escreve. Abre a carta apressada, lê a primeira linha, abafa um grito, foi a Mãe, um ataque cardíaco fulminante, mas porquê? a Mãe era uma senhora ainda jovem, cheia de energia e criatividade. Faz o saco à pressa, apanha uma boleia até ao aeroporto mais próximo e um dia depois, aterra na cidade onde sempre viveu. A Tia Rita está à espera dela, como sempre elegante, mas a sobrinha não gosta de a ver de preto, torna a notícia mais verdadeira. Choram as duas, a Rita é a primeira a desfazer o abraço, é melhor irmos, diz, o teu Pa...

  Todos têm uma história sobre o Nicolau para contar, há gargalhadas e é o António quem sugere que se reúna essas histórias num livro. A minha filha Sofia pode ajudar na revisão, diz quando protestam que não são escritores, e o Nicolau ia gostar, concluí. E em homenagem ao Nicolau, interrompe o Major, eu vou organizar uma caminhada...e a Natália ri, mas isso era uma coisa que ele não fazia, diz. Ah, mas era um grande apoiante, responde o Major, estão todos convidados e no regresso, podemos ficar na quinta dos teus Pais, António? e todos riem. Notícias sobre o livro e sobre a caminhada correm céleres, o Major tem que organizar uma segunda caminhada, já que o limite de participantes, decidiu, é de quinze pessoas. Quanto ao livro, a filha do António, a Sofia adora a ideia, mas a Natália rejeita a ideia de um segundo volume, estamos a andar depressa demais, exclama, temos que ver como as pessoas reagem.  A Mariana quer acompanhar o Pai na primeira caminhada, a Glória é contra, and...

  A Natália quebra a exigência, conta que a Universidade convidou um escritor amigo do Nicolau para abrir a exposição, vai haver uma Masterclass e também um debate. O Nicolau ia gostar, observa e o Major sorri, o velho Nicolau gostava de uma boa festa, de boa comida e bons vinhos, responde. E adorava conversar, recorda a Glória, tenho saudades dele e suspira. Todos temos, diz o Major e ficam todos em silêncio uns minutos, a pensar no Nicolau com a sua eterna boina basca. No dia de abertura da exposição, todos os amigos do Nicolau estão presentes, a Teresa e a Madalena fizeram questão em organizar o buffet, selecionaram os vinhos favoritos do escritor, apresentaram algumas das iguarias descritas nos livros. Claro que as modernizamos, confessa a Teresa à Natália que parece estar mais sorridente, mais leve, tem um corte novo de cabelo. A viagem fez-lhe bem, murmura a Madalena, tinha mesmo que sair daqui, notava-se que ela estava muito abalada. Nunca pensei que a relação entre eles res...

  A Natália acaba por concordar que o escritório do Nicolau faça parte do núcleo da Universidade, apenas exige que não haja alteração na disposição do mobiliário e dos livros, apenas o necessário para a conservação. As obras para encerrar a parte privada e adaptar as divisões começam, a Natália fica umas semanas em casa da Glória. Entretanto, o Major recebe um convite da Universidade, o primeiro grande evento da Fundação vai ser uma exposição sobre o Nicolau e a sua obra. Como o Senhor trabalhou com ele, não quer expor também os Mapas que fez? sugerem e o Major fica entusiasmado com a ideia. Até abre a sala dos Mapas e deixa as filhas entrarem, a mais nova encolhe os ombros e volta a sair, mas a Mariana adora, faz imensas perguntas e o Major descobre que a filha tem um talento nato para o desenho. Sentam-se no sofá, a Mariana mostra-lhe o livro de esboços e o Major fica surpreendido pela qualidade e visão dos mesmos. Queres saber que o Amadeu e a Mariana foram fazer uma caminhada n...

  Por isso, decide viajar durante algum tempo, estou atordoada, confidencia à Glória, tenho que pôr a cabeça em ordem. Até compreendo, afirma a Glória mais tarde, o Major foi almoçar com ela, têm decisões a tomar relativamente às filhas. O Major está a pensar em abrir uma conta poupança " para as despesas com a universidade das miúdas", a Glória concorda, mas elas têm que compreender, frisa, de que a vida tem altos e baixos e elas têm que estar preparadas para isso, ou seja, podem saber que não lhes vai faltar nada, só têm que o merecer. Também conversa com o Francisco sobre o assunto, oferece-lhe um determinado montante, mas o filho recusa, não, não, Pai, tenho que me desenvencilhar sozinho, diz, aproveita, viaja também. Parte à procura de mapas, de batalhas antigas. Até é uma boa ideia, pensa o Major e a primeira paragem da viagem será novamente o local exótico onde o Frederico morreu. Mas o que esperas encontrar lá??? a Glória está exasperada, exploraste todas as possibili...

  O advogado diz que o Nicolau deixou instruções muito claras sobre o funeral e que a leitura do testamento está marcada para dali a três dias. O Sr Major também deve estar presente, informa, e o Reitor da Universidade, e despede-se, tem assuntos a tratar com o Hospital. Sabias que ele tinha deixado testamento? pergunta o Major, a Natália suspira, abana a cabeça, não, não me disse nada. Havia coisas que ele gostava de manter privadas e esta é uma delas. Aparece muita gente no velório, antigos alunos,  antigos colegas, o pessoal da editora e a Natália sente-se cansada por ter que apertar a mão a tanta gente, ouvir tantos elogios A Glória está preocupada, ela devia descansar mais, desabafa com a Teresa, já tentei falar com ela, comenta a amiga, mas ela afirma que está bem, que descansa depois. A Natália gostaria de ir para fora depois do funeral, mas o advogado telefona-lhe, comunica-lhe que estará lá em casa no dia seguinte às três da tarde. O Major aparece por volta das duas e...

  A Glória e o Major decidem divorciar-se, é o melhor para todos, justifica-se à Natália, o Amadeu está diferente desde que o Frederico morreu. Segue qualquer pista, fala com todas as pessoas que possam ter contactado com ele...Não aguento mais! A Natália não responde, a vida dela também está muito complicada, o Nicolau adoeceu gravemente, os médicos não estão optimistas. Terei que tomar alguma decisão drástica? pensa, mas o Nicolau pensou em tudo, deixa um testamento vital e não será reanimado se tiver uma outra crise. O Major fica chocado com a doença do amigo, aceita passivo a decisão da Glória, preferia que tivéssemos uma discussão violenta, desabafa com a Teresa e procura um apartamento perto da zona do colégio das filhas. O apartamento é espartano, só tem o essencial, conta a Mariana, a filha mais velha à Mãe, podemos decorar o nosso quarto à vontade, mas nada de tocar no resto da casa. Ah, e nada de entrar na sala dos Mapas, acrescenta. O Major continua apaixonado por mapas,...

  Mas esqueço o casaco, a Clotilde, o Juca e a Francisca, porque a semana é complicada, o meu professor já leu o meu relatório, acha-o " pobre". Parece que fizeste " copy" e " paste" de um artigo qualquer, acusa-me, não estás a dar a tua opinião possível, a explicar o que aprendeste, como podes aplicar esses conhecimentos! Revê, apresenta-me um relatório com cabeça, tronco e membros! A Carmen lê, concorda com o professor, pois, é o que dá, concentrares-te no divertimento e não no que estás a aprender, diz, podes fazer as duas coisas sem derrapar. Como a tua prima Francisca! Está calada! Não me fales da Francisca, tão santinha, sou malcriada, a Carmen encolhe os ombros, afasta-se, deixa-me a resmungar sozinha a rever os comentários escritos a vermelho pelo professor. Infelizmente, o Pai vê o relatório, nota os comentários, interroga-me sobre o assunto, oh, Maria Rosa, o objectivo do estágio foi observar novos métodos de ensino, de trabalho, as tendências e ...

  Fico calada, a Francisca suspira, já vi que não queres responder e isso não é bom sinal, observa, mas mantém-te longe de mim e do Juca. Lamento ter que pedir isso, mas é melhor para as duas. Nem espera que me levante e a acompanhe até à porta, sai discretamente e eu continuo sentada no sofá, a pensar que nunca compreenderei as pessoas. Mas o que é que tu querias que ela fizesse??? grita o Miguel quando lhe conto a cena durante o jantar, ele e a Lena vieram até à cidade tratar de assuntos relacionados com a quinta e a loja. A Francisca demonstrou lucidez, discrição e deu-te uma oportunidade para te explicares, diz a Lena, porque é que não aproveitaste?  Isto é uma tempestade num copo de água, replico, só quis brincar um pouco, ele pareceu receptivo. Pelos vistos, não, interrompe o meu irmão, ele achou-te graça, não quis ser malcriado. Vê se cresces! continuas a ter atitudes muito infantis, não aprendeste nada com o que te aconteceu? Cala-te! claro que foi um momento complicad...

  Encolho os ombros, estou decidida, vou seduzir o Juca e irritar a Francisca. A minha prima precisa de ter alguma agitação na vida, sempre presa às regras, aos livros. Ao princípio, o Juca acha-me graça, conto imensas histórias sobre o estágio, até invento detalhes para as tornar mais picantes. Estás a exagerar! protesta a Francisca, mas eu e o Juca rimos-nos. Vais ter problemas, avisa a Carmen que almoçou também connosco, ele está a gozar contigo e a Francisca está a ficar irritada. Quero apenas divertir-me, afirmo, é preciso brincares com os sentimentos dos outros? pergunta a Carmen e afasta-se. Suspiro, esta gente não sabe divertir-se, penso, que mal faz um pequeno jogo de sedução? Mas a Carmen tem razão, a Francisca está a ficar irritada e aparece em casa do Pai de surpresa ao fim da tarde. Como é que sabias que estava aqui e não na casa da minha Mãe? questiono quando lhe abro a porta e ela entra para a sala. Sorte, responde lacónica, temos que conversar, conversar o quê? fost...

  A Francisca fica surpreendida, já não somos grandes amigas, temos outras prioridades e interesses, mas é educada e apresenta-me ao amigo, Juca Gonçalves. Juca? repito e o Juca sorri, chamo-me João António, explica, mas todos decidiram chamar-me Juca, acho que foi a minha irmã quem começou. Ah, digo, há quanto tempo que não te vejo, Francisca, já entregaste o teu relatório de estágio? Como sempre, estou atrasada. Então, estiveste com a Francisca na Bélgica? pergunta o Juca e a conversa desenvolve-se a partir daí, quis saber o que estou a estudar, as minhas impressões sobre o estágio. A Francisca fica calada, ignora as tentativas do Juca de a atrair para a conversa, mas eu continuo a debitar, apenas oculto a gravidez indesejada e o aborto posterior. Esse é um assunto de família, como frisa o meu Pai, espero que tenhas aprendido a lição e saibas lidar com as situações a partir de agora. Ok, não te enerves, vou ser uma menina bem comportada, penso, mas aqui estou eu a apreciar o amig...

  Bolas, duas vezes bolas! a minha Mãe não gosta que eu faça comentários destes, mas é a pura verdade! Não tomei as devidas precauções e aqui estou grávida... e o mais grave é que o Pai é estrangeiro e sei lá por onde anda. Quando soube, a Mãe fez um discurso inflamado, quase me insultou e só não me bateu porque o meu padrasto interveio. Sensatamente, telefonou ao meu Pai que se apressou a vir apesar da hora tardia. Ouviu-nos até ao fim sem interromper, a melhor solução é o aborto, diz, vocês devem conhecer alguém de confiança que a possa ajudar, e o meu padrasto acena que sim. Depois, acrescenta o meu Pai, teremos que falar seriamente sobre precauções, vida sexual saudável, etc. Não gostei da solução, muito menos da conversa que a Tia Teresa teve comigo, porque a Mãe recusou-se a falar sobre o assunto e o Pai considerou não ser a pessoa adequada para aquele género de conversa. Em que mundo é que vives? pergunta o meu irmão Miguel, com tantas soluções disponíveis, deixas que isso a...

  Confesso que não penso muito na viagem, há tanta coisa a fazer, chovem encomendas, pedidos para workshops, a Lena é uma ajuda preciosa. A Rosália telefona a dar notícias, estão as duas óptimas, a Laura adora a praia, só regressam ao hotel ao fim da tarde para jantarem e explorarem a vida nocturna. Parecem estar satisfeitas, comenta a Lena naquela noite, devem regressar depois de amanhã... O quê? interrompo surpreendido, já passaram os dez dias? Isso significa que tenho que as ir buscar ao aeroporto e tenho tanto que fazer. Não te preocupes, a Lena sorri, já está tudo combinado, aliás, penso que merecemos ter um fim de semana fora daqui. Por isso, telefonei à Tia Rita e a tua Mãe pode passar lá o fim de semana e regressar na segunda feira de manhã. Sorrio também, é uma boa ideia, concordo, merecemos, sim, um fim de semana de festa, temos trabalhado imenso, e sento-me para ler o plano pensado pela Lena. Decidimos partir de manhã na sexta, o avião da Mãe só deve chegar a meio da tar...

  Até não acho que viajar seja uma má ideia, continua o médico, só que não deve ir sozinha, alguém da família, uma amiga... E com tudo planeado para não haver surpresas, sublinha. Não tenho a certeza disso, penso, acho que o Tio António também tem as mesmas dúvidas, mas temos que tentar. É a Lena quem se lembra da Rosália, a filha do caseiro que trabalha em part-time na loja, está a estudar Ciências Informáticas e o maior sonho dela é viajar. Ela conhece bem a Laura, sabe lidar com ela, é perfeita, diz, podemos pagar-lhe as viagens e as estadias, o resto fica por conta dela. Posso falar com ela, e a Rosália aceita entusiasmada. Por isso, nessa noite, o Tio António explica o que vai acontecer à Mãe, vais viajar até Palma de Maiorca, e levanta a mão quando a Mãe tenta protestar, por dez dias. A Rosália vai contigo.... A Rosália???? interrompe a Mãe, a que propósito? Não preciso de aia!!! mas é a única forma de te deixarmos ir, esclareço, vais com tudo marcado, um determinado montante...

  A Avó deixa uma renda vitalícia à Mãe, esta sorri vitoriosa, quase que adivinho os pensamentos, posso viajar à vontade e vocês não me podem impedir! Contudo, o montante a pagar bem como a periodicidade será decidido pelo Tio António e por mim e vejo o sorriso desaparecer lentamente da cara da Mãe. Não é justo, grita quando o advogado arruma os papéis e se vai embora, tudo vai depender da tua generosidade??? A Mãe encontrou uma forma de não espatifares tudo de uma vez, responde o Tio Gonçalo e quase caí com a bofetada estrondosa que a Mãe lhe dá. A Tia Rita apressa-se a segurar-lhe o braço, também eu estou furioso, sua ingrata!!! exclama o irmão, tornaste a vida dos Pais um inferno e ainda dizes que não é justo???? E já pensaste em nós??? Acabou, declara o Tio António, vamos ter calma, vão dar um passeio, eu e o Miguel vamos ter uma conversa e todos obedecemos. Já que a tua Avó determinou que as coisas se passassem assim, o Tio é o primeiro a falar, temos que decidir algumas coisa...