PEDRO PARTE III

 

A conversa é agradável, a comida óptima e quando nos despedimos, trocamos os nºs de telemóvel.

Volto para casa, tomo um duche e começo a abrir outras caixas, esta casa tem que estar em ordem.

Telefono ao Miguel, ele tem um jogo esta tarde, está muito entusiasmado e por isso, a conversa é curta, mas estou feliz porque sinto que ele está interessado, integrado no grupo.

Tento falar com a Maria Rosa, a Beatriz diz bruscamente que está numa festinha de anos, ok, respondo, telefono ao fim da tarde e a minha ex-companheira desliga antes de me despedir.

Suspiro, a Beatriz está a ficar insuportável, penso e continuo com a tarefa em mãos.

A Teresa telefona-me, quer saber se estou bem, está preocupada, já conheceste alguém? pergunta, não gosto de nada de saber que estás aí sozinha, sem uma rede de amigos, acrescenta.

Rio-me, a minha mana mais nova sempre a pensar nos outros, és uma boa irmã, Teresa! comento, oh, diz a Teresa, conversamos mais uns minutos e desligamos.

Estou tão concentrado na tarefa que nem dou conta das horas passarem.

São quase sete horas, estou esfomeado, abro o frigorifico, exploro o conteúdo, o pão está fresco, estaladiço, uma sande de presunto e queijo, aqueço sopa.

Volto a telefonar para casa da Beatriz, a Maria Rosa veio muito cansada, explica, já está a dormir!

Tão cedo? repito, porque é que não me telefonaste então? Ok, telefono amanhã por volta das dez, pode ser?

Amanhã, vamos almoçar a casa do Tio Antunes, interrompe a Beatriz, vamos sair cedo, sabes que não atendo o telemóvel enquanto guio e há pouca rede em casa do Tio!

Pareces que não queres que eu fale com a minha filha, observo e a Beatriz fica calada por uns segundos, que disparate! reage, mas eu fico a matutar no assunto.

Se calhar, vou ter que ir aí no próximo fim de semana, desabafo com a Carolina quando ela me telefona por volta das nove horas.

Encontrei-me com a Beatriz noutro dia à porta do jardim-escola, conta a Carolina, convidei a Maria Rosa para lanchar com a Matilde e o Luís, a miúda pareceu gostar da ideia, mas a Beatriz não deixou.

Estou a ficar preocupado, confesso, seja como for, amanhã vou tentar novamente e depois vejo que atitude a tomar.

Falamos mais uns minutos, sento-me a comer  e a rever a conversa que tive com a Beatriz.

CONTINUA


Comentários

Lendo, gostando, elogiando, acompanhando.,..
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Poema: Dia da Mãe … Saudade …Abraço poético.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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É muito complicado quando os filhos são impedidos de ver os filhos. Oxalá se entendam!
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Para todas as Mães, dos quatro cantos do Mundo.

Beijos, bom fim de semana.
Quase Cinderela disse…
Não estou a gostar da Beatriz, realmente parece que está a usar a filha para se vingar do marido...
Beijinhos
Elvira Carvalho disse…
Esta Beatriz está-nos a sair pior que a encomenda. E é ela psicólogo? Meu Deus que pena dos seus doentes.
Abraço e saúde

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