PERGUNTAS E MAIS PERGUNTAS

Quando era pequena, tinha a mania de fazer uma pergunta e dar eu própria a resposta!
Era um “mau hábito” que exasperava a minha mãe, mas fazia rir os outros!
Depois, deixei de fazer perguntas e até mesmo de dar respostas.
Não sei se era porque não gostava das respostas que obtinha; se porque era mais fácil “deixar correr” do que procurar e deslindar o que estava mal!
“Tenho tempo” e adiava sempre a decisão para o dia seguinte, para o mês seguinte, para o ano seguinte.
E, se bem que o tempo possa ser um bom amigo, também se torna num inimigo mortal.
Porque houve decisões que adiei, que podiam ter resolvido muita coisa e agora tenho que me adaptar às circunstâncias.
Recomecei a fazer perguntas, mas agora faço-as de uma maneira diferente.
Quero esclarecer uma dúvida, saber uma opinião, pedir um conselho, mas exponho o que penso, digo porque é que fiz isto ou aquilo e até posso estar insegura, baralhada, vulnerável.
Não tenho vergonha de o admitir, porque posso modificar muita coisa, mas esse traço do meu carácter - não o posso eliminar completamente!
Posso e vou continuar a trabalhar no lado positivo, tornar-me mais forte, com mais certezas, mas essencialmente aprendi que há muita coisa em que só em mim devo confiar.
Por vezes, ainda faço uma pergunta e dou a resposta, mas é só para brincar com a minha mãe, porque temos que nos rir.
Como alguém me disse, nem tudo neste mundo é uma punição e a minha cruz já é muito pesada.
Talvez não deva falar assim, mas é o que sinto, às vezes!

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