O DIVÓRCIO FIM

 

Mas a verdade é que tanto a Teresa como o António estão surpreendidos pela atitude da cunhada, como convencer a Francisca de que a Mãe precisa de espaço, de tempo para se reconciliar a situação.

Os dias passam, a Rita não dá notícias, a filha continua desesperada, até pensa em telefonar para a Polícia e dar a Mãe como desaparecida.

O Pai impede-a, o António telefonou-lhe, pede-lhe para vir, a tua filha precisa da tua ajuda, diz e o Gonçalo aparece de surpresa uma noite, está a Francisca a tentar ligar novamente para a Mãe.

A tua Mãe precisa de tempo e espaço, repete, concordo contigo, devia ter confiado em ti, explicado o que se passa com ela, mas a Rita pode ser muito teimosa. Há três ou quatro locais onde ela pode estar...

Então, vamos lá, interrompe a filha, mas o Pai abana a cabeça, não, temos que ter alguma diplomacia, a tua Mãe está magoada, explica.

O cunhado Bernardes também concorda, não acha absurdo como a Francisca separarem-se, ir cada um a um local diferente.

São os locais favoritos dela, deve estar num deles, observa o Gonçalo, quem a encontrar, avisa os outros e vamos lá ter para uma conversa em família.

É o Inspector Bernardes quem a encontra naquela vila piscatória, alugou uma casa com vista para o mar e a Rita não fica muito satisfeita quando o vê, menos ainda quando ele lhe conta que a Francisca e o Gonçalo vêm a caminho.

Assustaste toda a gente, Rita, recrimina o Bernardes, coitada da tua filha! não merecia isto, se não querias falar com os outros, compreendo, mas a tua filha!

Eu sei, eu sei, Telmo, mas precisava de espaço, de me reencontrar, defende-se a Rita, ora, Rita, és uma mulher inteligente que sempre deste a volta por cima, o que é que te impede de o fazeres novamente?, o Inspector não mede as palavras, e não, nada de desculpas, se há alguém que o consegue, esse alguém és tu! Pensa na Madalena, no que ela te diria se te visse assim, a desistir!

Aparecem lágrimas nos olhos da Rita, o cunhado suspira, ouve-se um carro a parar, a Francisca aparece a correr, oh, oh, Mãe, grita.

O Inspector afasta-se, as duas têm que conversar sobre o futuro e isso não lhe diz respeito.

Por isso, mete-se no carro, cruza-se com o Gonçalo à entrada da autoestrada e acena-lhe, mas não para.

A vida continua, só lamenta que a Madalena não esteja com ele.

FIM



Comentários

Terei que ler desde o início, mas gostei do que li!

Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Ohh eu estava à espera que houvesse uma reconciliação :))

Mais um fabuloso conto. Obrigada, Marta!
.
Sem rumo. Refletindo...
.
Beijos e uma boa noite
Elvira Carvalho disse…
Vamos ver se a Rita recupera ou não, quando, Marta? Ficamos sempre a imaginar uma série de cenários.
Abraço e saúde

Mensagens populares deste blogue

ABSURDA

O PROBLEMA DO GONÇALO PARTE II

O PROBLEMA DO GONÇALO