PASSEAR NAS OU COM AS NUVENS


Ando a passear pelas nuvens.
Literalmente e lembro-me que há um filme com esse título:
“Um Passeio nas Nuvens
Não vou contar a história; é mais uma história de amor – banal o tema, mas retratado com tanto calor, com tanta abnegação, porque aquele homem, ao apaixonar-se profundamente por aquela mulher, aceitou incondicionalmente a gravidez dela, o filho do outro homem que a abandonou.
Aquela criança ia ser muito amada e feliz, porque nem todos os pais se amam assim.
Incondicionalmente!
Amam a criança sim,
mas podem não amar um ao outro;
pode nem sequer haver amizade
entre a mãe e/ou o pai dela!
Sei que o meu passeio nas nuvens tem os dias contados; sei que, um destes dias, posso chocar com uma nuvem mais pesada, atormentada, dorida, negra que vai fragmentar a minha em mil pedaços.
Sem regresso!
Sem compaixão!
Lenta ou repentinamente
!
Mas, como já não estou verdadeiramente sozinha, vou reencontrar a minha auto-estima (que ficará abalada) nos meus projectos, nas minhas conversas com as gaivotas, o mar e com o vento.
P.S: A foto é de Dane Gerneke

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