VIVER COM O MAJOR - PARTE IV
A nova casa fica pronta e o Amadeu diz que temos que dar uma festa de inauguração.
O grupo do Clube de Leitura comparece em peso, a Carolina e o marido também e eu convido alguns colegas da Universidade.
O Nicolau está bem disposto, o novo romance está a ser um sucesso e conta histórias hilariantes sobre as palestras que dá.
Será verdade? pergunto baixinho ao Amadeu e este ri-se alto, o Nicolau tem um sentido de humor caricato, parece ser muito formal, mas acredita, não é.
Dá-me um beijo na face, afasta-se, o Bernardo quer falar comigo, diz alegremente, mas eu sei que não está.
Os filhos declinaram o convite, veio apenas a Catarina, a ex-mulher do Frederico.
O Amadeu tem pena que eles se tenham divorciado, eu não tenho tanta certeza, a Catarina é uma rapariga atraente, estava a ser mal amada pelo Frederico.
A festa é tão divertida que o último convidado só saí depois da uma da manhã.
Estou tão cansada que decido arrumar no dia seguinte, não te preocupes, eu ajudo-te, promete o Amadeu.
Mas quando acordo às onze da manhã, ele ainda ressona e nem dá conta que me levanto.
Aparece duas horas mais tarde quando a cozinha já brilha e dou os últimos retoques à sala.
Devias ter-me acordado, censura, mas eu rio-me e desafio-o para uma corrida.
A esta hora? estranha, na passadeira, no ginásio, esclareço e depois de um duche rápido, lá saímos de casa.
Não sei se é a diferença de temperatura, sinto-me tonta, tenho que me agarrar ao balcão e sinto-me cair.
Glória, Glória, o que se passa? ouço ao longe a voz do Amadeu.
CONTINUA
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Abraço e saúde