O NAMORADO - PARTE II
Os meus Pais estão encantados com a Filipa, as minhas irmãs invejam-lhe a roupa e eu sinto-me orgulhoso.
O jantar é um sucesso, à saída, a Filipa deixa um convite: a Mãe vai dar uma pequena festa e gostaria muito que fossem, frisa.
Os meus Pais estão indecisos, não será cedo demais? pensam, mas acabam por concordar.
Nós também? querem saber as minhas irmãs e a Filipa sorri, claro que sim, esclarece.
Oh, Mãe, não tenho nada para vestir, ouço-as assim que fecho a porta e acompanho a Filipa ao elevador.
Diz que a Zara tem coisas giras e em conta, aconselha a minha namorada e eu rio-me.
Tens que me dizer alguma coisa sobre os Pais dela, pede a Mãe, sei que a família é grande e unida, vê-se pela forma como a Filipa fala deles.
Faço um pequeno resumo, a Mãe diz que está curiosa e pergunta se uma tarte de pêssego é suficiente.
Não quero chegar lá de mãos vazias, explica, o teu Pai vai levar vinho para o dono da casa.
Concordo, a tua tarte de pêssego vai ser um sucesso e sou encurralado no corredor pela Gabriela que quer detalhes sobre os irmãos da Filipa.
O que é que isso interessa, pirralha? e a Gabriela fica furiosa, atira-me um soco a que me esquivo com destreza.
Aquelas duas passam horas a falar de toilettes, se os teus irmãos são giros ou não, confesso à Filipa durante um almoço na Universidade.
Não te esqueças de dizer que o Matias tem nove e o Edgar oito e a Inês fez dezoito meses, responde a minha namorada, divertida.
No dia da festa, a Gabriela e a Guiomar estão tão excitadas que o Pai tem que se impor, ou se calam ou não vão a festa nenhuma.
CONTINUA
Comentários
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A imaginação duma dança sem chão.
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Beijos e uma excelente dia!
Abraço e saúde.