O CASAMENTO PERFEITO - PARTE IV
Mudar de casa é uma boa oportunidade para nos concentrarmos noutra coisa; temos que decidir o que vai para a casa nova, o que vamos doar e o que vamos vender.
Eu queria uma mobília nova no meu quarto, mas a Mãe diz que não é possível.
Quem me salva é a Rita, oferece-me uma colcha e uns cortinados novos.
Pinto a minha velha secretária, coloco umas prateleiras na parede e o meu canto de estudo fica todo moderno.
O Gustavo e uns amigos pintam o quarto dele e o resultado é que parece ser mais uma caverna do que um quarto de dormir,
A Clarinha assusta-se, a Mãe suspira, este meu filho tem umas ideias estranhas, mas o Gustavo defende que é o refúgio perfeito para um homem.
O António ri-se, acha piada, eu também tenho um, diz, mas a Teresa chama a atenção de que não é a "caverna do Batman".
O Pai não diz nada quando lá vai buscar a Clarinha para passar o fim de semana com ele.
De vez em quando, eu e o Gustavo almoçamos ou jantamos com ele, mas se estamos ocupados, o Pai não insiste.
A Rita não acha que a nossa atitude seja a mais correcta, ele continua a ser o vosso Pai, comenta, mas o Gustavo apenas encolhe os ombros, magoou a família e ainda não estou pronto para perdoar.
Há alguma coisa a perdoar, pergunta a Rita e o Gustavo não esclarece o assunto.
A Clarinha conta que conheceu uma senhora muito simpática, almoçou com ela e com o Pai.
Depois, foram ao cinema, voltaram para casa, estiveram a jogar no computador e a senhora ajudou o Pai a deitá-la.
Mas não gosto dela, remata a Clarinha, mas a Mãe não faz qualquer comentário.
Não quero saber pormenores, explica, quero que ela perceba que o que faz em casa do Pai, fica lá.
CONTINUA
Comentários
Abraço saúde e bom fim de semana