VIVER COM O MAJOR - PARTE II


Para ser franca, não sei o que esperava, confesso à Natália no dia seguinte ao almoço.

Sempre frios, sempre distantes, ouviram sem interromper o Pai e no fim, olharam um para o outro e disseram " não" ao mesmo tempo.

Mas não porquê? foi a pergunta do Amadeu, ninguém vai ser prejudicado, venda ou alugue a casa.

É a casa onde sempre vivemos com a Mãe, não nos parece ser muito correcto vender uma coisa que ela adorava, explica o Frederico.

Sabes, nem me atrevi a respirar, achei aquilo um absurdo e depreendi que o Amadeu pensava o mesmo e a Natália toca-me na mão em sinal de solidariedade.

Foi uma discussão brutal, nem me atrevo a repetir o que disseram, porque o Frederico e o Francisco foram muito ingratos, continuo.

A Natália suspira e pergunta, mas decidiram alguma coisa?

Foi a Maria, a namorada do Francisco quem os acalmou, conto, achou a discussão um absurdo quando a solução era muito simples: vende-se a casa, divide-se o dinheiro e cada um investe-o como quer.

Por isso, em conclusão, o Amadeu já contactou uma agência imobiliária, deve ir lá hoje tirar fotos para colocar no site e vamos ver o que acontece.

O Amadeu está nervoso e eu também.

Durante uns dias, nem falamos sobre comprar ou alugar casas; o Amadeu começa a encaixotar objectos pessoais, alguns deixa em minha casa, o restante fica num armazém que aluga ali perto.

A minha casa torna-se pequena demais para os dois, começamos a ficar muito enervados e o Amadeu diz-me naquela tarde que há uns apartamentos interessantes, são perto da Universidade, vais gostar e já marquei uma visita para sábado.


CONTINUA


Comentários

Elvira Carvalho disse…
Parece que continuam egoístas e imaturos os filhos do Major.
Abraço e saúde
Mário Margaride disse…
Não é fácil viver com este Major. Mas, mais acordo ou desacordo, devem chegar a um entendimento.
Continuação de ótima terça feira!
Abraço!

Mário Margaride

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