DIÁRIO

Dia I

Falemos de tudo e de nada.
Rir, gritar alto, porque não?
Para quê ser discreto se puder
gritar com o Vento?
Apagar a troça da tua voz?
Surpreender a incredulidade no teu olhar?
Dia II

Sei que, às vezes,
te escrevo como se escrevesse num diário.
Planos, memórias, pensamentos.
Um dia completo da minha vida,
em que posso olhar o céu e encontrar
o contorno do teu corpo numa nuvem.
Depois, esta esfiapa-se,
dissolve-se,
e eu recorto-te na imagem perfeita
que fundeou na minha mente






Foto de Graça Loureiro "HuMa(N)aTuRe" (olhares)

Comentários

Nilson Barcelli disse…
Imagem fundeada na mente.
Excelente imagem, querida amiga.
Gostei dos dois poemas do teu diário. Muito bem.
Beijos.
Unknown disse…
Errarei se disser que esta edição tratou de

O desejo;
O ensejo;
A memória?

Boa noite, Marta
Sofá Amarelo disse…
Quando as imagens se fundeiam na mente é porque os contornos das nuvens embaladas no vento ganham formas de memórias e pensamentos... e é aí que apetece gritar, soltar os risos e navegar no vento...
Alberto Oliveira disse…
o teu diário eu li
com a atenção que merece
e o que escreves aqui
julgo ser o que parece.

julgo ser o que parece
vida que é realmente
quem a vive não esquece
e a tua mente não mente.

beijos, abraços e sorrisos.
Anónimo disse…
este conjunto está muito bem conseguido, marta. já tinha lido, mas só hoje me foi oportuno deixar-te um bem haja por este momento. beijinho.

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