O DOENTE PARTE II
Talvez não devesse ter visitado a Cristina no acampamento de refugidos, já se sentia febril, mas ela precisava tanto de ajuda...
Não sabe bem como definir como foi a experiência, mudou a perspectiva do problema e prometeu voltar.
Mas não agora... tem que recuperar e o médico não sabe se não ficará algum problema.
Na sala, os Pais continuam a falar, estão preocupados, não sabem como agir, o Bernardo é um homem com poder de decisão.
O que é que eu posso fazer? repete a Aída, estar presente, é tudo o que podemos fazer, aconselha o Pai.
O jantar é um pouco tenso, o Bernardo tem pouco apetite e recusa ficar lá em casa a dormir.
O Pai acompanha-o, a tua Mãe encheu o frigorifico, diz, também tens aqui várias ementas e nºs de take away, mas ela espera que vás lá jantar todos os dias.
Vou ficar bem, Pai, só preciso de descansar, interrompe o filho, amanhã falamos? Melhor não deixar a Mãe sozinha...
Quando o Pai bate a porta, o Bernardo senta-se na cama, está exausto, mas não consegue adormecer.
O sono vence-o por volta das três da manhã e acorda sobressaltado por volta das seis, sem saber bem onde está.
Lembra-se que regressou ao País, está de licença e por isso, deixa-se ficar na cama.
O SMS entra pouco depois, será da Cristina? rejeita de imediato a ideia, a amiga não tem tempo a perder.
É do Pai, a dizer que estão no Hospital, a irmã deve nascer hoje.
O Bernardo sorri, que coisa linda! Será um anjo ou uma peste? Que interessa? Vai enchê-la de mimo!
Talvez seja melhor ir para o Hospital fazer companhia ao Pai...
CONTINUA
Comentários
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Traçando os caminhos sombrios
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Beijos, e excelente fim de semana.