A REUNIÃO - PARTE III


" Um affair??? Quem, aquela mosca morta da Eduarda que mal fala? " Susana volta a rir e eu aviso:

" Olha as crianças!" mas também eu começo a ver o lado cômico da situação e desato-me a rir.

Aproveitamos ao máximo o fim de semana, pois a Susana entra ao serviço no domingo às oito da noite.

Depois de acalmar as crianças e as convencer a dormir, leio um bocadinho e apago a luz cedo.

 A manhã de segunda feira é sempre complicada, mas dou por mim a pensar nas razões por detrás da preocupação do Machado com a porta.

" O homem não regula bem da cabeça... Questiona tudo, não propõe nada..." divago, mas o telefone interrompe-as.

Trabalho como louco o resto do dia e já nem estou a pensar no Machado e nas preocupações dele quando recebo um telefonema estranho da Susana.

" Diz-me uma coisa: a porta estava aberta quando saíste esta manhã? pergunta.

" Estava... Porquê? O que se passou? " replico e a Susana diz que encontrou a porta fechada quando chegou às oito da manhã.

Tentou abri-la, sem sucesso, mas felizmente a D Filomena descia naquele momento.

Contudo, nem a D Filomena a conseguiu abrir e ficaram a duas sem saber o que fazer.

Uma não podia entrar e a outra não podia sair. A D Filomena voltou a subir para pedir ajuda ao filho e este telefonou aos bombeiros e um serralheiro.

" Só perto das onze é que consegui subir para descansar!" conclui a Susana, muito irritada e com toda a razão.



CONTINUA



Comentários

Sofá Amarelo disse…
Pormenores do quotidiano, pormenores sem a mínima importância, dirão alguns, tal como a canção, mas pormenores com toda a importância quando se trata de vidas, de relações e de acasos e intuições... e de portas que muitas vezes se fecham na vida sem se saber como e porquê...

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