MIGUEL, IRMÃOS E COMPANHIA - PARTE V


O ambiente estava a ficar muito pesado, explica e eu sento-me ao pé dela.

A Carolina é simpática, divertida e conversamos sobre tudo... 

Confidências sobre a família barulhenta, mas feliz até à indecisão entre escolher Letras ou Ciências.

Sou boa em ambas as áreas, explica, mas o que é que gostas verdadeiramente, insisto e a Carolina responde que é de Ciências Sociais, investigação sobretudo.

Fala com os teus professores, eles podem ajudar-te, aconselho e olho para o relógio.

Já passa da meia noite, melhor voltarmos para dentro, comento e ajudo-a a levantar-se.

O jardim está deserto e a festa parece ter terminado quando entramos na sala.

Olá, onde é que vocês estavam? pergunta a Maria, andei à vossa procura, mas depois fiquei sem ideias e desisti!

Estivemos a conversar no jardim, observa a Carolina tranquilamente e a Maria ri-se, isto era uma festa, não é para conversas estúpidas.

Não sabes se a conversa foi estúpida, interrompo, mas o Bruno chega entretanto e fica admirado por me ver ali no meio das duas miúdas.

Pensei que já te tinhas ido embora, precisas de boleia? posso pedir ao Pai da Carolina, acho que moram na mesma zona, sugere.

Onde é que moras? e quando confirmo o nome da rua, a Carolina volta a sorrir, moro duas ruas abaixo, não há problema, vamos então, diz.

Despeço-me do Bruno e da Maria que me surpreende, dando-me um abraço.

Entro no carro, cumprimento o Pai da Carolina, olho para trás e vejo que os dois irmãos ainda estão no pátio, parecem que estão a discutir.

Mas o Pai da Carolina quer saber se nos divertimos, a filha confessa que passou parte da festa a conversar comigo, o Miguel vai para a Universidade para o ano, estivemos a falar sobre opções, esclarece e a conversa incide sobre isso.

Deixam-me à porta de casa, viram na esquina e só quando deixo de ver o carro, é que subo.

A Filipa está na cozinha, está a fazer chocolate, oferece-me, queres? Conta-me como foi a festa.

Normal, com muito álcool e danças disparatadas, muito calor e acabei por ir para o jardim, conto, encontrei lá alguém com quem pude ter uma conversa interessante.

A amiga da irmã do Bruno, que é uma peste para ser franco, e a minha irmã quer saber porquê, mas é só um sentimento, não sei explicar claramente o que não me agradou na Maria.

Assusto-me com o toque do telemóvel, quem é a esta hora? a minha irmã encolhe os ombros, não sou eu, murmura.

Como não reconheço o numero, bloqueio novamente o telemóvel.

CONTINUA



Comentários

Elvira Carvalho disse…
Curiosa para ver o que por aí vem. Terá sido a Maria que telefonou?
Abraço e um bom 2021. Especialmente que a saúde nunca lhe falte.
Mais um belo capítulo! :))
--
Que as luzes de esperança se renovem
.
Bem vindo 2021_____Beijos, e bom fim de semana!

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