O ESTÁGIO - PARTE VI

 

Acabam por lhe dar um sedativo e a Aída adormece num dos gabinetes das Urgências.

Ainda está a dormir quando, nas primeiras horas da madrugada, os médicos dizem que a operação foi um sucesso, o Bernardo está estável, mas as próximas horas são críticas.

Quando sabe, a Aída recusa-se a deixar o Hospital, mas o Bruno regressa a casa.

Tem que avisar a livraria que a Aída não vai trabalhar nos próximos dias, levar-lhe roupa limpa e falar com o médico de família.

Quer que o Bernardo seja transferido para um outro Hospital, perto de casa, mas o médico diz que é ainda cedo para falar nisso, mas claro que vai entrar em contacto com os colegas.

Quando regressa, a Aída está sozinha, o Gustavo teve que ir trabalhar, prometeu vir cá ao fim da tarde, explica e quanto ao Bernardo, os médicos estão satisfeitos.

Está a responder ao tratamento, pode deixar a unidade de cuidados intensivos no dia seguinte e, embora esteja ainda tonto, reconheceu-a.

Ok, vamos procurar um sítio para ficares, diz o Bruno, precisas de tomar um banho, dormir umas horas, comer qualquer coisa.

Mas o Bernardo pode acordar, protesta a Aída, mas o Bruno arrasta-a suavemente para fora do Hospital.

Uma auxiliar recomenda-lhe uma pensão numa rua paralela ao hospital, não é chique, frisa, mas é confortável, vão gostar.

O ambiente na pensão é agradável, felizmente têm quartos vagos e a Aída vai tomar um banho e mudar de roupa.

O Bruno telefona para o Hospital, o Bernardo continua estável e está a dormir; por isso, insiste que a Aída durma também.

Ainda vê o Bernardo antes de regressar, no dia seguinte tem que se apresentar ao serviço, mas está mais descansado.

A Aída está mais calma, o Bernardo está estável e tudo leva a crer que vai recuperar totalmente.

Pena o estágio! pensa, pois, embora tenha lamentado o sucedido, a empresa tem que prosseguir com o plano estipulado e terá que convidar outra pessoa.

O Bernardo fica desapontado, mas tem meses de recuperação pela frente e este não é momento para pensar nisso.


CONTINUA


Comentários

Elvira Carvalho disse…
Mais um capitulo que li com sofreguidão. Sabe-me sempre a pouco.
Abraço e saúde

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