OS CADERNOS - PARTE V


Entretanto, Vasques recebe um mail de alguém que assina " R " e que gostava de falar com ele " sobre o Bairro da Leopoldina."

Vasques está indeciso, não sabe se deve avisar o Brites, mas este não lhe atende o telemóvel e o jornalista está curioso.

Quem é este " R"? É o mesmo dos cadernos de Amélia? O que se passa com o Bairro da Leopoldina? Será a fachada para qualquer coisa sinistra?

Avisa o Director e o colega e ignorando as observações destes, vai ao encontro do misterioso " R " num café discreto para os lados do Centro.

O café é elegante, mas um pouco sombrio e Vasques fica parado no meio da sala, pois não sabe a quem se deve dirigir.

" Creio que está à minha procura!" diz uma voz por trás dele.

O jornalista vira-se e fica frente a frente com um mulher que ele considera ser " interessante".

Deve ter quarenta e cinco, cinquenta anos no máximo. Veste um casaco vermelho que está aberto e deixa ver o vestido vermelho, meias e botas pretas.

A maquilhagem é perfeita, o cabelo é curto e o sorriso é cativante.

" Então, a Amélia morreu!" afirma quando se sentam numa mesa no canto mais afastado da porta.

" Como sabe?" pergunta o Vasques, espantado.

" Faz parte de um plano." explica serenamente Rosário " E, se está aqui, é porque a Amélia lhe enviou os cadernos."

" Está a par dos cadernos? Porquê? Sabe o que aconteceu? " insiste o jornalista.

" Não tudo! Conheci a Amélia numa das viagens que fez com o gestor da empresa onde trabalhava e ficamos amigas. Um dia, enviou-me um mail a contar que tinha descoberto um negócio ilícito..."

" Que tipo de negócio?" interrompe o Vasques.

" Não especificou, mas devia ser bastante grave, porque ela começou a ficar assustada. Tentei convence-la a ir à Polícia, mas creio que ela teve medo. " conta Rosário " Há cerca de duas, três semanas, recebi um pacote e instruções claras." e tirou do saco dois outros cadernos.


CONTINUA

Comentários

Larissa Santos disse…
Mais um que gostei de ler :))
Hoje:- Se, os nossos lábios sentissem

Bjos
Votos de uma óptima Sexta - Feira.
Daniel Costa disse…
Marta como sempre acho as tuas histórias roçam o mistério com elementos para prender o leitor.
Beijos

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