ANTÓNIO
Os "oh", os "ah" e os " estás a gozar comigo?" foram tantos que o António resolve desligar o telemóvel pessoal.
Qual é o problema? Ele, António, um cientista, um matemático, escreveu um livro de poesia.
Poemas sensuais, a raiar o erótico. Um marco na literatura erótica, segundo alguns críticos.
António não concorda muito com a leitura feita por esses críticos, mas está satisfeito com o resultado final.
O outro livro que publicou, inteiramente dedicado ao projecto matemático em que está envolvido, só tem sucesso na comunidade cientifica.
Se não tivesse encontrado a Professora Dalila no jantar de antigos alunos, talvez nunca o escrevesse.
Mas a Professora Dalila ainda se lembrava do poema de amor que o António tinha escrito (quase obrigado) no último ano do liceu e lançou-lhe o desafio.
" Porque não tentas? " e o António sorriu.
Na biblioteca de casa, havia uma secção dedicada a livros de poesia, de ficção cientifica e policiais.
Poucas pessoas sabiam disso, porque António considerava a biblioteca o seu refúgio e nem a mulher tinha licença de lá ir.
Ups, a Andreia estava furiosa, porque o António não lhe contou nada sobre o novo projecto literário.
Nem a dedicatória a tinha apaziguado.
Quem diria que um simples livro de poesia lhe transformaria a vida num inferno?
Na biblioteca de casa, havia uma secção dedicada a livros de poesia, de ficção cientifica e policiais.
Poucas pessoas sabiam disso, porque António considerava a biblioteca o seu refúgio e nem a mulher tinha licença de lá ir.
Ups, a Andreia estava furiosa, porque o António não lhe contou nada sobre o novo projecto literário.
Nem a dedicatória a tinha apaziguado.
Quem diria que um simples livro de poesia lhe transformaria a vida num inferno?
CONTINUA
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