SEM MARGEM (Variações sobre a mesma palavra)



Há muito que não naufrago

no silêncio da tua praia.

Ou espalho o meu corpo

nas gotas

dispersas da tua espuma.

Percorro o tempo lentamente.

Não defino margens.

Olho apenas o silêncio.

De vez em quando,

sinto as tuas gotas,

na tua espuma teimosa,

nas mensagens escritas

no vaivém das ondas.

Depois,

deixo de ter tempo

e procuro-te

nas margens.




Não te espero.

Procuro-te apenas nas margens.

As margens do meu corpo.

Gemendo em noite de tempestade,

rasgando o meu silêncio,

possuindo o meu medo.

Procura-me nos meus passos.

Nem a tempestade os apaga.

Apenas os invade.



Foto "Tristeza a la despedida" de Pifa, Olhares.Com


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Comentários

uminuto disse…
Margens.Corpo.Silêncio. Palavras em nós
um beijo
RENATA CORDEIRO disse…
Poético, intimista, sensual, delicioso. Logo, logo publicamos ambos em nosso Blog.
Obrigada por tudo, Martinha!
Beijos,
._________querida Marta




PARABÉNS!______a.tua "Minha Página" está LINDA!!!



rasgas o verbo

___________e nasce a poesia____...











beijO_____ternO
avlisjota disse…
Q mar sempre o mar, como é renovador o mar. Musa, maresia enebriante, respiro... fonte criativa.
Espumante disperso nas margens do silêncio desenhando rastos que sonham ao som da sua melodia...

Beijos Marta

José
RENATA CORDEIRO disse…
Marta:
Amanhã RENOVAR, tenho um poema perfeito. Vai dar casadinha. Cuido de tudo, não se preocupe.
Beijos,
Olá Marta, belo poema...Excelente....
Beijos
RENATA CORDEIRO disse…
Marta:
Já fiz a nossa postagem de amanhã, pois o Daniel ofereceu um poema a vc e a mim.
Beijos,
Renata

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