DEDICA-ME

Dedica-me,
o teu tempo.
Esse tempo que perdes,
a esculpir-me no ar.
Para que eu seja perfeita.
Vê-me.
Quero que me vejas.
Assim.
Na crueldade da luz.
O meu rosto pálido e cansado.
As mãos inchadas do calor.
o teu tempo.
Esse tempo que perdes,
a esculpir-me no ar.
Para que eu seja perfeita.
Vê-me.
Quero que me vejas.
Assim.
Na crueldade da luz.
O meu rosto pálido e cansado.
As mãos inchadas do calor.
(Foto de Haleh Bryan)
(Textos protegidos pelo IGAC - Cópias proibidas)
(Texto já colocado no WAF)
Comentários
Quase uma sacudidela na alma de quem lê: trocar o tempo da escultura "perfeita" (e nunca real, nunca real) pelo da partilha concreta...
Comovente, na sua reservada delicadeza, o poema.
Gosto muito do gesto final que a escultura faz, para se tornar corpo vivo, sensível: o rosto cansado, as mãos inchadas... Belo! Como os pés de uma bailarina clássica, a realidade, o segredo (a arte) por detrás da beleza do movimento etéreo...
Fique bem, um beijo
~~j
Amanhã, publico o 1000 X 100, mesmo sem a sua autorização. Esta semana é sua porque sim.
Beijos, amiga,
Rê
VOTOS DE UM OPTIMO DIA...
BEIJOS DE CARINHO!!!
SUSY
Belo poema, Marta.
amanhã "Antigas", ok?
Beijos,
Rê
atraves do Blog da Renata conheci seu belo escrito, e aqui estou para confirmar.
Tens um lindo blog, com poemas de encantar.
Fica aqui meu parabens e
outras vezes vou te visitar
Bjs
Andresa
Se bem que não penso que se perca tempo e esculpir-te, seja no ar, ou na lua...
o ser humano deve-se vêr, vêr-se como um artista, vê o seu modelo, por dentro e por fora...
beijos
José
Beijos