A NOVA LOUCURA DA LAURA PARTE IV
E foi isto o que se passou, conta o Pedro sentado no sofá da irmã com uma cerveja na mão.
As irmãs e os cunhados bem como o Beatriz não sabem o que dizer, a situação é complicada, não vai ser fácil lidar com a Laura e as idiotices.
E, o médico? interrompe a Teresa, o que é que o médico diz? mas o Pedro não conseguiu falar com o médico, está de férias, explica, deixei mensagem, pedi para me ligar logo que possível.
Amanhã tens que falar com o teu advogado, aconselha o Gustavo e a Carolina concorda, ele tem que estar a par de tudo, para agir caso seja necessário.
Não vamos pensar no pior, diz o António muito sério e tanto a Carolina e o marido suspiram, um pouco embaraçados.
Desculpa, a Laura é tua irmã, e a Carolina pousa uma mão no braço do cunhado.
O António sorri, um pouco triste, eu sei que ela é complicada, mas é minha irmã! Vou falar com os meus Pais, devem estar abalados com tudo isto! observa e saí da sala.
A Teresa levanta-se, dá um abraço ao irmão e segue-o.
Fui um pouco inconveniente, continua a Carolina, estamos num fogo cruzado! Nem sempre sei o que fazer...
Apoiar, tentar compreender os dois lados, responde a Beatriz, sei que não é fácil, mas é a melhor opção.
Despedem-se, a Teresa e o António já se foram embora, o Miguel fica cá a dormir, eu levo-o ao infantário amanhã, oferece-se a Carolina.
O Pedro pouco fala, a Beatriz respeita o silêncio, também ela não sabe o que fazer.
Acorda a meio da noite com uma dor muito forte na barriga, sente a cama molhada.
Ups! será agora? pensa e abana o Pedro que está profundamente adormecido, exausto com os acontecimentos do dia.
Hum, o que é que foi? pergunta, acho que a tua filha está ansiosa por chegar a este Mundo, segreda a Beatriz.
Mais tarde, o Pedro confessa aos cunhados que não se lembra da viagem até ao Hospital, tenho a impressão de que passei vários vermelhos, confessa, mas felizmente, chegamos ilesos.
A Beatriz estava certa, é uma menina, parece uma rosinha, comenta a Carolina quando a vê e o Pedro sorri, então, vai-se chamar Rosa, Maria Rosa.
Vê-se que a Beatriz não fica satisfeita, queria um nome talvez mais moderno, mais sonoro, mas o companheiro está tão contente que ela não se atreve a contestar a escolha.
Nessa sexta-feira, os sogros vêm buscar o Miguel, trazem uma pequena lembrança para a Maria Rosa, mostram-se afáveis, discretos e a Beatriz fica sensibilizada com o gesto.
CONTINUA
Comentários
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Solidão ao som da viola ...
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Beijos e um excelente dia.
Foi muito infeliz com a Laura.
Abraço e saúde