A PERSPECTIVA - PARTE II
Estamos já a tomar café quando lhe pergunto:
" Por muito que goste de te pagar o almoço, não foi por isso que me ligaste!" e a Teresa sorri.
" Não, não foi. Quero abrir uma pequena loja para vender os produtos da horta. Não sou só eu; há outras pessoas que estão interessadas, mas é preciso algum capital." explica.
" Tens alguma ideia de quanto vais precisar? Já escolheram o local? Achas que vais escoar os produtos? " pergunto e a Teresa volta a rir.
Um riso espontâneo, simples... para a Teresa nada é complicado.
" Há pessoas que já nos conhecem e compram-nos os produtos. Mas gostaríamos de ter um local mais adequado. Também falei com a Carolina..." continua.
" O que é que a nossa mana disse? " e a Teresa encolhe os ombros.
" Se tu concordares, ela arrisca... Vá lá, Pedro..." pede " tu sabes que eu pago tudo."
" Ok, não prometo nada. Vou conversar com a Carolina e depois vê-se." digo.
A Teresa dá-me um abraço tão forte que derruba a garrafa de água e desfaz-se em desculpas.
Ao fim da tarde, já em casa, telefono à Carolina.
O projecto da Teresa parece viável, observa a minha irmã, mas como eu quer mais detalhes.
" Posso falar ao meu cunhado António. Sim, sim, ele é contabilista, mas pode ajudar-nos a fazer uma estimativa... Certo, eu falo com ele e depois ligamos à Teresa." e desligo.
A Laura chegou, entretanto e ouviu parte da conversa. Está muito séria e eu suspiro, porque não estou com vontade de discutir.
" O que é que a doida da tua irmã quer? Dinheiro? Porque é que não vai ao Banco? " insiste.
" Primeiro que tudo, a Teresa não é doida. Tem a cabeça bem assente no lugar; a única questão aqui é que vive a vida doutra maneira." defendo.
" Ora, ela é doida. Não tem um emprego fixo, veste-se daquela maneira idiota... e está a pedir dinheiro... para quê? " interrompe a minha mulher " Para mais uma idiotice? "
" A Teresa não é doida, não é idiota e tomara muita gente ser tão séria e honesta como ela. Tudo o que lhe emprestei, ela pagou até ao último cêntimo."
A Laura fica calada, sabe que é verdade e não tem argumentos para continuar a discussão.
Saí da sala, tenho que preparar o jantar e eu telefono ao António.
A Laura chegou, entretanto e ouviu parte da conversa. Está muito séria e eu suspiro, porque não estou com vontade de discutir.
" O que é que a doida da tua irmã quer? Dinheiro? Porque é que não vai ao Banco? " insiste.
" Primeiro que tudo, a Teresa não é doida. Tem a cabeça bem assente no lugar; a única questão aqui é que vive a vida doutra maneira." defendo.
" Ora, ela é doida. Não tem um emprego fixo, veste-se daquela maneira idiota... e está a pedir dinheiro... para quê? " interrompe a minha mulher " Para mais uma idiotice? "
" A Teresa não é doida, não é idiota e tomara muita gente ser tão séria e honesta como ela. Tudo o que lhe emprestei, ela pagou até ao último cêntimo."
A Laura fica calada, sabe que é verdade e não tem argumentos para continuar a discussão.
Saí da sala, tenho que preparar o jantar e eu telefono ao António.
CONTINUA
Comentários
.
Um domingo de Páscoa muito feliz
Cumprimentos domingueiros
Beijinhos
Boa Páscoa!
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Feliz Páscoa...