AMARELO


A minha Mãe
não terá uma lápide.
Uma rosa,
uma rosa amarela
assinalará
o sítio onde repousa.
Num jardim...
Cheio de nomes,
de histórias
e de memórias.
E, se , por acaso,
o Vento malvado,
num acesso de fúria,
arrancar
a rosa,
lá estarei no jardim,
para plantar outra.
Sempre amarela,
sempre com
o nome da minha Mãe,
Ana



A todos, obrigada por estarem aí....


Foto cedida por Carlos Fragata
(muito obrigada por ter acedido ao meu pedido)

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Comentários

Sofá Amarelo disse…
Porque o Amarelo é Vida! E nem o vento poderá levar e lavar a memória de quem tem o dom de nunca partir, apenas se ausentar por uns tempos... e sempre que a rosa abrir as pétalas alguém estará algures olhando e cuidando dos que ficaram por cá...

Muitos beijinhos! Que a saudade seja apenas um estado de espírito...
Carlos Fragata disse…
Se num momento destes há certezas,
Uma, neste momento, estou sentindo:
P'ra lá de quaisquer choros ou tristezas,
A Ana, tenho fé, estará sorrindo.
Unknown disse…
Que ela possa descansar tranquila, como há muito não o fazia...
As flores amarelas e teu coração serão sua companhia...
Todo o meu carinho é para ti, querida amiga!
Beijos e flores... respeitosamente amarelas!
Daniel Costa disse…
Marta

A boa homagem pode ser a que postaste, o poema deixa antever fimeza e coragem. Sentidas condolências.
Beijos de solidaridade e de amizade.
Daniel
Anónimo disse…
é uma ideia muito bonita esta da flor amarela. é comovente, marta. obrigada por partilhares. um beijo.
Sem palavras.

Com um Beijo.
Vista de dentro disse…
...
a vida é um suspiro
que deixa dentro de nós
desertos
do ar.
___
ainda que o vento malvado
num acesso de fúria arranque a rosa
sempre ficará seu perfume

e esse perfume permanecerá em tua alma e sua essência aninhada em teu coração para sempre....


Precioso teu poema in memoriam.

Marta,
obrigada por avisar-me...
eu sinto muito:(

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