O CASO PARTE II

 

Meireles acha curioso o nome de códigos dos suspeitos, mas não há muita informação.

Ao que parece, a Madame X é a cabecilha, mas não têm a certeza absoluta, uma vez que o Zé do Vento tem igualmente poder na organização.

Meireles suspira, tem muito que organizar, compreende agora porque o chamaram e lhe pediram para se infiltrar.

Pensam que o agente que está a trabalhar na organização pode ser descoberto a qualquer momento, no fundo, querem que ele agite as águas.

Como? murmura o Meireles, aparecendo como comprador, exigindo que seja o agente infiltrado a ponte entre ele e a organização.

O Meireles deu provas que sabe conduzir este tipo de trabalho, disse o Chefe, sei que pensava descansar um pouco, o outro caso foi um pouco violento...mas precisamos de si!

E aqui estou eu a tentar deslindar um outro caso bicudo, confessa baixinho o Meireles, a primeira coisa a fazer é conversar com o agente infiltrado e delinear um plano.

Construir uma história plausível para ele conhecer a famosa Madame X e o Zé do Vento, saber quem são na realidade.

Combina-se um encontro numa confeitaria perto do rio, o agente infiltrado não deve ter mais do que trinta e poucos anos, está pouco à vontade.

O Meireles não tem a certeza se é porque está assustado com o rumo que a situação está a tomar ou porque o vai conhecer.

Tenta pô-lo à vontade, mas o agente Bento está bastante nervoso, tem quase a certeza de que já sabem quem ele é.

Mais uma razão para falares de mim, exclama o Meireles, vou explicar-te o que tenho em mente.

Durante meia hora, resume o plano, o agente Bento tem algumas dúvidas, mas o Meireles está seguro de si, tem a certeza de que vai resultar.

Esta noite, às dez em ponto, estou no tal bar, repete o Meireles, entretanto, falas de mim à tal Madame X e ao Zé do Vento...

Provavelmente só ao Zé do Vento, interrompe o Bento, conheço a Madame X, mas todos os assuntos são discutidos com o Zé do Vento.

Então, o Zé do Vento é o braço direito dela, concluí o sargento, óptimo, depois decido o que fazer quando estiver frente a frente.

Levanta-se, o Bento faz o mesmo, vai correr tudo bem, comenta o Meireles, o que é preciso agora é calma.

O agente acena com a cabeça, aperta-lhe a mão e saí da confeitaria, um pouco mais calmo.


CONTINUA


Comentários

Elvira Carvalho disse…
E lá vamos nós para mais uma operação perigosa. Este Bento parece-me demasiado nervoso e talvez um bocado "cru" e isso é um perigo extra em casos destes.
Vamos ver no que dá.
Abraço e saúde
Ena... Uma mega operação, tenho a certeza que vai ser bem sucedida!
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Beijo. Bom fim de semana.

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