A NOVA ESQUADRA PARTE III
O dia é intenso, mas dou por mim a observar a agente Clotilde, é simpática, interage facilmente com os colegas e dá pouca importância aos piropos que recebe.
Fico um pouco desiludido quando ela acaba o turno às quatro da tarde, mas encontro-a novamente a fazer surf no dia seguinte e aceita o meu convite para tomar café.
Conversamos descontraídos, temos interesses em comum e é com grande relutância que nos separamos.
Encontrarmo-nos todas as manhãs para fazer surf passa a ser um ritual, mas só ao fim de uns meses é que a Clotilde aceita o meu convite para jantar.
Tem bom gosto, gosto do vestido discreto, mas sexy e apanhou o cabelo, deixa-lhe o pescoço esguio à mostra.
O que foi? pergunta, se continuas a olhar para mim assim, vou corar e não fico nada bonita, avisa com um sorriso.
Não resisto, beijo-a na boca, suave, ternamente e ela corresponde.
Passamos juntos a noite, a Clotilde é uma mulher sensual, excitante e entrega-se por completo.
Mas no dia seguinte ela está pensativa, remorsos? observo, a Clotilde sorri, aperta-me a mão, não, mas és o meu superior hierárquico, diz.
Teremos que ser discretos, não vejo grandes problemas, comento, não te vou favorecer, se é com isso que estás preocupada, tive que lutar bastante para chegar até aqui e sei que esse é também o teu objectivo.
Tenho ambições, claro, afirma a Clotide, não vou deixar que nada afecte o meu percurso!
Nem eu quero! atalha, por isso, vamos viver a relação, teremos que ser discretos, mas vamos usufruir da companhia um do outro, vamos fazer, vamos andar de mota...
A Clotilde ri-se, volto a beijá-la lentamente e o meu telemóvel toca.
CONTINUA
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