A HISTÓRIA DO MAJOR - PARTE IV
Decido não o levar para a sessão, embora faça scanner e envie para o Bernardo.
Hoje é a discussão final. Chegamos ao fim do livro e temos que decidir qual é o próximo.
A Rita propõe fazer uma lista, eu pergunto quais são os critérios, uma pergunta com toda a lógica, mas eles não apreciam.
Tenho que me convencer que nem toda a gente observa as mesmas regras que eu.
Lembro-me que eu e a Ana discutíamos muitas vezes sobre as regras que eu queria impor aos rapazes.
" O Sr Major tem que se lembrar que a negociação é também vital para a conclusão da guerra!" dizia e os rapazes acediam mais facilmente aos argumentos dela do que aos meus.
É isso que está a acontecer nesta sessão e tenho que confessar que não estou nada satisfeito.
Mas esforço-me para fazer a lista que me pedem.
A Catarina telefona-me, está bem? precisa de alguma coisa? quer vir almoçar no domingo?, mas eu recuso educadamente.
Sinto que ela fica triste e sugiro um café ao fim da tarde.
Ela concorda e quando chego ao café da esquina, ela já lá está.
" Não sabe o quanto lamento a atitude do Frederico. Mas ele nem me deixa falar no assunto." comenta.
" É natural! Passaram muito mais tempo com a Mãe; talvez as coisas fossem diferente se a Ana estivesse viva." respondo.
" Mas eu quero que faça parte da família." diz " Quero que o meu filho conheça e bem o avô!"
Fico surpreendido, um neto?
" Estou no fim do primeiro trimestre. Vamos agora anunciar à família e por isso, não vou aceitar um não da sua parte." continua " Por isso, vai, não vai? E isto é o nosso pequeno segredo." sorri.
Dou-lhe um grande abraço, não consigo dizer uma palavra.
Felizmente, há muita gente no almoço de domingo, muita conversa e risos e pouco falo com os meus filhos.
O Pai da Catarina é simpático, partilha algumas das minhas ideias e passamos parte do almoço a conversar.
CONTINUA
Comentários
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Quando a saudade aumenta...
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Beijos. Bom Carnaval, e uma excelente semana!