A HISTÓRIA PARTE IV

 

Conversam mais uns minutos, o Gabriel dá-lhe o numero de telemóvel da colega e promete falar com ela, explicar o que aconteceu e ela te poder ajudar melhor, diz.

Despedem-se, entro ao serviço dentro de dois minutos, justifica-se e a Matilde vai lentamente para a paragem de autocarro.

Continua confusa, mas tem que encontrar uma alternativa para bem de todos; por isso, resolve falar com a Rita.

Pede para jantar com eles, o Gonçalo percebe que ela tem qualquer coisa pessoal para discutir com a tia e desaparece com o pretexto de vigiar a Francisca, hoje, ela teve um pouco de febre, diz, está agitada, fico no quarto a fazer-lhe companhia.

A Rita escuta atentamente os argumentos da sobrinha, até concorda com o ponto de vista do Gabriel, mas não tem a certeza de que a irmã e o cunhado aceitem.

Foi muito duro para os teus Pais, explica, nem calculas como! Serem chamados ao Hospital porque a filha estava em coma, falarem-lhe de programas... Até posso não concordar com a forma que escolheram para lidar o problema, mas compreendo o porquê de estarem a ser tão severos! Abusaste da sorte, Matilde!

A sobrinha baixa a cabeça, eu sei, Rita, eu sei, comenta, mas não gosto daquele psiquiatra, não consigo falar com ele. Tens que me ajudar.

A Rita fica pensativa uns minutos, então, vamos fazer assim, sugere, marcas uma sessão ou duas com a colega desse tal Gabriel, vês o que ela te diz, como te sentes e depois falamos com os teus Pais. Tudo vai depender de ti, Matilde, frisa, tens que provar aos teus Pais que vais ultrapassar o problema.

A Matilde sorri, dá-lhe um grande abraço e a Rita aconselha-a a voltar a casa.

Chama-lhe um táxi e vai à procura do Gonçalo, instalado confortavelmente na cadeira de baloiço com a filha ao colo.

Já dorme, murmura, deito-a e vou já ter contigo.

No quarto, enquanto se preparam para se deitar, a Rita conta a conversa que teve com a sobrinha e o Gonçalo fica também pensativo.

Gosto da ideia, a Matilde precisa de desabafar, de entender porque está a agir assim, diz, talvez se abra com alguém mais jovem. Tens que concordar que o teu cunhado foi um pouco bruto ao impor aquele psiquiatra.

A Rita suspira, disse-lhe para marcar uma sessão com essa tal médica, veremos o que acontece, só espera que não haja complicações, caso contrário, terei que ouvir o Bernardes e a Madalena! remata.

O Gonçalo ri-se, não vamos pensar nisso agora, vamos gozar a nossa noite, convida com um sorriso maroto.

No dia seguinte, a Matilde liga para o numero que o Gabriel lhe deu.

CONTINUA

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