MATIAS


Matias sente-se velho e cansado.

Agora que a Rosa Maria, aquela rapariga maravilhosa morreu daquela maneira... será que vale a pena continuar a viver?

Ai, esta dor que não passa.... mas não, não vai pedir à enfermeira que lhe dê alguma coisa.

Suspira... O que terá acontecido? Porquê a Rosa Maria? Quem é que a odiava tanto para a matar e a abandonar naquela praia?

Não faz sentido, confessa à Maria Rosa, a auxiliar e não, não é culpa dela.

Como poderia saber que esse tal Daniel era o assassino? Calcula que tenha sido um golpe para todos os colegas.

Estamos todos indignados, diz a Maria Rosa e eu culpo-me porque sempre o achei estranho e foi só quando me atacou que percebi o esquema.

Deve ser um homem muito infeliz, concorda o Matias e volta a suspirar.

A irmã está desfeita, ainda não apareceu para falar com ele...

Ele tem tanta coisa para lhe dizer, ela precisa dele, mas o médico não está satisfeito com os resultados das análises.

O cunhado está preocupado com a mulher, a família está perdida na dor e ele está aqui preso numa cama de hospital.


CONTINUA


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