DE FRENTE


Há muito que não escrevo
sobre o pôr-do-sol.


Ou me sento em frente à janela,
pura e simplesmente,
para passar o tempo.

Hoje, é isso mesmo que vou fazer.
Descalçar-me,
sentar-me na posição de Buda,
e olhar o pôr-do-sol.

De frente.



E, sobre o que ele ler nos meus olhos,
prometo que não escreverei.




(Foto "Banho de Luz" Paulo Vieira, Olhares.Com)
(Textos protegidos pelo IGAC - Cópias proibidas)





Comentários

RosanAzul disse…
Pois é Marta, há momentos em que os sentidos falam por si só... Lindo teu poema!
Adorei as tulipas da tua página assim como tudo por aqui!!
Um abraço de luz com meu desejo de boa semana!!
Nilson Barcelli disse…
Gostei do poema e, principalmente, da inversão dos papéis entre os olhos e o pôr-do-sol.
Querida amiga Marta, boa semana.
Beijo.
RENATA CORDEIRO disse…
Muito lindo, Marta. Os olhos do sol lhe devolvem o que você vê nele quando se põe.
À flor da pele...
Muito lindo.
Beijos, meu carinho,
Renata
PS: Vc nem foi ver o poema que publiquei em nosso Blog, né? Sempre vou ver os seus e os da Ana e costumo comentá-los. Mas os meus, nem te ligo!
a magia da noite disse…
por vezes o silêncio, guarda os sentidos, mas não os apaga, apenas os reserva.
pin gente disse…
mas guarda em palavras a mensagem.

beijos
Graça disse…
Um belo poema, Marta. Para ser lido "de frente".


Um beijo
Nuno de Sousa disse…
Lindo seja de frente ou de trás o que transmites é sempre belo :-)
Bjs
Nuno
Sofá Amarelo disse…
Claro, jamais deveremos transcrever as nossas conversas com o por-do-Sol... porque o por-do-Sol é cúmplice de nós, dos nossos olhos e dos nossos desejos...

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