LEANDRO




Leandro Pimenta, inspector da Judiciária, não gostava de trabalhar ao domingo.
Se era dia de descanso, como dizia a Bíblia, porque é que os Centros Comerciais estavam abertos? Ou as lojas ao pé do rio? Por causa do turismo? Por causa da crise? Tudo isto era preguiça, falta de valores, de amor a Deus.
Leandro suspirou e pegou num dos relatórios que o sargento tinha deixado em cima da secretária. À primeira vista, parecia apenas mais um assalto, mas ninguém sabia de quem era o corpo que encontraram no interior do escritório.
A equipa de segurança disse que tinha feito a ronda às 24h00 e não havia nada a assinalar. Portanto, foi uma surpresa quando o alarme soou às 03h00 da manhã e se depararam com aquele cenário de horror no escritório 303.
Leandro resolveu ir até ao local do crime. Identificou-se aos seguranças e ao policia de serviço.
Este abriu a porta e disse calmamente: “ O assistente do médico legista já levou o corpo, mas creio que ainda não fizeram a autópsia.”
Eu sei; já pedi para me informarem, pois quero estar presente. O corpo estava aqui? “ e apontou para o sítio marcado com uma fita amarela. 
Sem esperar por resposta, continuou a andar pela sala, abriu portas e procurou sinais de arrombamento.
Nada! Que estranho!


Nota:
A minha tentativa de um conto policial.
 

Comentários

Unknown disse…
Querida Marta, é pena que o tempo não me seja generoso para poder comentar postagem por postagem de um lugar que tanto gosto como este teu. Mas quero ressaltar a postagem anterior onde falas do aniversário da tua mãe já falecida e expõe com carinho o gosto que ela tinha pelos livros. Também amo ler! E além das publicações que sempre leio em revistas especializadas, também tenho o hábito de ter sempre em mãos um livro, e a minha preferência recai naqueles de tema de suspense, policial, espionagem. Fico amarrada na leitura destes livros! Por isso apreciei demais o primeiro capítulo do teu conto, pois tem todos os ingredientes que gosto e com certeza contarás uma excelente história. Ansiosa, aguardando a continuação.
Sorrisos e estrelas para iluminar as horas dos teus dias.
Com carinho,
Helena
Sofá Amarelo disse…
Os primeiros parágrafos do conto policial deixam antever uma história cheia de mistério e, infelizmente, muito próxima da realidade, pois os últimos dias têm sido férteis em transportar para a realidade aquilo que podiam ser contos, apenas contos, e como seria bom que as histórias policiais fossem apenas contos, como este teu, e nunca realidades... ansioso para conhecer os novos capítulos...
Graça Pires disse…
Gosto do seu jeito de narrar, Marta. Ficamos presas à história... Pode continuar.
Beijos.

Mensagens populares deste blogue

ABSURDA

VELAS E NOITES DE PAIXÃO