DANÇA DE PRAZER - PARTE III

Quando me deito,
na cama macia e fresca,
já não guardo segredos.
Espalham-se nas linhas direitas
da almofada, vazios de sentido.
Revelam-se contra o teu corpo,
anulam-se e dispersam-se.
O que resta?
Os corpos,
os dois,
fechados
numa lenta dança de prazer.
(Foto de Aleksander Krivicij)
(Textos protegidos pelo IGAC - Cópias proibidas)
(Texto já colocado no WORLD ART FRIENDS)
Comentários
O poema... Marta, espero que não se espante se lhe disser que...
(gosto do uso de reticências)
(gosto de seus poemas anteriores)
...mas...
tenho vindo a gostar mais de seus poemas desde que foi deixando as reticências.
(Mas quem sou eu para saber?)
Gosto deste poema, do inesperado do pormenor de uma caligrafia secreta que se espalha nas linhas direitas da almofada.
Gosto do poema que mostra que não precisa dizer mais do que disse. É bom.
Fique bem, Marta.
Bjs
Nuno
Beijos,
Rê
Cadinho RoCo
Um beijo e bom fim de semana.