OS DOIS IRMÃOS
A Catarina não sabe o que fazer.
O Frederico telefonou, passo por aí ao fim da tarde para ver o Tomás e podemos jantar fora para conversarmos?
Os Pais aconselham calma, escuta-o, mas não te precipites, diz o Pai.
Talvez esteja pronto para discutir o que está mal entre vocês, sugere a Mãe.
Mas a Catarina duvida e tem a certeza disso quando o Frederico aparece com o irmão.
Ele aqui? A que propósito? pergunta, mas o Frederico encolhe os ombros, ele também está com saudades do Tomás.
Não querias falar comigo? Temos assuntos graves a discutir! insiste a Catarina, mas o marido volta a encolher, podemos falar na frente dele, ele está ao corrente de tudo, diz como se fosse a coisa mais natural do Mundo.
A Catarina não se contém, mas só podes ter endoidecido! A que propósito o teu irmão vai estar presente numa discussão que só nos diz respeito???
O Frederico fica calado, a Catarina está furiosa e afirma que só irá jantar com ele quando ele ganhar juízo.
Os dois irmãos despedem-se, o Pai ouve o Francisco comentar que a Catarina continua a ser " a mesma idiota arrogante!".
Ainda pensa em dizer qualquer coisa, mas pessoas tão superficiais como os dois irmãos não vão compreender qualquer recriminação.
A Catarina está muito nervosa, a Mãe está a tratar do Tomás e o Pai senta-se com um suspiro em frente dela.
" Aqueles dois irmãos são ocos!"
" O meu sogro acha que a culpa é dele, não esteve muito presente..." confessa a Catarina.
" Não vou negar que pode ter havido falhas na educação deles, mas acho que tem a ver com a personalidade em si. Sempre foram egoístas, a Mãe não soube contornar isso e parece-me que o Major tinha pouca autoridade!" observa o Pai.
" O que é que eu faço?" questiona a filha.
" Isso só podes ser tu a decidir!" responde o Pai.
CONTINUA
Comentários
A autora dirá se ainda têm salvação.
Abraço e saúde
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Beijos. Boa tarde!