ZECA - PARTE II
A irmã e o cunhado ficam aterrados quando entram no apartamento.
Não sabem o que está pior: o Zeca com cabelo comprido, olhos inchados e boca pastosa, mal se percebe o que ele diz ou o apartamento.
" Credo!" exclama Lúcia " Isto não deve ser limpo desde que a Vitória se foi embora!"
" Não me fales dessa sacana!" murmura o Zeca.
" Sacana?" insurge-se a irmã " Oh, Zeca, agrediste-a violentamente em frente de centenas de testemunhas. Partiste-lhe o maxilar e um braço e não satisfeito com isso, tentaste impedi-la de ver os filhos."
"É melhor pensares melhor; tu é que foste um sacana!" diz o Gonçalo.
Zeca levanta-se do sofá, pronto para agredir o cunhado, mas Lúcia segura-lhe o braço.
" Vai tomar banho e mudar de roupa. Temos que conversar." e Zeca entra no quarto.
Lúcia e Gonçalo olham um para o outro; a prioridade é limpar o apartamento, mas sinceramente não sabem por onde começar.
" Talvez seja melhor pedires a uma das tuas equipas para fazer esse serviço." sugere Lúcia enquanto abre as janelas.
" Sim, sozinhos não vamos conseguir." concorda o marido que telefona para a empresa onde trabalha.
Por sorte, ainda estão a atribuir tarefas e uma equipa virá dentro de uma hora.
" Vamos tratar do lixo; não quero que vejam todas estas garrafas." suspira a irmã.
Entretanto, Zeca está a acabar de se arranjar. Encontrou uma toalha limpa no fundo do armário e a camisa está um pouco enrugada, mas apresentável.
Quando volta à sala, encontra o Gonçalo com um grande saco do lixo cheio de garrafas na mão.
" O que é que estão a fazer?"
CONTINUA
Comentários
Tropeços em desamor
Beijo, e um excelente dia!