JACINTO - O FIM
Nas semanas seguintes, estou tão ocupado que nem penso no Francisco.
Pobre miúdo! Quem sabe se ele não gostaria de cuidar de uma planta? Ou ajudar-me aqui no jardim?
Naquela manhã, estou a preparar os canteiros para plantar as roseiras quando ouço alguém a abrir o portão.
" Talvez seja um dos filhos da viúva!" penso e recrimino-me de imediato " Que mania de lhe chamar viúva! D.Sofia! Sofia, Sofia..."
" Bom dia!" e reconheço de imediato a voz da mãe do Francisco.
Viro-me e lá está ele de calções de ganga e um polo vermelho.
Sorridente, é certo, mas não se precipita ao meu encontro. Segura a mão da mãe e se bem que esteja a olhar para mim, não sei se me reconhece.
" Olá, Francisco! Vieste ver o jardim ou vens ajudar-me?" digo.
Francisco solta a mão da mãe e caminha devagarinho até onde estou.
Levanta o rosto, olha-me nos olhos, sorri e enfia a mãozinha na minha.
Espantado, procuro o olhar da mãe que me tranquiliza, dizendo:
" Confia em si! Tem um amigo para a vida! Pode ficar aqui uma meia hora, uma hora no máximo? " pede.
" Oh, sim!" concordo e com a mão do Francisco segura na minha, mostro-lhe um monte de pedras com que tenciono marcar o canteiro das ervas aromáticas.
" Agora, vais colocar as pedras aqui." exemplifico e o Francisco pega numa pedra e coloca-a no mesmo alinhamento da outra.
" Isso mesmo!" elogio-o e deixo-o a trabalhar. De vez em quando, espreito para ver como vai o trabalho e vejo que ele está profundamente concentrado.
Quando termina, toca-me no ombro e sem uma palavra, ajoelha-se ao meu lado. Mete as mãozinhas na terra, cobre um bocadinho da raiz da roseira e olha-me.
" Ok, tapa bem, não pode ficar nada à mostra! Muito bem, é isso mesmo!" explico.
Quando a mãe chega, estamos os dois sentados num dos bancos do jardim a beber um sumo que a D Sofia nos trouxe.
Tenho pena de o ver partir, mas de vez em quando, a mãe deixa-o ficar a trabalhar comigo.
Diz que ele está muito feliz e mais atento.
" Nem sempre é fácil interessá-los pelas coisas. Vivem num Mundo muito deles. É muito bom vê-lo assim." confessa-me um dia.
Eu também estou feliz; sinto que o Francisco me compreende e que fiz um amigo para a vida...
Quanto à D Sofia, segui o conselho da minha Mãe e dei-lhe um jardim maravilhoso...
" Oh, sim!" concordo e com a mão do Francisco segura na minha, mostro-lhe um monte de pedras com que tenciono marcar o canteiro das ervas aromáticas.
" Agora, vais colocar as pedras aqui." exemplifico e o Francisco pega numa pedra e coloca-a no mesmo alinhamento da outra.
" Isso mesmo!" elogio-o e deixo-o a trabalhar. De vez em quando, espreito para ver como vai o trabalho e vejo que ele está profundamente concentrado.
Quando termina, toca-me no ombro e sem uma palavra, ajoelha-se ao meu lado. Mete as mãozinhas na terra, cobre um bocadinho da raiz da roseira e olha-me.
" Ok, tapa bem, não pode ficar nada à mostra! Muito bem, é isso mesmo!" explico.
Quando a mãe chega, estamos os dois sentados num dos bancos do jardim a beber um sumo que a D Sofia nos trouxe.
Tenho pena de o ver partir, mas de vez em quando, a mãe deixa-o ficar a trabalhar comigo.
Diz que ele está muito feliz e mais atento.
" Nem sempre é fácil interessá-los pelas coisas. Vivem num Mundo muito deles. É muito bom vê-lo assim." confessa-me um dia.
Eu também estou feliz; sinto que o Francisco me compreende e que fiz um amigo para a vida...
Quanto à D Sofia, segui o conselho da minha Mãe e dei-lhe um jardim maravilhoso...
FIM
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